Mojito e os equívocos
O Manel foi à mercearia comprar gelados e levou o cão.
- O que é que eu faço ao cão quando chegar a mercearia? - perguntou antes de sair.
- Pedes os gelados à senhora, que estão ali mesmo à porta, pagas e vens embora. Nem precisas largar o cão.
- Hum.
Saiu.
Demorou um bocado e quando chegou vinha com o cão mas sem os gelados. Eu, que estava a fazer uma entrevista ao telefone, não percebi mas vi-o sair novamente, sem cão.
Quando voltou tinha uma história maluca para contar (isto é de família, pelos vistos).
- Então?
- Então cheguei lá e a senhora da mercearia não era a Cristina, e eu não tive coragem de lhe pedir as coisas assim à porta. Prendi o Mojito e entrei para escolher os gelados. De repente, olhei lá para fora e não vi o cão. Larguei a correr e lá ia o parvo a fugir da caixa da trela, que ia de rojo atrás dele. O palerma devia achar que a caixa da coleira estava a persegui-lo. Andei um bocado atrás dele, passei pela porta do restaurante e, nisso, o homem do restaurante ao ver-me a correr, vindo da mercearia, deve ter achado que eu tinha roubado alguma coisa. E pôs-se a correr atrás de mim.
A esta altura eu já estava escangalhada a rir.
- E depois?
- Depois lá consegui apanhar a trela e senti logo a mão do homem do restaurante no meu ombro, com força. Perguntou, todo brusco: "Então? O que é que se passou?". Lá lhe expliquei: "O que se passou foi que eu estava a escolher gelados, o meu cão fugiu e eu vim a correr atrás dele!" O homem largou-me, eu vim trazer o Mojito a casa, e voltei a sair para ir - finalmente - comprar os gelados!
Bom, pelo menos ao Manel o gelado não terá feito muitos estragos calóricos, depois da corrida e da adrenalina.
Já a mim...
- O que é que eu faço ao cão quando chegar a mercearia? - perguntou antes de sair.
- Pedes os gelados à senhora, que estão ali mesmo à porta, pagas e vens embora. Nem precisas largar o cão.
- Hum.
Saiu.
Demorou um bocado e quando chegou vinha com o cão mas sem os gelados. Eu, que estava a fazer uma entrevista ao telefone, não percebi mas vi-o sair novamente, sem cão.
Quando voltou tinha uma história maluca para contar (isto é de família, pelos vistos).
- Então?
- Então cheguei lá e a senhora da mercearia não era a Cristina, e eu não tive coragem de lhe pedir as coisas assim à porta. Prendi o Mojito e entrei para escolher os gelados. De repente, olhei lá para fora e não vi o cão. Larguei a correr e lá ia o parvo a fugir da caixa da trela, que ia de rojo atrás dele. O palerma devia achar que a caixa da coleira estava a persegui-lo. Andei um bocado atrás dele, passei pela porta do restaurante e, nisso, o homem do restaurante ao ver-me a correr, vindo da mercearia, deve ter achado que eu tinha roubado alguma coisa. E pôs-se a correr atrás de mim.
A esta altura eu já estava escangalhada a rir.
- E depois?
- Depois lá consegui apanhar a trela e senti logo a mão do homem do restaurante no meu ombro, com força. Perguntou, todo brusco: "Então? O que é que se passou?". Lá lhe expliquei: "O que se passou foi que eu estava a escolher gelados, o meu cão fugiu e eu vim a correr atrás dele!" O homem largou-me, eu vim trazer o Mojito a casa, e voltei a sair para ir - finalmente - comprar os gelados!
Bom, pelo menos ao Manel o gelado não terá feito muitos estragos calóricos, depois da corrida e da adrenalina.
Já a mim...