Este fim-de-semana foi loucamente bom. Fui a Madrid correr a Meia Maratona EDP Rock'N'Roll e levei o Mateus porque ainda estou a amamentar e não queria interromper isto por causa de uma corrida. Eu e pequeno Mateus chegámos ao aeroporto às 9.20. Não foi fácil acordar às 7h para fazer a mala porque na noite anterior tínhamos ido ver o espectáculo dos 15 anos dos Commedia a la Carte ao Coliseu, e só chegámos a casa às 2h da manhã (eu e o pai, está bom de ver).
Despedimo-nos do pai, fizemos o check-in e lá fomos, todos contentes.
Mateus ainda com cara de "acordam uma pessoa para isto?"
Aqui, dentro do avião, já mais reconciliado com a vida
Chegados a Madrid, tinha no meu quarto uma surpresa maravilhosa, colada no espelho da casa-de-banho. Fiquei tão contente que quase soltei uma lagriminha.
Saímos, almoçámos num instante e passeámos a pé durante 2 horas. Não ia a Madrid desde miúda (vergonhaaaaaa) e por isso tentei ver o máximo no mínimo espaço de tempo. Ele colaborou porque dormiu o tempo todo. Quando já estava mesmo de rastos pensei que talvez fosse melhor ir descansar que no dia seguinte tinha uma prova de 21 km, perguntei a um senhor o caminho e ele levou as mãos à cabeça: "a pé????? Impossível! É muito longe! O melhor é apanhar um táxi!"
Não apanhei táxi nenhum e acabei por chegar mais depressa do que pensava.
Descansei um bocadinho mas depois tive de sair porque ia jantar com amigos que também foram de Lisboa a Madrid para fazer a Meia Maratona, os 10 km e a Maratona propriamente dita. Éramos 12 na Fuencarral, a comer massas, como convém.
Mateus ao colo da tia
Inês. Portou-se como um anjo durante todo o jantar
A seguir fomos todos para os respectivos hotéis, que no dia seguinte tínhamos uma prova para fazer.
O Mateus dormiu pessimamente, - para não variar - acordou de 2 em 2 horas, de maneira que às 7h quando o despertador tocou tive vontade de o atirar pela janela fora.
Tomei o pequeno-almoço, a babysitter Ramona chegou (obrigada
Rititi!!!!) e lá fui eu.
Encontrei-me com a
Ana no Cajón 5, tirámos fotos, estávamos uma pilha de nervos (não perguntem porquê, a malta não tenciona ganhar aquilo, ninguém nos está a pagar, ninguém nos obriga a não desistir se nos apetecer, mas dá nervos, pronto).
A prova correu lindamente. Fomos sempre juntas, a um ritmo que nos é mais ou menos comum. Aos 14 km dá-se a separação entre os que vão correr a maratona e os que vão correr a meia. Uns vão para um lado, os outros vão para o outro. Nessa altura, sentíamo-nos tão fresquinhas que dissemos: e se fôssemos fazer a maratona? Despachávamos já isto, que tal? Isso é que ia ser uma surpresa! Mas não. Virámos à esquerda, para a meia maratona. Nesse momento comovi-me porque todos os que foram para a meia maratona bateram palmas aos que viraram à direita, para os 42km. Foi um momento mesmo bonito e eu, com a serotonina ao rubro fico sempre uma mariquinhas de primeira.
Estávamos nós no km 18 quando a Ana disse:
- Se formos mesmo depressa fazemos 2h15m. Bora?
Bora. Começámos a acelerar e... o que aparece diante de nós? Uma subida! Não, aquilo não era uma subida, aquilo era uma montanha para escalar! A sério? Mesmo a sério? Foi horrível. Depois entrámos no Retiro e era ver gente e gente a aplaudir, apesar da chuva intensa que caía. Agarrámos na bandeira que a Ana tinha levado e cruzámos a meta mesmo felizes.
O meu TomTom marcou 2 horas e 16 minutos mas, segundo a organização, fizemos 2h18m.
Seja como for, é um novo recorde pessoal, apesar das muitas subidas e da muita chuva.
Esta é a terceira meia maratona que corro (a segunda este ano, sendo que também já fiz uma prova de 20km) e a primeira em que acabo bem, sem me sentir a morrer, feliz. Acho que teria conseguido correr mais um bocado, e é a primeira vez que sinto isto. Os meus magníficos ténis Ultra Boost da Adidas também ajudaram a fazer a diferença, sem sombra de dúvida. São incrivelmente leves e confortáveis. Parecia que não levava nada calçado. E eu já achava que tinha uns ténis excelentes!
Obrigada
Ana pela companhia - na galhofa é mais fácil.
Obrigada ao grupo que foi comigo e que me convidou. Adorei!
E obrigada ao meu querido marido, que ficou com os outros três filhos, e que sempre me incentivou a ir. Uma relação que dá certo é assim: seguramos as pontas um ao outro e ficamos felizes com as conquistas um do outro - é como se fossem nossas.
Venha a próxima!