A Madalena estava a falar de casar e ter filhos. E então começou uma conversa cómica cá em casa:
- Quantos filhos é que queres ter, Mada?
- Cinco!
- Cinco? Ena!
- E o pai vai ser o Francisco Lagoas!
- Ah… ok. E já o informaste?
- Não. Da próxima vez que estivermos juntos digo-lhe.
Nisto, chegaram os irmãos Manel e Martim. E ela perguntou aos dois quantos filhos queriam ter.
- Eu quero pelo menos três. No mínimo três! - declarou, peremptório, o Martim.
- E tu, Manel?
- Eu cá quero só um!
- Só um??? - perguntei eu, que já estava tão contente por ver os outros com vontade de replicar a família numerosa - Mas tu sempre pediste mais irmãos… Pensava que gostavas de uma casa cheia.
- Eu gosto. Mas quando for eu o pai basta um. É que dá muito trabalho, mãe! Primeiro só choram. Ok, não é o caso do Mateus, mas em geral é assim. Depois vem a idade das birras e do "quero isto, quero aquilo". A seguir vêm as tropelias, as quedas, as doenças. Mais tarde é a adolescência, que é só dores de cabeça. Basicamente é trabalho e trabalho e trabalho durante quê? Vinte anos?
- Hummm… Trinta, Manel. Nos dias que correm é mais trinta, ou mesmo quarenta.
- Mais me ajudas! Nah! Um filho está bom.