Eu estou fina. Sete dias depois do parto levei a pancada do costume na cabeça, maldito baby blues que parece uma carraça, posso ter uma dúzia de filhos que não me livro daquela nostalgia imbecil que me faz andar a chorar pelos cantos como se, em vez de um filho, me tivesse nascido uma desgraça. Desta vez, porém, foi mais leve. Durou umas 24 horas. Comecei a chorar na sexta (o Mateus nasceu numa segunda), mas ainda sentia que era de alegria. "Estou tão emocionadaaaaaaa chuinf", "Estou tão felizzzzzz chuinf", "Ele é tão queridoooooo chuinf". Depois, no sábado, a coisa já era descontrolada. Sempre a dizer e a repetir que não queria que os dias avançassem, que queria perpetuar o momento do parto, que tinha sido tudo tão rápido, porque é que não podíamos fazer um "Pause" no tempo, para que este momento de enamoramento e descoberta durasse mais e mais? Parecia uma neurótica, há que dizê-lo com frontalidade. Enfim, hormonas. O que me vale é que já sei que me dá forte mas passa depressa. E, com efeito, no domingo já estava impecável. Que alívio.
Esta semana que passou foi de recomeço do quotidiano (ainda sem a parte do meu regresso ao trabalho): ir buscar e levar à escola, e às actividades, debaixo de chuva, com o desgraçado atrás e a costura ainda um bocado fresca. Não tinha dores, agora já tenho - claro. Mas a vida não para, por muito que, às vezes, me desse jeito. Na verdade, dava-me mesmo muito jeito poder ficar a lamber a cria nova mais tempo, com o pai, numa cena tipo presépio. Assim sendo, há que encarar isto como um presépio em movimento contínuo. É diferente. Mas também tem os seus encantos.
Esta semana que passou foi de recomeço do quotidiano (ainda sem a parte do meu regresso ao trabalho): ir buscar e levar à escola, e às actividades, debaixo de chuva, com o desgraçado atrás e a costura ainda um bocado fresca. Não tinha dores, agora já tenho - claro. Mas a vida não para, por muito que, às vezes, me desse jeito. Na verdade, dava-me mesmo muito jeito poder ficar a lamber a cria nova mais tempo, com o pai, numa cena tipo presépio. Assim sendo, há que encarar isto como um presépio em movimento contínuo. É diferente. Mas também tem os seus encantos.