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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Mada volta a atacar

À mesa:
- Come a carne, Madalena.
- Mas eu não gosto desta carne…
- Essa carne é perú. Comes perú imensas vezes, o que te deu para hoje não gostares?
- Não sei… não gosto e pronto.
- Pois, lamento. Mas vais comer.
- Nem acredito que me vais obrigar.
- Vou, sabes porquê? Porque tu gostas, comes imensas vezes e estás só a ser caprichosa. Sabias que há muitos meninos que não têm o que comer?
- Olha, então porque é que não lhes levamos a minha comida????

Madazinha e aquilo que é importante

Estávamos a chegar a casa e ela perguntou se podíamos deixar o carro na rua, em vez de o pormos na garagem.
- Não porque agora há parquímetros, nós ainda não temos o dístico de moradores, e a mãe não vai gastar dinheiro para arrumar o carro à porta de casa.
- Pois, já me esquecia que tu nunca tens dinheiro…
- Não… a mãe não tem dinheiro para as parvoíces todas que tu pedes a toda a hora, Madalena. É importante saber usar o dinheiro para aquilo que é realmente importante, como comidinha, escola, livros, saúde…
- Vinho…

?????
(medo)

O que acham?

Acabo de descobrir uma foto do padrão dos passarocos, aplicado num quarto. A ideia era ter uma parede com os passarocos e outra com as riscas azuis clarinhas. Mas agora ao ver a parede cheia dos pássaros fiquei com dúvidas: será que não fica muito cansativo? E depois não ficará too much qualquer elemento decorativo que queira introduzir? Eu continuo a achar um amor (e a Mada a-d-o-r-a!) mas tenho algumas dúvidas…. O que acham?


Fotos em Stickers

Recebi uma série de fotos nossas, que tinham sido postadas no Facebook, que foram transformadas em stickers. A empresa chama-se Reuse Pic e a ideia é mesmo gira: pegar nas fotos que agora tendem a ficar enclausuradas no computador e colá-las em paredes, vidros, armários, electrodomésticos, nos próprios computadores, nos telemóveis. Ainda por cima, os stickers podem ser colados e descolados incontáveis vezes, sem perderem a aderência. Gostei da ideia. Obrigada aos senhores que enviaram esta selecção em sticker.

Rachar para não partir

Às vezes é preciso dar murros na mesa. Dizer que se está descontente. Que assim não dá.
Nunca fui daquelas pessoas que enchem o saco para evitar confrontos. Que se calam, que engolem em seco, que devoram sapos atrás de sapos, para ver se tudo passa, se melhora, se sossega.
Prefiro, de longe, um confronto produtivo, que resulte em mudança de parte a parte para que as coisas cheguem a bom porto, do que uma paz podre que invariavelmente terminará em guerra e até em morte.
Não sou de levar desaforos para casa.
Se sinto que as coisas não estão bem, digo. Queixo-me. Protesto. Bato o pé.
Acho mais justo.
Quem aguenta situações de que não gosta em silêncio, um dia passa-se de vez e diz tudo como os malucos. O outro, que nunca recebeu qualquer sinal de descontentamento, fica em choque. Ninguém lhe disse que estava errado, ninguém o avisou. E, assim na ignorância, foi perpetuando tudo aquilo que minava aquela relação. Sem saber. Sem hipótese de corrigir. Sem segundas oportunidades.
Fazer isto a quem quer que seja é uma espécie de traição.
E é por isso que odeio o não-dito. Odeio a falsidade. Odeio as águas paradas, a paz podre.
Comigo a coisa é pão-pão, queijo-queijo. Gosto: digo. Não gosto: digo. Detesto: grito.
Comigo há confronto. Há lugar para a crítica. Há murros na mesa.
Há rachar para não partir.
Só assim se pode construir uma relação verdadeira.
Só assim se pode corrigir o que está mal, sem perder tudo o que está bem.
Só assim entendo o amor, a amizade, a vida.

Hoje foi dia de dar um murro na mesa.