O Martim andava há dois anos inteirinhos a pedir um telemóvel. Dois anos. Um verdadeiro massacre. Não houve semana, nestes 2 anos, que não tivesse de ouvir a pergunta sacramental:
- Quando é que me dão um telemóvel?
Os argumentos dele acabavam a bater na mesma tecla:
- Mas quase todos os meus amigos têm!
Nunca nos comovemos com isso. Azarinho. Aquilo que os amigos têm ou deixam de ter não serve de desculpa para nada. Bem tramados estávamos se cedêssemos a esse argumento. Aos 12 anos lá tinha de o deixar ir sair à noite, só porque os amigos também já iam, aos 14 tinha de aceitar o cigarro porque os amigos já fumavam, e por aí fora.
A nossa resposta foi sempre a mesma: quando passares para o 5º ano, se tiveres boas notas, logo pensamos nisso. Na verdade, quanto a mim até podia ser mais tarde, que eles não têm necessidade de telemóveis tão cedo. Mas atendendo a que, nesta passagem também gosto de lhes dar mais autonomia, acho que a introdução do telemóvel já não é assim tão absurda. Com regras, com limites, com as fronteiras do costume.
O rapaz queria um smartphone, claro, porque os amigos já tinham, porque o irmão já tem, porque já não faz sentido que seja de outra maneira. Ignorando, de novo, o argumento do "porque os outros já têm" ficámos de ver um "telemóvel esperto", desde que não fosse caríssimo.
Procurámos, investigámos e escolhemos, finalmente, o telemóvel para o Martim. Lindo de morrer, com possibilidade de mudar as capas traseiras, com cores diferentes e garridas, com um ecrã touch fácil e intuitivo e - muito importante - com o controlo parental, que facilmente nos permite controlar as apps descarregadas e utilizadas, a partir de qualquer computador Windows. Ah, e com uma excelente relação qualidade/preço.
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Anteontem, depois da festa, já em casa, entregámos o presente ao Martim. Haviam de ouvir os gritos do rapaz e os saltos e o sorriso de orelha a orelha.
Não há dúvida de que os melhores presentes são aqueles que se fazem esperar. Aqueles que desejamos por muito tempo. Que penamos para ter (se bem que a pena dele foi apenas chatear-nos até à medula - mas durante 2 anos).
Agora vamos tratar do cartão (sim, porque até agora foi só para explorar o telefone e ainda não deu para fazer telefonemas ou mandar mensagens) e ver como se comporta o bichinho.
Para quem esteja a pensar oferecer um telemóvel a um filho pedinchão, aqui fica uma sugestão: um Microsoft Lumia, também disponível online.