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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Uma looooonga aprendizagem

O treinador veio às 21h. Antes disso a Madalena teve inglês, depois fomos levar o Martim ao ténis, ficámos por lá a assistir à aula que acabou às 20h, chegámos a casa e foi jantar depressa, que o treinador havia de estar a chegar. Chegou mal engolimos a fruta. Chama-se Ricardo e explicou tudo muito bem. Gostámos todos muito dele. Este foi apenas um primeiro encontro, de avaliação. As aulas começam de seguida, duas vezes por semana.
Aprendemos os 4 princípios básicos da psicologia canina: vantagem/desvantagem; reforço/punição.
Aprendemos os benefícios dos brinquedos interactivos, que podemos comprar ou fazer nós próprios.
Percebemos de onde vêm alguns dos medos do Mojito.
Compreendemos o conceito de recursos escassos e foi-nos explicado que a palavra "toma" é, a partir de agora, a nossa pior inimiga. A palavra a repetir é, de agora em diante, Mojito, sobretudo quando associada a reforços positivos. E tomámos consciência de que o Clicker vai ser, daqui para a frente, um grande aliado. Fomos introduzidos às noções de clareza e simplicidade do cérebro de um cão: "Senta!" significa apenas "fica com o rabo no chão" e não mais do que isso. Recebemos a indicação de que vai ser preciso ignorá-lo quando gane - ainda que custe - e só o premiar depois de se calar. Percebemos que a repetição dos comportamentos, seguidos de igual forma por todos os membros da família, será a nossa salvação.
Ele esteve cá uma hora e meia e sentimos que podia continuar, porque descobrimos imensas coisas novas e que fazem todo o sentido. De facto, até mesmo um cão pode ensinar-nos todo um novo mundo. Basta estar aberto a isso. Basta querer aprender. Let the games begin!

Quando o telefone toca

Quem é seguida pelo Dr. Fernando Cirurgião sabe do que falo. Geralmente, sempre que o telefone toca, em dia de consulta, é para informar que a dita cuja foi adiada por mais uma hora ou duas. E não é raro receber-se vários telefonemas ou mensagens, com novos adiamentos. Melhor assim do que passar toda uma tarde no consultório. Assim, uma pessoa está em casa e só sai quando tem a certeza que é atendida pouco depois de lá chegar. E é atendida sempre com aquela calma e doçura, como se fosse a única mulher grávida do planeta.
Hoje, porém, o telefone tocou e não era dia de consulta. A consulta das 32 semanas estava marcada para quarta-feira por isso, quando ouvi a voz da Ana, estranhei. Era então para perguntar se poderia ficar antes para amanhã, à mesma hora. Quem está grávida sabe como isto sabe bem: antecipar uma consulta, antecipar o momento em que vamos saber se está tudo bem, antecipar o dia em que vamos tornar a espreitar o nosso bicharoco, antecipar o esclarecimento de dúvidas, o sossego de receios. Tão bom...
É já amanhã!

Calma...

Não se inquietem os espíritos mais agitados, que baby M também possui babygrows… Não andará toda a sua vida de bebé com golinhas à Camões ou a trajar "vestidos", coitadinho, sabe Deus o que isso poderia fazer à sua masculinidade! Sossegai, boas gentes. Sossegai. Baby M também terá os seus pijaminhas, sem mariquices de laços, toucas e rendas. Por aqui até calças de ganga e camisas "à homem" existem, no armário, logo para o tamanho 1M. Teremos pois um baby M versátil, capaz de parecer saído da Idade Média num dia, e da pós-modernidade no outro.


Um dos meus preferidos: bear style

É de ser miúda?

Nunca nenhum dos meus rapazes ficou nesta felicidade por levar para a escola dois sacos carregados de cartolinas, feltros, canetas, lápis, aguarelas, barro. Nunca. Sempre levaram o material escolar com a mesma indiferença de quem carrega isso ou outra tralha qualquer. Quando os livros chegam, em Setembro, eles nem olham para eles duas vezes. Arrumam-nos na secretária e está bom. Ela? Ficou numa excitação sem fim quando lhe mostrei as sacadas de artigos de papelaria e, sobretudo, quando lhe disse que era tudo para fazer muuuuuuitos trabalhos.
- Até que enfim, trabalhar a sério!
Todos os dias se senta a fingir que está a fazer contas, letras, frases. Quer à força aprender a ler e a escrever, ainda que lhe diga que tem muito tempo para isso, que não a ensino porque quero que aprenda só na altura certa, quando passar para o 1º ano, caso contrário chega lá e já sabe tudo.
- Pois, mas eu quero saber tudo já! E quero chegar ao 1º ano a saber mais do que os outros!
Isto é coisa de gaja ou esta vai ser do tipo marrão?
Temos aqui um terreno fértil ou é coisinha para lhe passar num ápice?
Para quem está acostumada a só ouvir falar com tamanho entusiasmo de esféricos… ficam muitas dúvidas no ar.

Mojito vai ao psicólogo

Ou melhor, o "psicólogo" é que vem cá hoje. Às 20.30. É o treinador de cães, que vai fazer uma primeira "avaliação". Pediu para estar toda a família. E eu já me imagino a dizer aquelas coisas que os donos de cães problemáticos dizem ao Cesar Millan, e já imagino o treinador todo zen, a pôr o Mojito todo obediente, a fazer-se de morto. Vai ser toda uma nova aventura.

Lentes de contacto

Ontem, na óptica, até correu bem. Quer dizer, o rapaz levou dois séculos a conseguir tirar a lente do olho direito, mais dois séculos a conseguir colocá-la, e repetiu o processo no olho esquerdo. Normal. Veio com elas nos olhos, todo contente por conseguir enxergar sem óculos, e para as tirar nem foi assim um drama tão grande como esperava. Mas hoje…

Hoje...
Já transpirei, já gritei, já tentei, já soprei para a cara dele, já quase lhe dei um estalo.
Ele sopra, berra com a lente, deixa-a cair, enerva-se, até já se sentiu mal.
Tem duas enormes desvantagens: pestanas densas como vassouras e olhos rasgados onde a lente parece que nem cabe.
Acabo de o mandar fazer um intervalo e sair com o cão à rua, para apanhar ar na marmita, a ver se volta com outro ânimo.
Que filme!