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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Pagar o que for preciso para resgatar memórias

Tenho andado toda a semana com o coração nas mãos. Na verdade, o coração ainda não voltou para o lugar certo porque só depois de ter tudo certinho deste lado é que restauro a paz na totalidade. Passo a explicar: na sexta-feira passada, um dos computadores cá de casa morreu. Por acaso, era "SÓ" o computador que tem a nossa existência toda. Para mim, o pior de tudo eram (são) as fotografias. Sabia que tínhamos feito um backup mas o pior é que o backup já tinha sido feito em 2012. Nenhum depois disso. Ou seja, há praticamente dois anos da nossa vida, em imagens, que estão em claro risco de desaparecer. Fotografias de viagens, de férias, dos miúdos, dos Natais… de todos aqueles momentos que são passado mas se tornam presente sempre que os revemos.
Hoje, depois de alguns procedimentos caseiros (com apoio de quem sabe da coisa) sem sucesso, levámos o computador a um laboratório e ficou comprovado que o disco está danificado. No laboratório estão em crer que conseguirão recuperar o que lá está (ou parte) mas ainda sem certezas. O orçamento? Quatro dolorosos dígitos. Tão dolorosos… O preço para recuperar o passado, que é algo que - como se sabe - não volta mais.

Nota: Façam backups com regularidade… não deixem para amanhã, não pensem que é coisa que só acontece aos outros… os discos morrem, mesmo que tratemos bem os computadores. Este, aparentemente, aqueceu demais. Fritou. Não deixem as vossas memórias fritarem também.

Um vizinho que é um mimo

Sempre que vou com o cão à rua, lá está ele, à janela. Às vezes não está mal chego, mas basta esperar um pedacinho que é certo e sabido que vai aparecer. Fica na sua varanda, com as mãos na cintura, à espera de ver algo no comportamento canino que o incomode e desperte a sua ira latente. Não deve ter o que fazer na vida, o que é muito triste.
Hoje, a almoçar com um amigo, imaginávamos formas engraçadas de reagir a este vizinho que obcecou por mim e pelo meu cão:
1 - Levar uns cartazes com frases para o irritar, tipo "Arranja uma vida", e levantá-los sempre que começasse a berrar.
2 - Levar um megafone e começar a responder-lhe via megafone coisas pouco simpáticas (mas sempre educadas, que uma senhora não perde o nível).
3 - Chegar com um bastão de baseball na mão e ficar a passear o cão enquanto batia com o bastão na mão, consecutivamente.
4 - Levar uns amigos tipo 4X4 escondidos, dizer-lhe qualquer coisa como "venha cá abaixo se é homem, para falar comigo" e quando o fulano começasse a crescer para mim (coisa que era certinha que aconteceria), dar uma assobiadela e aparecerem os amigos "armários" só para lhe pedirem que voltasse a repetir tudo o que me tinha dito a mim.
5 - Pedir a um amigo do culturismo (não tenho nenhum, desgraçadamente) que fosse passar o seu cãozarrão, deixando-o escavar buracos quando ele estivesse a ver. Esperar (sentada) que ele reagisse. E, perante a sua não-reacção, dizer-lhe: "Então, senhor? Agora já não se enerva? Olhe que este cãozinho está MESMO a fazer um buraquinho…  Não é como o meu pobre vira-lata que só os cheira… Não se zanga aqui com este simpático moço?"

Foi um almoço divertido, portanto. Tenho amigos muito criativos…

Le Petit Bateau

Tinha de comprar um vestido para um casamento que tenho em Setembro. De caminho, queria ver também algumas coisas mais práticas para grávida. Lembrei-me da loja Le Petit Bateau, na Fontes Pereira de Melo, porque sempre que lá passo de carro fico a olhar para a montra e a achar que tem sempre coisas lindas para futuras mamãs (e bebés).
Cheguei, arranjei lugar à porta, entrei e fui atendida por uma senhora (creio que a proprietária) absolutamente fantástica. Uma mulher grande, bem vestida, com um sorriso enorme, com um gosto absoluto naquilo que faz, super disponível para me trazer sempre mais um vestido, visivelmente contente pelo seu trabalho, sem um laivo de frete ou enfado (e não se enganem: já vi muito proprietário de loja a bufar enquanto atende os clientes). Experimentei uns 10 vestidos e 2 fatos de banho. Trouxe 3 vestidos e 1 fato de banho. E fiquei cheia de vontade de lá voltar. Adoro ver alguém trabalhar com paixão. Adoro ser bem atendida. É uma pena que a muitas pessoas que trabalham no comércio (sejam proprietários ou funcionários) não tenham ainda percebido que tratar bem o cliente é mais de meio caminho andado para o ver sair com sacos na mão. Ali, naquele caso, também havia coisas lindas, de facto. Mas ver aquela profissional a trabalhar foi, por si só, um tempo tão bem passado que merecia a compensação da compra. Ainda bem que ainda se vê disto.