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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Por falar em mau cheiro...

… tenho de falar no novo livro da Ana Garcia Martins porque gostei mesmo dele. Divertido, escatológico como eu gosto (a Cocó podia gostar de um livro que fala de puns, verdade?), e muito bem construído, com a fórmula sempre vencedora da mesma pergunta feita a várias pessoas, numa sequência dinâmica e engraçada. Vi por aí muita virgem ofendida por haver um livro a falar de gases mas, sinceramente, não compreendo a indignação. Puns é coisa universal e é sabido que os miúdos, por muito bem educados que sejam, acabam sempre a cair na tentação de explorar a escatologia. Se houver um livro a fazê-lo abertamente, eles não só vão rir a bom rir como, por outro lado, vão fazer menos questão de se pôr com conversas dessas, já que não sentem o tema como tão "proibido". Afinal… até vem nos livros!

Não é por a Ana ser minha amiga (aliás, a grande nojentona não escreveu uma linha, lá no seu estaminé, sobre o meu último livro, por isso eu estava bem à vontade para me calar bem caladinha sobre este). Mas as verdades são para se dizer (além de que não tenho feitio para cabra) e a verdade é que, quando li pela primeira vez o livro à Mada, ela riu como nunca havia rido com nenhum outro. E já pediu segunda leitura (e tornou a rir). Por isso, e porque ela merece… parabéns!
(amanhã vou tentar ir ao lançamento, se bem que a minha vida histérica torna todo o extra um exercício de malabarismo, mas vou tentar - é às 18.30 no restaurante do El Corte Inglés)


O mistério do mau cheiro

Ontem, quando regressava do inglês com a Mada, entrámos no elevador e estava um cheiro tão nauseabundo que tivemos de subir com o nariz tapado. Na escada não melhorava. Mas depois entrámos em casa e esquecemos a coisa. Pensei que pudesse ser por causa da chuvada medonha, que tivesse feito transbordar o esgoto ou coisa assim. Pouco tempo depois, a vizinha de cima tocou-me à porta.
- Peço desculpa por incomodar mas… sente este cheiro horrível?
Lá lhe disse que sim, sentia, e que era um misto de cocó e gás. A senhora estava aterrorizada porque com o gás não se brinca e até abriu a porta da rua, para ver se a coisa se dissipava. Assim ficámos.
Hoje, às 6.30 da manhã, quando o Ricardo foi à rua com o cão (sem comentários quanto ao horário, sim? agradecida), o fedor permanecia. E quando eu levei a Madalena à escola, às 9h, idem. Pedi-lhe, então, para ligar para a administração do condomínio. Tinha de vir cá alguém porque começava a achar que íamos todos pelos ares.
Chegou há pouco a senhora da administração do condomínio.
- Não sinto cheiro nenhum.
Eu ri-me.
- Não??? Isso está mau, então. Constipação? Alergia?
- Olhe que eu até costumo ser bem esquisita com os cheiros mas palavra de honra que não sinto nada.
- Pois…
A senhora do condomínio andou então pelo prédio a angariar narizes. A empregada da frente garantiu que não lhe cheirava a nada, a vizinha do 3º andar também não e, para meu azar, até a minha D. Emília encolheu os ombros a dizer que não, por ela estava tudo impecável. Fiquei capaz de a matar. Ao menos que anuísse, só para não me enxovalhar… traidora!
O que me vale é que, pelos vistos, a vizinha do primeiro andar também sofre da mesma loucura olfativa que eu. Senão ainda me mandavam internar.
Odeio que me façam sentir estúpida.

Entretanto, se o prédio explodir… fica aqui a prova, por escrito, que o meu nariz pressentiu tudo.


Oferta para uma pele sensível

A Mitosyl enviou um conjunto de produtos para o baby M e eu agradeço. Tenho de confessar a minha ignorância: nunca usei esta marca. Mas já vi em casa de amigas, já vi noutros blogues, já ouvi dizer maravilhas. Que é tudo muito bom, delicado, que faz milagres em rabos de bebés, que é perfeita para as peles sensíveis. Tenho as melhores referências mas só agora vou testar, quando o bicharoco mais novo nascer. Depois vos digo, de minha justiça.
Para já… obrigada à Mitosyl pela lembrança. :) A onda amarela já chegou cá a casa.


Não enojem a diva

Martim vai à cama da Mada, despedir-se dela.
- Boa noite, Mada!
- Yaaakkkk! - gritou com a expressão mais agoniada que conseguiu - Estás todo suado!
- Pois é… desculpa. Estou com calor.
- Ai, sai daqui! Não dou beijinho… que nojo!
Martim encolhe os ombros e vira costas.
Ela atira, com um suspiro:
- Se não estivesses suado tinhas mais sorte!

Ainda o Ice Bucket? Oh yeah

O meu querido PT fez (finalmente!) o Ice Bucket Challenge para o qual o tinha desafiado. E a doação à APELA, claro está, que essa é que é a parte realmente importante.
A fantástica produção fez valer a pena a espera. :)
Gostei da parte em que ele diz "quero agradecer a coragem que a Sónia teve por me desafiar". Ops… Na verdade, se calhar foi mesmo coragem… Afinal de contas, estou retirada dos treinos mas conto regressar em breve. E… suponho que o regresso vá implicar muita água fria (para aliviar as dores musculares que ele me vai proporcionar).
Aqui fica o vídeo do Pedro Almeida.
Já só falta o Olivier!

Vai-e-vem tresloucado

Ontem fui buscar a Madalena à escola e, a seguir, fomos ter uma aula experimental ao Helen Doron. Na escola nova não há Inglês e nós gostávamos que ela não quebrasse uma aprendizagem que já vinha fazendo na escola anterior (e sabe-se que quanto mais cedo começam a aprender línguas melhor).
Quando lá chegámos, ela começou a fazer beicinho. A agarrar-se às minhas pernas. Percebi. Afinal, tinha acabado de a ir buscar à escola (onde me recebeu como se visse o sol depois de dias de escuridão) e já estava prestes a deixá-la outra vez. Então saiu-me pela boca fora a frase:
- A mãe fica sempre aqui na sala de espera, enquanto estiveres lá dentro. Estou mesmo aqui, pertinho de ti. Ficamos só com uma porta a separar-nos.
- Prometes?
- Prometo.
Ela sorriu e lá foi.
Eu fiquei a pensar como é que diabos ia fazer aquilo. Tinha de ir buscar o Martim para o levar para o ténis e tinha de ir buscar o Manel à escola para o levar para casa. Olhei para o relógio e pensei que, com rapidez e sorte, seria capaz de fazer tudo e ainda chegar a tempo. Podia acontecer falhar. E eu não queria mesmo nada faltar ao prometido. Mas também não podia deixar o mais velho pendurado e o mais novo sem ténis. Levantei-me e voei. Cheguei a casa, trouxe o Martim, segui para a escola do outro, fomos levar o primeiro ao ténis, deixei o segundo perto de casa para ir o resto do caminho a pé, adverti-o do perigo de atravessar aquelas duas estradas (como se ele não tivesse já ido montes de vezes sozinho a pé para a escola e para casa de amigos, atravessando estradas), expliquei-lhe o risco de um carro parar à beira da passadeira mas o da faixa do lado não parar e ele levar com um automóvel nos dentes, ele riu-se, Está bem, está bem, segui, estacionei à porta da escola de inglês e corri - sim, corri - para a entrada. Lá estavam as mesmas mães, sentadinhas, à espera que a aula terminasse. Tinha conseguido chegar a tempo de cumprir a minha promessa. Desabei numa cadeira, arfante, e nesse momento recebi uma mensagem no telemóvel. Era o Manel, com o seu humor particular.
- Atravessei a estrada! E não morri.
Ri-me alto. A porta da sala abriu-se, a Madalena sorriu ao ver-me.
- Adorei a aula! Amanhã vimos outra vez?