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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Charadas

Os avós vieram jantar. Estavam ralados com o Martim e ficaram impressionados com a cara de peixe-balão mas mais descansados por o verem bem disposto. O avó Zé adora charadas e, sempre que estamos juntos, é certo e sabido que temos uma série delas para adivinhar. Estávamos todos a adivinhar a lista do dia e, às tantas, veio esta:
- O que é que cabe sempre no meio da casa?

Ficou tudo ali a pensar, a pensar, a atirar palpites, respostas parvas, tentativas.
Às tantas, a Madalena, com aquele ser ar enlevado disse:
- A mãe…

(miúda, sabes mesmo derreter o meu coração)



(já agora, a resposta era: o botão).

Martim, o perseguido

Acordar com a voz de um filho à beira da cama a dizer:
- Eu não vejo… eu não vejo…
Acender a luz e constatar que o filho se transformou num peixe-balão, quase sem olhos, apenas umas frestas. Dar um salto da cama, vestir qualquer coisa à pressa e voar para o hospital, em pânico sobretudo depois de o ver agarrado ao pescoço, inchadíssimo, com ar de quem vai deixar de respirar no próximo minuto.
Pequeno peixe-balão levou anti-histamínico por via intramuscular e saiu do hospital ligeiramente melhor mas ainda com a cara toda deformada e o corpo todo cheio de borbulhinhas. Alguma coisa que comeu, dizem. Temos de nos manter alerta e, se não melhorar, teremos de voltar nos próximos dias.
A minha vida não é própria para cardíacos. Nem para grávidas.