Não sei se ainda há bilhetes mas se houver comprem. Não percam.
Este espectáculo, "BG", uma homenagem da Companhia Nacional de Bailado ao extinto Ballet Gulbenkian vale mesmo a pena. Fica difícil dizer do que gostei mais. Fiquei pregada à coreografia de Olga Roriz, "Treze Gestos de Um Corpo", quase sem respirar. De seguida, adocei com "Será Que É Uma Estrela", de Vasco Wellenkamp. A leveza dos corpos, o amor, a vida, a morte, a voz terna da Maria João a cantar "Eu sei que vou-te amar". Depois, "Twilight", de Hans van Manen, e o fortíssimo "Minus 16", de Ohad Naharin, que voltou a deixar-me imóvel, de novo quase em apneia.
Adorei a parte final, que não revelo porque gostava mesmo que vissem e fossem surpreendidos como eu fui, com um bailado que se desconstrói, que desce junto dos mortais, que se ri de si próprio e não se leva demasiado a sério, que se mistura com a vida real, que faz rir.
Muito bom.