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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A minha nova obsessão

Em Marrocos havia sempre melancia disponível às refeições. Foi a minha grande loucura. Às vezes, no meio daquele fausto todo, ficava enfartada só de olhar (coisa raríssima de me suceder), e só me apetecia melancia fresquinha. Soube-me pela vida. Hoje, a primeira coisa que fiz foi correr para a mercearia e comprar uma metade bem grande. Nhamiiiii!

Afinal era um pónei

O Mojito ainda não estava um cavalo mas também já não é bem um cão. Está assim a meio caminho, talvez seja uma espécie de pónei. Quando nos viu urinou-se todo de felicidade mas não esqueceu de ir cumprimentar a senhora do hotel, sinal de que estamos a educá-lo muito bem (ah ah ah), trata-se claramente de um animal que conhece o sentido da palavra gratidão. Confesso que tive assim uma certa comoção de o rever e o Martim até chegou a ficar com lágrimas nos olhos. Parecia mais calmo e tivemos uma certa esperança de que os dias de loucura tivessem ficado para trás. Mas foi sol de pouca dura. Umas horas depois e já estava à vontade para nos trincar os tornozelos - é definitivamente o seu pior defeito. Se há coisa que me transtorna os nervos é andar na cozinha a cozinhar ao mesmo tempo que dou gritos quando me ferra um pé ou, pior ainda, o rabo. Sim, às vezes o parvo apanha-me de costas e entretém-se a mordiscar-me o traseiro - é com cada uivo que só visto (meu, leia-se, não dele). Já cá está há 5 horas e ainda não fez xixi ou cocó em casa. Talvez facilite o facto de estarmos a ir com ele à rua de 2 em 2 horas… ou isso ou o hotel fez-lhe mesmo muito bem. Espero que tenha feito e tenha gostado e tudo, porque em Agosto vai passar lá 3 belas semanas!

O regresso

Saímos às 10h, depois do pequeno-almoço (que saudades vou ter dos pequenos-almoços e restantes refeições sumptuosas, senhores!) e depois de um último olhar melancólico por toda aquela beleza onde fomos tão felizes e uma espécie de flashback onde recordámos os melhores momentos. O Martim até chorou, por ter de vir embora. Eu percebo-o. Só não chorei porque convém manter alguma compostura...









Queríamos chegar a Ceuta a tempo de apanhar o barco das 11.15h porque o próximo barco era só às 14.30 e tínhamos uma loooooonga viagem pela frente, mas esquecemo-nos de um pormenor. É que basta cruzar a fronteira e os ponteiros do relógio avançam logo duas horas. De maneira que quando chegámos aos barcos às 11h eram, na verdade, 13h. E a funcionária ficou a olhar com cara de ponto de interrogação para o Ricardo quando ele disse que queria seguir no barco das 11.15h. Pois. Aproveitámos para pôr gasolina (a diferença de atestar em Portugal ou em Espanha chega a ser pornográfica) e depois foi ficar à seca uma hora e meia.
O barco não era tão XPTO como o anterior mas a viagem fez-se bem. Aproveitámos para comer uma sanduíche dentro do barco, para poupar tempo, mas tivemos de voltar a parar numa estação de serviço a poucos quilómetros da entrada em Portugal, para atestar o carro novamente e para voltamos a petiscar. A seguir, foi directo. Chegámos a casa às 21h. Ou seja, levámos ao todo 10 horas (já contando com a hora e meia à espera do barco mais a hora e meia da travessia mais a paragem às portas do Algarve). Foi uma estopada mas tudo bem. Os miúdos portaram-se bem, tirando um ou outro desatino, e as típicas e insistentes perguntas "estamos quase a chegar?"
De facto, parar para dormir no Algarve é uma boa opção (que fizemos na ida mas que, no regresso, não foi possível porque o Ricardo hoje começava a trabalhar cedo e a Madalena tinha de estar na escola às 8.15 para ir para a praia).

Geralmente, tudo o que é bom passa depressa e, pelo contrário, quando estamos a apanhar uma valente seca, o tempo parece parar para nos fazer penar ainda mais. É curioso que, desta vez, aconteceu-me um fenómeno diferente: pareceu-me que estive fora mais do que uma semana. E não foi por ter sido mau! Foi por ter sido tão preenchido, por termos feito tantas coisas, por termos descansado tanto.
Recomendo vivamente este destino. E não, não ganho comissão.
Quem queira saber mais é só ir AQUI.
Aiiiiiiii, aiiiiiiii… agora vou trabalhar que sem trabalho não há dolce vita. 

As duas últimas noites

A noite de sexta-feira foi brutal. O tema era o branco e a zona do jantar estava toda a rigor, alva e com candeeiros marroquinos. Estava uma noite quente e, de repente, na areia, houve um happening.
A miudagem foi toda a correr, e mesmo a malta graúda não quis deixar de ir fotografar.
Mas era só o princípio. À tarde já tínhamos percebido que o espectáculo seria junto à piscina, porque pediram que saíssemos um pouco mais cedo (às 19h), mas não contávamos com um número de trapézio dentro de água.




Impressiona a rapidez com que este pessoal monta e desmonta tudo, a eficiência com que nascem tendas e trapézios e pistas de dança e, de repente, está tudo no formato normal outra vez. Também impressiona a qualidade dos dançarinos e trapezistas. Não são artistas contratados de fora. São os membros do Club Med que fazem tudo.
Depois deste número, abriu-se a pista de dança e foi um forrobodó. Fartei-me de dançar até pequeno Baby M começar a mostrar o seu desagrado.

A Madalena adormeceu logo depois do número de circo e ficou a dormir num cadeirão. Quando nos fartámos da rambóia, o Ricardo pegou nela e fomos embora. Acontece que o nosso quarto ficava muuuuito lá em cima - o Club Med Yasmina está distribuído numa espécie de socalco; esta festa ficava mesmo junto ao mar e o nosso quarto ficava lá no topo, com vista. Foi um vê se te avias para a carregar entre ladeiras inclinadas e escadarias. O pai fez várias paragens pelo caminho, pediu ajuda aos rapazes e eu agradeci estar grávida. :)


A última noite (sábado) contou com um espectáculo inspirado no filme Burlesque, cheio de plumas e coxas saltitantes. Mas o que mais gostei foi a homenagem, feita no final, a todos os funcionários que, durante a semana, trabalharam com afinco para que tudo corresse na perfeição. Entre os homenageados, os muito aplaudidos chefs de cozinha e empregados de mesa, que lidam com comida quando estão temperaturas abrasadoras e quando muitos deles estão em pleno Ramadão (ou seja, em jejum até o sol se pôr). Acho que esta forma de bem tratar a equipa é o principal segredo desta cadeia de hotéis que tem a característica de parecer uma grande família. Nunca vi outro sítio em que TODA a gente tivesse um ar tão bem disposto e feliz como nos dois Club Med em que já estive (Da Balaia e Yasmina). Acho que deve ser uma experiência brutal, por exemplo, para um estudante universitário trabalhar durante as férias de verão num Club Med algures no mundo.