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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Respirar de alívio

Ontem o dia não foi fácil. A história do filho da Judite de Sousa a enevoar o ambiente e o dia inteiro a olhar para o telemóvel, à espera de notícias. Fez ontem duas semanas que fizemos a amniocentese e, por isso, era expectável que nos ligassem do hospital com notícias. Passei o dia em apneia, com mau feitio, sono (sempre que estou muito inquieta dá-me para dormir), e até os meus inchaços se fizeram sentir (os meus pés triplicaram, o meu ombro ficou todo aos altos). Nada.
Hoje acordei ansiosa. Liguei para o São Francisco Xavier mas ainda não havia notícias: "Não se preocupe! Mal tenhamos os resultados ligamos. E damos sempre as más notícias muito depressa!" Pedi para darem as boas notícias também o mais depressa que pudessem, ó faxavore, que aqui a malta estava assim para o aflita. "Claro que sim, esteja tranquila".
Eu até tenho estado bastante tranquila. Mas com o aproximar da data da chegada dos resultados, acho que qualquer pessoa fica a pensar: "e se vem ali um resultado mau?"
Ligaram há bocado. "Temos boas notícias, os resultados são normalíssimos!"
Desabámos nos braços um do outro e o Martim largou a correr pela praia a gritar que o mano estava bem. O Manel saltou-me em cima e eu chorei de um alívio que só nós mães conhecemos. Porque sim, passo a vida a dizer que a deficiência não tem de ser o fim do mundo - e não tem! - mas ninguém deseja  do fundo do coração ter um filho diferente. Ainda que depois o ame com o mesmo amor que se tem pelos filhos, diferentes ou iguais.
Queria só dizer que nós por cá estamos muito felizes e apaziguados. Querido baby M. 

Marrocos!

Depois da belíssima experiência do Club Med Da Balaia, onde passámos uns dias maravilhosos no ano passado, decidimos repetir. Desta vez em Marrocos, mais concretamente em Tetouan (Club Med Yasmina). É perfeito porque basta chegar e há de tudo: natureza luxuriante, desportos que nunca mais acabam, animação para quem quer animação, sopas e descanso para quem só quer ficar a babar, além de uma experiência gastronómica inolvidável (leia-se: há tanta coisa e tão boa que o mais certo é engordar dois quilos por dia).




Se não estivesse grávida… bem vos digo que a experiência do trapézio não me escapava. Mas assim sendo, terei de me aguentar. O Martim diz que vai.


À noite, há sempre festas temáticas. Na primeira noite, foi a festa preta e branca - quase toda a gente vai de preto e branco e nós não fomos excepção, apesar de nos sentirmos um bocado em papa, da viagem. 
Ontem à noite, depois de um dia inteiro de piscina, aproveitámos à grande a festa oriental. Não nos vestimos a rigor, é certo, mas ficámos malucos com o jantar (havia MILHÕES de opções, sem faltar a comida marroquina - comi uma tajine de carne de vaca soberba e um mil folhas de atum de ir ao céu). 
Depois do jantar, danças orientais (a sorte do Ricardo, ventres lisos em sensuais ondulações…), o incontornável encantador de serpentes, um número de acrobacia, e depois a malta toda a dançar coreografias que, dentro de uma semana, já devemos saber de cor. Muito divertido mesmo.





Festa de anos seguida de viagem para Marrocos

Depois do Jardim Zoológico, voámos para a Praça das Flores, onde os avós já nos esperavam. O almoço no Canela Grill (o irmão do nosso adorado Pão de Canela) correu lindamente e o momento alto foi mesmo o do bolo, feito pela prima Cristina, que foi tirar um curso e agora tornou-se uma pasteleira de mão cheia. Pequena Mada delirou com o bolo da Elie. Obrigada, prima mais querida! 



Depois do almoço com os avós, fomos a casa acabar de fazeras malas. Bom, na verdade... não só. Afinal, quem é que consegue dizer a uma criançaque acaba de receber dezenas de presentes que tem de os manter assim,quietinhos, porque vamos de viagem? Foi então preciso tirá-los das respectivascaixas (porque é que os amarram tanto??? Terão medo que fujam?) e deixá-labrincar com todos, enquanto nós despachávamos assuntos vários. O Mojito tambémjá não nos atropelava as pernas porque, na sexta-feira, seguiu para o hotel Valverde, onde vai ficar esta semana toda.
Acabámos por sair já tarde e no Algarve só tivemos mesmo tempo para chegar a nossa casa e dormir.
No dia seguinte, saímos rumo a Marrocos ao meio-dia. A viagem foi longa. Mesmo longa. Em Algeciras apanhámos o barco para Ceuta. Um barco incrível, com uns cadeirões gigantes que se deitavam completamente. 1 hora e 20 minutos de sossego. Dormi. Quando chegámos a Ceuta, estávamos a 1 km de Marrocos.
Na fronteira, o filme do costume nestes países. Um mitra a chegar-se com uns papéis para assinarmos, nós a dizer que não, ele a garantir que era oficial, ai és então mostra lá o teu cartão, ele a mostrar o passaporte, o Ricardo a falar com ele em português - "ó Zé, não tenho dinheiro, pá! Larga-me da mão!" e os miúdos escangalhados a rir. Depois foi preencher a papelada, perceber as movimentações esquisitas ali à volta (os mitras a esconderem-se da polícia, a polícia a fingir que não os via), e uma certa tensão porque se sente que basta alguém embirrar e é uma trapalhada dos diabos. Mas não. Seguimos viagem para Tetouan, onde chegámos às 20h de Portugal, 19h de cá (8 horas de viagem, com uma paragem para almoço e já a contar com uma hora e 20 de barco). Mas valeu a pena. Não só pela sensação de aventura, que os miúdos adoram e dificilmente esquecem, como pela beleza de sítio que isto é.