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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Então e os testes, correram bem?

Acho que sim. Eu, pelo menos, diverti-me muito. Gostei. Mesmo que não passe, já valeu a pena pela experiência. Acho que esta é, de resto, uma das minhas qualidades: apreciar sempre tudo, nem que seja por poder experimentar algo novo. Pensava nisso também em relação ao curso da Prevenção Rodoviária. Chateia-me ir para lá à noite, depois de um dia cansativo. Ontem, como tive um dia agitado, com os tais testes, custou-me mesmo sair de casa e ir para a PRP. Mas depois gosto. Gosto de aprender, de ouvir, de partilhar com os outros. Quando deixamos de nos deslumbrar com o tanto que podemos sempre aprender mais vale morrermos, que a vida já não merece a pena.

Hoje é dia...

... de testes.
Há tantos anos que não faço testes que não sei se ainda me safo.
Tenho algumas borboletas na barriga mas estou sobretudo feliz por, aos 41 anos, ainda me aparecerem desafios pelo caminho, destes que nos tiram da zona de conforto.
Agora vamos ver se passo ou se chumbo.
:)

Uma aventura em Madrid

Este fim-de-semana foi loucamente bom. Fui a Madrid correr a Meia Maratona EDP Rock'N'Roll e levei o Mateus porque ainda estou a amamentar e não queria interromper isto por causa de uma corrida. Eu e pequeno Mateus chegámos ao aeroporto às 9.20. Não foi fácil acordar às 7h para fazer a mala porque na noite anterior tínhamos ido ver o espectáculo dos 15 anos dos Commedia a la Carte ao Coliseu, e só chegámos a casa às 2h da manhã (eu e o pai, está bom de ver).
Despedimo-nos do pai, fizemos o check-in e lá fomos, todos contentes.
 

 
Mateus ainda com cara de "acordam uma pessoa para isto?" 
 
Aqui, dentro do avião, já mais reconciliado com a vida
 
Chegados a Madrid, tinha no meu quarto uma surpresa maravilhosa, colada no espelho da casa-de-banho. Fiquei tão contente que quase soltei uma lagriminha.
 
Saímos, almoçámos num instante e passeámos a pé durante 2 horas. Não ia a Madrid desde miúda (vergonhaaaaaa) e por isso tentei ver o máximo no mínimo espaço de tempo. Ele colaborou porque dormiu o tempo todo. Quando já estava mesmo de rastos pensei que talvez fosse melhor ir descansar que no dia seguinte tinha uma prova de 21 km, perguntei a um senhor o caminho e ele levou as mãos à cabeça: "a pé????? Impossível! É muito longe! O melhor é apanhar um táxi!"
Não apanhei táxi nenhum e acabei por chegar mais depressa do que pensava.
Descansei um bocadinho mas depois tive de sair porque ia jantar com amigos que também foram de Lisboa a Madrid para fazer a Meia Maratona, os 10 km e a Maratona propriamente dita. Éramos 12 na Fuencarral, a comer massas, como convém.
 
Mateus ao colo da tia Inês. Portou-se como um anjo durante todo o jantar
 
 
A seguir fomos todos para os respectivos hotéis, que no dia seguinte tínhamos uma prova para fazer.
 
O Mateus dormiu pessimamente, - para não variar - acordou de 2 em 2 horas, de maneira que às 7h quando o despertador tocou tive vontade de o atirar pela janela fora.
Tomei o pequeno-almoço, a babysitter Ramona chegou (obrigada Rititi!!!!) e lá fui eu.
Encontrei-me com a Ana no Cajón 5, tirámos fotos, estávamos uma pilha de nervos (não perguntem porquê, a malta não tenciona ganhar aquilo, ninguém nos está a pagar, ninguém nos obriga a não desistir se nos apetecer, mas dá nervos, pronto).
 
A prova correu lindamente. Fomos sempre juntas, a um ritmo que nos é mais ou menos comum. Aos 14 km dá-se a separação entre os que vão correr a maratona e os que vão correr a meia. Uns vão para um lado, os outros vão para o outro. Nessa altura, sentíamo-nos tão fresquinhas que dissemos: e se fôssemos fazer a maratona? Despachávamos já isto, que tal? Isso é que ia ser uma surpresa! Mas não. Virámos à esquerda, para a meia maratona. Nesse momento comovi-me porque todos os que foram para a meia maratona bateram palmas aos que viraram à direita, para os 42km. Foi um momento mesmo bonito e eu, com a serotonina ao rubro fico sempre uma mariquinhas de primeira.
Estávamos nós no km 18 quando a Ana disse:
- Se formos mesmo depressa fazemos 2h15m. Bora?
Bora. Começámos a acelerar e... o que aparece diante de nós? Uma subida! Não, aquilo não era uma subida, aquilo era uma montanha para escalar! A sério? Mesmo a sério? Foi horrível. Depois entrámos no Retiro e era ver gente e gente a aplaudir, apesar da chuva intensa que caía. Agarrámos na bandeira que a Ana tinha levado e cruzámos a meta mesmo felizes. 

O meu TomTom marcou 2 horas e 16 minutos mas, segundo a organização, fizemos 2h18m.
Seja como for, é um novo recorde pessoal, apesar das muitas subidas e da muita chuva.
Esta é a terceira meia maratona que corro (a segunda este ano, sendo que também já fiz uma prova de 20km) e a primeira em que acabo bem, sem me sentir a morrer, feliz. Acho que teria conseguido correr mais um bocado, e é a primeira vez que sinto isto. Os meus magníficos ténis Ultra Boost da Adidas também ajudaram a fazer a diferença, sem sombra de dúvida. São incrivelmente leves e confortáveis. Parecia que não levava nada calçado. E eu já achava que tinha uns ténis excelentes! 
 
Obrigada Ana pela companhia - na galhofa é mais fácil.
Obrigada ao grupo que foi comigo e que me convidou. Adorei!
E obrigada ao meu querido marido, que ficou com os outros três filhos, e que sempre me incentivou a ir. Uma relação que dá certo é assim: seguramos as pontas um ao outro e ficamos felizes com as conquistas um do outro - é como se fossem nossas.
 
Venha a próxima!

Curso da Prevenção Rodoviária Portuguesa, módulo velocidade #2

Houve quem ficasse encravado no elevador, só para começo de conversa, ficando assim provado que talvez não devêssemos conduzir qualquer tipo de máquina.
A formadora perguntou se tínhamos reflectido sobre a aula anterior e houve um colega que me arrancou uma gargalhada:
- Olhe, por acaso ontem dei com um sinal que limitava a velocidade a 30km/h. E eu pensei: "Ora deixa cá experimentar!" (claramente, há sempre uma primeira vez para tudo na vida de cada um).
Também vimos filmes de sensibilização. Um deles, uma campanha da Volkswagen, era uma preciosidade de tão bem feito. Se calhar já conhecem, eu não conhecia e deixo-o aqui. Não é o indicado para nós, que fomos todos apanhados a pisar no acelerador, mas a verdade é que os telemóveis são, cada vez mais, os grandes causadores de verdadeiros flagelos nas estradas.



Quando saí, três horas mais tarde, fui devagarinho até ao destino. Nos limites de velocidade.
Talvez haja, afinal, alguém que esteja a ser recuperado pela PRP.
Eu gosto de chegar depressa, porque tenho sempre pressa, porque vivo depressa.
Mas gosto ainda mais de estar viva. E de não matar ninguém.

Casa dos Sabores

A Iglo convidou-me a participar num vídeo de divulgação da Casa dos Sabores.
E o que é a Casa dos Sabores?
Imaginem que em vez de marcarem uma mesa para jantar podiam marcar uma casa inteira.
Pois bem, é isso mesmo que podem fazer, durante o mês de Maio. Uma mesa por noite em Lisboa, com um menu exclusivo, num sítio único, onde as verdadeiras estrelas são... quem quiserem convidar!
A Iglo oferece a casa equipada e recheada e o jantar, confeccionado pela anfitriã da casa, Isabel Queiroz.

Como podem ganhar esta noite? Candidatando-se em: www.casadossabores.pt.
Cada candidato poderá convidar até 11 pessoas para viver esta experiência única e limitada, indicando o seu tema preferido e as datas preferenciais para a realização do jantar. Entre os dias 7 e 30 de Maio, os vencedores seleccionados pela Iglo vão poder ter um jantar... em casa.

A Casa dos Sabores tem por objectivo celebrar os prazeres da mesa e todas as emoções que se vivem à volta de uma refeição. E eu juntei-me à Isabel Zibaia Rafael, do blogue Cinco Quartos de Laranja e à Ana Gomes, do blogue A Melhor Amiga da Barbie, e fomos pôr a mesa para vos receber!




Num desses jantares estarei eu e... quem se quiser juntar.
Será na sexta-feira, dia 15 de Maio!
Haverá por aí alguém que queira vir jantar comigo à Casa dos Sabores?
Em querendo, é enviar um email para sonia.morais.santos@gmail.com com uma frase divertida. Só posso levar 11 pessoas! Bora lá fazer uma grupeta gira.

Agora é que vai ser correr!


Estes Ultra Boost da Adidas são o último grito no que toca a ténis de running. Eu não percebo patavina do assunto mas diz quem sabe que isto é uma espécie de Ferrari dos ténis. Para já são leves como penas e, quando os calcei, achei-os tão confortáveis como umas meias fofas.
Os Ultra Boost têm na sua génese uma tecnologia desenvolvida pela NASA, de maneira que suspeito que agora deixe de correr e comece a voar.
Vou tentar estreá-los hoje, se bem que está difícil arranjar um bocadinho na agenda para isso. A ver vamos.

Curso da Prevenção Rodoviária Portuguesa, módulo velocidade #1

Ora então começou terça-feira.
Esta vossa amiga teve de abandonar o lar às 19h para poder estar às 19.30 na Prevenção Rodoviária Portuguesa, onde tem de frequentar este curso se não quer ficar sem carta. Ou uma coisa, ou outra. Preferi esta e, assim, terei 12 horas de formação, repartidas por 4 dias.

Quando cheguei estava uma fila para entrar na sala. Malta cabisbaixa, de cara fechada, braços cruzados, a típica postura corporal que indicia contrariedade e, em alguns casos, também alguma culpabilidade. Em suma, estávamos chateados de ali estar. 8 homens, 3 mulheres (eu incluída).

A formadora apresentou-se mas levou algum tempo a quebrar o gelo. Quando nos mandou tirar 3 fotografias, de cima de uma mesa pejada de imagens, que nos retratassem enquanto pessoas, enquanto condutores e, por fim, uma que representasse as nossas expectativas em relação àquele curso, entreolhámo-nos com ar de gozo. A sério? Mesmo a sério?

Afinal a coisa acabou por se revelar interessante. Numa primeira ronda, cada um de nós, sentados em cadeiras voltadas umas para as outras, em círculo, fomo-nos apresentando, quais alcoólicos anónimos. Uma apresentação, na maior parte dos casos, curta e grossa, quase seca e antipática, de quem está mesmo muito lixado por estar ali. Havia professores, comerciais, empresários, estudantes e eu só imaginava cada um de nós a levantar-se e a dizer qualquer coisa como "Olá, eu sou a Clotilde e já não excedo a velocidade há 2 dias".

Numa segunda ronda descrevemos a nossa condução e contámos como foram as nossas multas, aquelas que nos levaram ali. Foi a parte mais longa e onde se quebrou, por fim, todo o gelo. A malta basicamente desabafou. Que as multas eram injustas (é como os presos, nunca estão presos porque merecem, é sempre porque foi uma injustiça), que os limites de velocidade naquela via são obscenos, que os agentes se escondem para nos caçar... enfim, todo o universo contra os pobres prevaricadores. E sim, eu também me queixei da Avenida Marechal Gomes da Costa, essa grande mula (que não tem outro nome), que me lixa sempre quando vou a subir  (porque a descer há o radar fixo e esse já não me apanha).

Por fim, falámos das nossas expectativas. Aparentemente, esperamos pouco. Ou começámos por esperar pouco mas, ao longo das 3 horas, fomos aumentando as expectativas.
Eu, para já, fiquei a saber que já morreram mais pessoas nas estradas do que a soma dos mortos de todas as guerras do mundo. Será possível?
Vamos ver o que me esperam as próximas sessões.