Agora deu-me para isto
Em 2008 comecei a inchar.
Primeiro achei que tinha sido alergia a um rissol de camarão mas depois, quando os inchaços continuaram, percebi que o rissol já tinha sido digerido há muito e que não podia ser disso.
Inchou-me a barriga, um dedo, um pé, uma perna. Depois, tal como tinha aparecido o inchaço… desaparecia.
Nessa altura, assustei-me. Bom, é verdade que sou facilmente "assustável" porque sou hipocrondríaca e acho logo que é coisa que me vai matar em três tempos. Fui a vários médicos. Um dos quais do Curry Cabral que me fez um batalhão de exames e concluiu que eu estava sã que nem um pêro. Não era Zona, não era Gota, não era Lúpus, não era artrite reumatóide, não era nada.
De facto, passado um mês e tal a coisa passou. E eu fiquei sem saber o que raio tinha sido aquilo.
Pois bem, a coisa voltou quando estava grávida do Mateus. Falei nisso ao obstetra mas ele não valorizou. E eu pensei que se não me tinha matado há 6 anos também não havia de me matar agora. Fui-me coçando, desesperando aqui e além com um dedo do triplo do tamanho ou com comichões do demo nos pés ou nas mãos. Mas entretanto o Mateus nasceu e a coisa piorou muito. Tem sido verdadeiramente galopante. Aparecem-me babas gigantes nos pés e nas mãos e nos braços e nas pernas. Tenho uma comichão que me faz ter vontade de arrancar a pele. Fico horas a coçar-me, sobretudo durante a noite. Marquei uma consulta para um médico de Medicina Interna, mas ficou para o final de Janeiro. Até que me conseguiram uma consulta de urgência para hoje, nos Lusíadas, com um dermatologista muito bom. Ele olhou e traçou de imediato o diagnóstico. O que eu tenho é urticária crónica. A diferença entre a urticária aguda e a crónica é que a primeira dura no máximo 6 semanas e a outra ultrapassa esse tempo. E esta, com efeito, já dura há uns bons meses. E tem vindo a piorar. Boas notícias: não vou morrer disto. Más notícias: não tem cura e, em 80% dos casos nunca se descobre a causa. Ainda assim, o médico vai tentar descobrir o que provoca isto, através de análises (muitas vezes é tudo provocado pelo sistema nervoso). Se não for possível descobrir, o único remédio é ir tomando anti-histamínicos sempre que tiver um surto.
Do mal o menos: não é uma doença daquelas horríveis que me leve desta para melhor, deixando 4 criancinhas órfãs de mãe. E isso faz-me suportar qualquer incómodo.
Primeiro achei que tinha sido alergia a um rissol de camarão mas depois, quando os inchaços continuaram, percebi que o rissol já tinha sido digerido há muito e que não podia ser disso.
Inchou-me a barriga, um dedo, um pé, uma perna. Depois, tal como tinha aparecido o inchaço… desaparecia.
Nessa altura, assustei-me. Bom, é verdade que sou facilmente "assustável" porque sou hipocrondríaca e acho logo que é coisa que me vai matar em três tempos. Fui a vários médicos. Um dos quais do Curry Cabral que me fez um batalhão de exames e concluiu que eu estava sã que nem um pêro. Não era Zona, não era Gota, não era Lúpus, não era artrite reumatóide, não era nada.
De facto, passado um mês e tal a coisa passou. E eu fiquei sem saber o que raio tinha sido aquilo.
Pois bem, a coisa voltou quando estava grávida do Mateus. Falei nisso ao obstetra mas ele não valorizou. E eu pensei que se não me tinha matado há 6 anos também não havia de me matar agora. Fui-me coçando, desesperando aqui e além com um dedo do triplo do tamanho ou com comichões do demo nos pés ou nas mãos. Mas entretanto o Mateus nasceu e a coisa piorou muito. Tem sido verdadeiramente galopante. Aparecem-me babas gigantes nos pés e nas mãos e nos braços e nas pernas. Tenho uma comichão que me faz ter vontade de arrancar a pele. Fico horas a coçar-me, sobretudo durante a noite. Marquei uma consulta para um médico de Medicina Interna, mas ficou para o final de Janeiro. Até que me conseguiram uma consulta de urgência para hoje, nos Lusíadas, com um dermatologista muito bom. Ele olhou e traçou de imediato o diagnóstico. O que eu tenho é urticária crónica. A diferença entre a urticária aguda e a crónica é que a primeira dura no máximo 6 semanas e a outra ultrapassa esse tempo. E esta, com efeito, já dura há uns bons meses. E tem vindo a piorar. Boas notícias: não vou morrer disto. Más notícias: não tem cura e, em 80% dos casos nunca se descobre a causa. Ainda assim, o médico vai tentar descobrir o que provoca isto, através de análises (muitas vezes é tudo provocado pelo sistema nervoso). Se não for possível descobrir, o único remédio é ir tomando anti-histamínicos sempre que tiver um surto.
Do mal o menos: não é uma doença daquelas horríveis que me leve desta para melhor, deixando 4 criancinhas órfãs de mãe. E isso faz-me suportar qualquer incómodo.
O meu braço, a noite passada