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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

RIR: aí vamos nós!

Só tenho pena que, num mundo tão tecnológico, em que tudo pode ser controlado informaticamente, não exista a possibilidade de entrar, sair do recinto, e voltar a entrar. Convinha-me trazer o Martim mais cedo para casa, para que se deitasse que amanhã tem aulas (e teste, por acaso). Mas o Rock In Rio não prevê saídas precárias, ou então perde-se o direito ao bilhete. E é pena.
Adiante! Cidade do Rock, aí vamos nós!

Dia 1 de Junho: caminhar pela fertilidade

Não vou estar cá e, apesar de não ter pena porque espero mesmo ter um fim-de-semana perfeito, tenho de dizer que se por cá estivesse faria questão de ir a esta Caminhada pela Fertilidade.
Esta iniciativa da Associação Portuguesa da Fertilidade está integrada no evento "Mexa-se na Marginal", promovido pela Câmara Municipal de Oeiras. O ponto de encontro será junto a praia da Torre, às 11h (mas o evento acontece das 09.30 às 12.30).
A Caminhada, com um percurso de 2 km, tem diversos objectivos: marcar o oitavo aniversário da Associação Portuguesa de Fertilidade, assinalar o Mês Internacional da Fertilidade, sensibilizar os cidadãos para os actuais problemas relacionados com a fertilidade e promover a saúde reprodutiva em geral. 

A participação na Caminhada pela Fertilidade é gratuita mas é necessário realizar uma inscrição prévia, por razões logísticas. 


Inscrições AQUI.
Programa do evento AQUI.
Se puderem inscrevam-se e vão. Esta é uma causa que mexe muito comigo e para a qual todas as atenções são poucas.
A todos os que estão a tentar uma gravidez sem sucesso, o meu abraço apertado (e quem me conhece sabe como eu dou abraços apertados!)

Há quatro momentos em que o meu marido se transfigura (e não é bom de se ver)

1 - Em quase todas as segundas-feiras, sobretudo da parte da manhã.
2 - Na primeira semana depois das férias.
3 - Sempre que tem de apanhar cocó do cão.
4 - Quando está a preencher o IRS.

Não sei em qual dos momentos fica pior. Mas, dado que estou a olhar para ele neste momento, enquanto preenche o IRS online, diria que está bastante transtornado. Ia mesmo jurar que, há pouco, vi os seus olhos deixarem de ser castanhos para ficarem encarnados. E tinha dentes de vampiro. E exalava um forte odor a enxofre. 

Não se fiem nos focos do Centro de Saúde, está bem?

Eles só servem para enlouquecer as grávidas.
Reparem: uma grávida é um ser inquieto. Ansioso. Em suspense. Uma grávida sabe que está incumbida de uma tarefa maior, grandiosa, imensa: ela está a cozinhar um ser humano. Caramba! Há lá trabalho mais incrível do que esse? Mas o pior é que o cozinhado está no forno e o forno não se pode abrir para espreitar se já está no ponto, se está a ficar queimado, mole, abaulado, mirrado, uma treta do piorio, incomestível, um lixo, uma desgraça. Uma mulher grávida é um forno fechado durante 9 meses e vive com a angústia de saber se estará a correr tudo bem com a cozedura.
E depois vem um foco manhoso e pronto. Dá cabo do resto. Não se ouve o coração do ser humano a ser cozinhado. "Ah, mas não se preocupe que esta máquina geralmente só dá para ouvir o coração lá pelas 18, 19 semanas…" E a grávida ouve aquilo, semicerra os olhos e pensa: "Então para que é que me espetaram com ele na pança, buscando sons que sabiam à partida não serem audíveis? Hummmmmm…. estão-me a enganar. Devia poder ouvir-se, caso contrário não se metiam nisto de mandar deitar, destapar a barriga e andar ali a fuçar, a fuçar, a fuçar. Nah… há aqui gato."

Bom. Posto isto, lá foi ela com a credencial da caixa fazer uma ecografia, só assim naquela de dar uma olhadela, a ver se ainda havia coração a bater (e o resto, de preferência).
E havia. Um coração a bater depressa e um baby M a dar piruetas e solavancos e a levantar um braço, como que a dizer "Alôoooooo! Escondi-me outra veeeeeeez! Não sou uma graça?"

Baby M, baby M… se já me deixas neste estado dentro do forno, o que será quando estiveres cá fora?

Nojo, revolta, medo

Um país que não protege, que não cuida, que não defende.
Que medo.
Que medo ter uma filha a quem aconteça uma coisa destas e não ter forma de a salvar. Não ter meios para a proteger, não ter forma de escapar…
A Carolina merece ter uma vida. Os selvagens que lhe destruiram parte da existência (porque há ainda muita vida para viver e eu quero muito acreditar no futuro) merecem tudo o que há de pior.
Podem ler a história AQUI.

Pediram-me para divulgar isto e eu divulgarei até ao infinito, para que a Carolina possa voltar a ter uma vida.
A Ursa está a mobilizar-se. Vão lá ao estaminé dela e vejam de que modo podem ajudar.
Obrigada.