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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Martim: deixa cair Ronaldo e foca-se em Federer

O Martim deixou o futebol. A verdade é que nunca se conseguiu integrar. Sempre que havia jogo (todos os sábados) ficava no carro até ser hora de entrar em campo. Quando insistia com ele para que fosse brincar com os colegas de equipa pedia para não ir: «Mãe, eu não consigo». O meu rufia, afinal, era um menino de coro perto dos miúdos do clube de bairro. «No outro dia um deles levou as mãos à pila quando o pai o mandou fazer qualquer coisa. O miúdo fez isto ao pai!!!! E sabes o que o pai fez? O pai tratou-o por… ó mãe, posso dizer? O próprio pai tratou-o por "ó c@r@//o"… O próprio pai! Mãe, eu não tenho nada para lhes dizer.» Perante isto, o que fazer? Insistir? Explicar que há meninos que não têm a sorte de ter a mesma educação mas que isso não faz deles piores pessoas? É claro que é verdade mas deveria eu obrigá-lo a um convívio quando eu também não me envolvo com os pais dos colegas, por manifesta falta de assunto (e de léxico, a bem dizer)?
Além disso, o Martim, nos jogos, quase não saía do banco, o que era altamente desmotivador. E quando saía não fazia nada de jeito, quase não tocava na bola. Ele, que sempre jogou bem futebol, parecia inibido. Se pensarmos que, cá fora, há sempre pais aos urros e a atirar palavras de ordem como «marca o gajo, filho da p**a! Mexe-me essas pernas, ó c***/ho! O que é que estás aí a fazer, f***-se?», se calhar não é difícil imaginar que o Martim até tivesse medo de tocar na bola e fazer asneira. Preferia de longe passar entre os pingos da chuva a ter de ser insultado ou pior. Mas, por outro lado, ficar sempre no banco, nos jogos, estava a diminuí-lo. E se a um Manel uma coisa dessas até poderia fazer bem (tem uma auto-estima do tamanho do universo), para o Martim não estava, de todo, a ser benéfico.
O Manel, por seu lado, integrou-se na boa. E falamos das mesmas pessoas, tal e qual. Ele joga, fez amigos, adaptou-se ao palavreado, está como peixe na água. Óptimo. O futebol, de resto, sempre lhe correu muito mais nas veias do que ao outro.
Por isso, aproveitei a mononucleose e o tempo em que o Martim teve de estar parado para começar a falar-lhe em desistir do futebol. Em tentar outra coisa. No início ele não queria. Estou em crer que mais para não dar parte de fraco perante o irmão do que propriamente por se sentir radiante com aquilo. E entretanto começou a falar no ténis. E nós a aplaudir, a estimular, que sim, o ténis podia bem ser uma opção, por que não?
E assim foi. O Martim foi fazer uma aula experimental, adorou, o professor diz que ele leva jeito (acho que eles dizem sempre isto para os paizinhos babados os inscreverem, na esperança de terem ali um portento) e vai começar já para a semana.
Acho que lhe vai fazer muito bem estar numa modalidade em que não tem o irmão a fazer-lhe sombra. No futebol tinha, na guitarra tem, no dia-a-dia também. Ali, ao menos, o irmão não é tido nem achado, não compete com ele, não sabe do assunto, não opina, não é melhor do que ele. E isso pode bem ser o empurrão de que o Martim precisa para melhorar o seu amor-próprio.

Hoje o meu coração está na Avenida da Liberdade

http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=3965846&seccao=Media

O Diário de Notícias teve uma importância imensa na minha vida. Foi lá que tive os melhores anos profissionais, com o DNA, foi lá que conheci uma das minhas grandes amigas, foi lá que conheci o meu marido. Foi ali que cresci muito e ainda hoje olho para aquele edifício com emoção. Quando lá vou, gosto de ir pelas escadas, que tantos anos subi e desci. Fico sempre nostálgica mas daquela nostalgia boa, até porque saí de livre e espontânea vontade e nunca me arrependi disso.
Ainda lá tenho a mesma grande amiga e outras pessoas de quem gosto, outras que conheço, outras que respeito profissionalmente.
Saber destes despedimentos, que arrancaram hoje, aperta-me o peito.
Imagino aquelas vidas em suspenso, outras a serem viradas de pernas para o ar, no dia de hoje, e consigo intuir, de forma profunda, o ambiente que lá se estará a viver.

A todos os meus amigos e colegas… um abraço.

Querido, estiquei o miúdo!


Ao contrário do filme «Querido, encolhi os miúdos», cá em casa parece mais «Querido, estiquei o miúdo». Apenas 60 dias separam estas fotos. O mesmo cão, dois escassos meses de diferença.

Ah, e quando me dizem que escolhi um cão muito grande para ter num apartamento… pois.
Mas eu não sabia que ele ficar um boi. A mãe dele é média. E a querida Dora (dona da mãe) disse que o pai também seria médio. Se calhar é filho de pai incógnito...

BB


Chegou-me este programa de férias que achei bom e barato e, por isso, partilho para quem queira aproveitar. Dos 6 aos 12 anos. Praia duas vezes por semana, uma saída de 15 em 15 dias ao exterior (piscinas de Santarém, canoagem no Jamor, etc), oficinas de expressão plástica, de contos, de ilustração, jogos vários… bom e barato, não?


Contra as violações e mortes de mulheres na Índia

Na Índia, duas adolescentes foram enforcadas numa árvore depois de terem sofrido uma violação colectiva. Quando as meninas, de 14 e 15 anos, desapareceram, o pai de uma delas foi até à polícia e implorou, de joelhos, por ajuda. Os agentes riram do homem e mandaram-no para casa. Esta negligência é recorrente. A cada 22 minutos uma mulher é violada na Índia e não parece haver autoridade que se rale com isso.
A Avaaz está a tentar juntar 2 milhões de assinaturas para pressionar os governantes a protegerem as mulheres na Índia. A Avaaz tem feito muito para mudar a brutalidade no mundo. Eu acredito que, se formos muitos, podemos ajudar. Vamos assinar?

É por estas e por outras que o amor não flui

Estão a ver a saia de tule amarelo que a Mada tem na foto do post anterior?
Já era.
A miúda foi à cozinha buscar um copo com água, o Mojito saltou, cravou-lhe as unhas na saia e ZRAC! Foi-se.
Era nova.
Ele não tem culpa, eu sei. Sabe lá ele o que é uma saia nova de tule!
Mas eu sei, gostava da saia, comprei-a, e fiquei com vontade de o matar.

Mas não matei.
Assim como não matei hoje de manhã quando saltei da cama às 7h, estive 45 minutos a passear com ele, fiz uma festa onde só faltou o champanhe e dei-lhe um biscoito canino quando fez xixi (meia hora depois) e, quando chegámos a casa, foi direito ao jornal para fazer cocó. Dei-lhe um grito, voltei a sair com ele para mais 15 minutos de rua, sem sucesso, e por fim lá fez, no jornal, caca de tamanho industrial. E mais xixi. Não o matei mas não posso dizer que tenha começado bem o dia.