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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Festa no Jardim Zoológico


A Madalena adora animais. Passa o ano inteiro a pedir-nos para ir ao Jardim Zoológico, mesmo no Inverno, mesmo quando lá fora chove a cântaros e temos de lhe explicar que se calhar não tem muita graça ir ver os bichos encharcados até aos ossos. Por isso, quando chegou a hora de decidir a festa, foi rápida a escolher: Jardim Zoológico. Ainda vos pedi sugestões, aqui no blogue, fui-lhe apresentando algumas, mas ela estava decidida: queria passar no Zoo. E assim foi.
Tivemos de marcar tudo para de manhã porque, à tarde, seguiríamos viagem para o Algarve e, no dia seguinte, continuaríamos o caminho de carro até Marrocos (onde estamos). Pelo meio ainda queríamos fazer um almoço com os avós - tudo em formato non stop, como é nosso costume.
Assim, pequena Mada convidou os amiguinhos da escola e a festa foi uma animação. Primeiro um passeio a pé, onde vimos os golfinhos, os tigres, os macacos. Depois fomos à quintinha, ver os póneis, as cabrinhas, as ovelhas, os coelhos. Os miúdos estavam doidos. Seguiu-se o passeio de comboio (que os meus pés agradeceram).












Saíram do passeio de comboio e foram para o carrossel. Deram três voltas e, se não lhes tivéssemos falado do lanchinho e do bolo de anos, acho que ainda lá estavam! E é tão bonito e parisiense, este carross
Por fim, o lanchinho, que calhou ao meio-dia e meia (desculpem, pais, se eles não tiverem almoçado nada de jeito a seguir). 

A monitora Laura era super animada e tem um jeito incrível para os miúdos. Ficámos a saber que está a estudar para ser arquitecta paisagista e só posso dizer que se tiver tanto jeito para isso como tem para os miúdos, vai ser uma mega arquitecta!
A Madazinha amou a sua festa de aniversário! 

Uma mão cheia de Mada

Foi no sábado que a Mada fez 5 anos.
A minha princesa.
Sempre disse que se só pudesse ter um filho queria que fosse um rapaz porque queria muito criar um bom homem. Um homem como deve ser. A natureza fez-me a vontade. Nasceu o Manel, depois o Martim. Se vêm a ser homens com H maiúsculo ainda não sei dizer mas estou a fazer por isso.
Acontece que depois chegou a Madalena. Doce, amorosa, meiga, feminina. E eu, que nunca tinha sonhado em ter raparigas, fiquei rendida. Tão rendida que, desta vez, quando soube que estava grávida queria que fosse uma menina. Não só por uma questão de logística, não apenas porque os irmãos preferiam uma menina, mas porque a Madalena é tão encantadora que acho que todos nós queríamos uma réplica dela. Uma Mada, versão II.
Isto tudo para dizer que ela chegou para nos encher a vida de cor-de-rosa, no sentido literal e figurado. A nossa vida é mais rosa desde que ela chegou. Mais delicada, mais feliz porque ela toda é felicidade.
Como diz o Martim, "Mada, tu encantas toda a gente". E é verdade.


O post que não queria escrever

Estou em Marrocos, em família. Este sítio é deslumbrante, estamos todos muito felizes. No sábado a Madalena fez 5 anos. Têm sido dias bons, estes. E, no entanto, parece estúpido falar de seja do que for quando nos chegam por cá notícias tão terríveis como a da morte do filho da Judite de Sousa. Uma morte estúpida, tão estúpida. Não conheço a Judite pessoalmente mas acho que nenhum de nós precisa de a conhecer pessoalmente para sentir esta empatia, neste momento tão absurdo que ela vive. Nenhum de nós, que tem filhos, precisa disso para sentir no peito e nas vísceras o arrepio da morte de um filho.
Aqui onde estou é tudo lindo e há alegria a ser gritada aos quatro ventos. Música nas piscinas, miúdos a voar em trapézios, uma natureza luxuriante, o mar mesmo aqui. E, ainda assim, paira sob as nossas cabeças uma névoa triste. E estou ainda mais atenta aos miúdos e abraço-os e beijo-os e amo-os com a sofreguidão de quem os pode perder a qualquer instante. Porque a verdade é essa: posso perdê-los a qualquer instante. Nenhuma mãe (ou pai) devia passar por isto. Havia de estar previsto na Constituição.
Um abraço muito sentido para a Judite de Sousa. É tudo quanto consigo escrever agora.