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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Cá em casa, a época natalícia começou ontem

Com canções de Natal a tocar, e a família reunida a fazer a árvore.
À noite, a Madalena rezou ao menino Jesus, como a avó Nonô a ensinou. "Ah, mas tu não és ateia?" Sou. Mas jamais impedirei os meus filhos de rezarem, se for essa a sua vontade. Os outros nunca o quiseram fazer. Esta lembra-se várias vezes do ensinamento da avó e reza, toda compenetrada. E se isso a faz feliz… quem sou eu para contrariar?

Quantos filhos?

A Madalena estava a falar de casar e ter filhos. E então começou uma conversa cómica cá em casa:
- Quantos filhos é que queres ter, Mada?
- Cinco!
- Cinco? Ena!
- E o pai vai ser o Francisco Lagoas!
- Ah… ok. E já o informaste?
- Não. Da próxima vez que estivermos juntos digo-lhe.
Nisto, chegaram os irmãos Manel e Martim. E ela perguntou aos dois quantos filhos queriam ter.
- Eu quero pelo menos três. No mínimo três! - declarou, peremptório, o Martim.
- E tu, Manel?
- Eu cá quero só um!
- Só um??? - perguntei eu, que já estava tão contente por ver os outros com vontade de replicar a família numerosa - Mas tu sempre pediste mais irmãos… Pensava que gostavas de uma casa cheia.
- Eu gosto. Mas quando for eu o pai basta um. É que dá muito trabalho, mãe! Primeiro só choram. Ok, não é o caso do Mateus, mas em geral é assim. Depois vem a idade das birras e do "quero isto, quero aquilo". A seguir vêm as tropelias, as quedas, as doenças. Mais tarde é a adolescência, que é só dores de cabeça. Basicamente é trabalho e trabalho e trabalho durante quê? Vinte anos?
- Hummm… Trinta, Manel. Nos dias que correm é mais trinta, ou mesmo quarenta.
- Mais me ajudas! Nah! Um filho está bom.