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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Fechados para a construção de um ser humano

Nunca a tarefa de fabricar um ser humano me pareceu tão cansativa. A sério. Felizmente que não estou a trabalhar numa empresa, com horário fixo, caso contrário provavelmente já teria sido despedida. Adormeço sem querer, arrasto os pés como se já estivesse de 40 semanas e o termómetro marcasse 40ºC, não tenho paciência para nada, só penso em estar deitada, os meus filhos parecem-me muito mais que três, alucino só de pensar em fazer refeições, estremeço só de pensar em fazer o que quer que seja. Mas afinal o que é isto??? Ainda há 5 anos, quando estava grávida da Madalena, era ver-me pelo país afora, em reportagem, enérgica como um daqueles coelhinhos imparáveis da Duracel, e agora quem sou eu? Uma amiba, meus caros. Uma verdadeira amiba. De tal maneira que - como boa hipocondríaca - já imagino que talvez haja alguma coisa errada comigo (claroooo!). Afinal, gravidez não é doença e sempre trabalhei que nem uma desenfreada até ao momento de saída do inquilino. E daqui já saíram três inquilinos (sou uma senhoria com experiência). E o que é certo é que não me reconheço nesta inércia, neste torpor, nesta indiferença, neste sono permanente. Estarei avariada? Ou será mesmo só da idade? 

Mateus

O Mateus fez 1 ano e nós fomos à festa. Foi um piquenique no jardim do Príncipe Real e estava tudo lindo. As mantas e as almofadas no chão, o cesto a parecer um balão de ar quente, as decorações nas árvores… um mimo. Ja para não falar no lanchinho propriamente dito, que era tão amoroso que até custava comer. A Madalena fez bolas de sabão gigantes e pintou os dedos em forma de coelhinho. A seguir tínhamos outra festa mas aqui a grávida já não estava capaz de mais aventuras. Um simples piquenique é coisa para arrasar comigo.



O Mateus esteve sempre na maior, super bem disposto, sempre a rir. Um doce.