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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Desacordos

Odeio o acordo ortográfico e nunca escrevo obedecendo-lhe. Excepto para uma empresa, para a qual trabalho. Aí tem mesmo de ser. Então, hoje pela primeira vez, escrevi a palavra "rececionista". E até senti um frémito percorrer-me a espinal medula. 

Casas onde a cocó não se importava de morar #51

Ora então esta humilde quintinha, situada em Almoçageme, está situada num lote com mais de 5600 m2, com privilegiada vista de mar. Tem 5 salas, 7 quartos, cozinha, adega e aposentos para staff (adoro). Isto, no edifício principal. Num outro edifício com entrada independente, existe mais uma sala, uma cozinha e dois quartos. Custa 3 milhões e 900 mil euros.
Ver mais AQUI.










Cogumelos (e gente boa)

Lembram-se de ter dito que, no início do mês, estranhei não ter sido publicado o meu texto habitual de uma rubrica que tinha há quase três anos num jornal, e que, depois de ter enviado 2 emails a perguntar o que se passava, fiquei a saber que… a rubrica tinha chegado ao fim? Nada contra uma rubrica chegar ao fim, claro está, é o que mais sucede nesta vida (afinal, como diz o provérbio alemão, "tudo tem um fim, só a salsicha tem dois"), mas saber disso sem aviso prévio, depois de se ter feito uma entrevista e de se estar à espera que o texto saísse, como habitualmente, sem saber o que dizer aos entrevistados… isso, sim, foi novo e - tenho de o dizer - muito desagradável.
Mas quem tem bons entrevistados tem tudo. Quando lhes expliquei o sucedido e a razão pela qual não iriam sair na rubrica do jornal em causa, ficaram em choque. Disseram que não faziam ideia que era possível tratar assim as pessoas, que eu não tinha que lhes pedir desculpa, que se precisasse de alguma coisa era só dizer. Enfim, acho que se condoeram do chuto no real traseiro que levei, assim à má fila.
O que eu não esperava era que me ligassem, a combinar um encontro, para me trazerem o "menino dos seus olhos", o Eco Gumelo. Uns queridos, em suma. Os miúdos vão adorar!

Sabem o que é isto? São futuros cogumelos, que nascerão de borras de café. Ou seja, criar este cogumelo é transformar o que era desperdício num alimento de alto valor nutritivo.
Como se faz? Basta abrir e vaporizar para começar a cultivar. Alguns dias depois surgem os primeiros cogumelos, que crescem da noite para o dia. Requer apenas 1 minuto de atenção diária.
E depois? Depois de colhidos, os cogumelos podem ser cozinhados frescos ou guardados no frigorífico por alguns dias. Como não têm aditivos nem conservantes, são um produto biológico e gourmet genuíno.


Aproveito para deixar o texto que ia sair na minha rubrica defunta, sobre estes senhores.




Gumelo
Três amigos, borrasde café e cogumelos. Não parece, mas é uma empresa portuguesa, sustentável ecom muito para crescer

Tudo começou com João Cavaleiro. Biólogo de profissão, entãoa trabalhar num laboratório de controlo de qualidade, sempre revelou interessepela micologia em geral e pelos cogumelos em particular. «Um dia tive acesso aestudos sobre a produção de cogumelos a partir de substrato de café e fiqueifascinado porque eu próprio já tinha feito experiências de produção decogumelos a partir de palha, de casca de arroz... E comecei a fazer pequenosensaios.»
Daí até se fazer luz na sua cabeça foi um instante. E secriasse um negócio de produção de cogumelos, a partir das borras do café?«Portugal é um país que consome muito café, aqui em Almeirim há imensosrestaurantes da típica Sopa da Pedra, que servem imensos cafés por dia... e seeu lhes pedisse que me fornecessem as borras? E assim foi.»
Hão-de ter achado que era maluco, aquele rapaz que apareciasempre para levar as borras do café, e para que não achassem que estava mesmodesvairado de todo, nem sequer explicava que dali iam nascer cogumelos. Masiam, e nasceram, e foi então que João pediu ajuda ao seu amigo Tiago Marques,formado em Design de Comunicação. «Fiquei fascinado! Fazer uma caixa com borrasde café que desse cogumelos e comercializá-la? Assim, em 2010 começámos odesenvolvimento da marca, os ensaios da embalagem, e a comunicação do produto.»
E são quatro as principais valências deste produto, a quechamaram Eco Gumelo (a empresa chama-se Gumelo): para começar, e como o próprio nome indica, é ecológico.Pega na borra do café, que é um desperdício, e transforma-a num alimento. Alémdisso, é um produto que permite uma experiência fácil e divertida; é gourmet enão tem conservantes (permite que se comam cogumelos frescos e acabados decolher) e, por último, é saudável e uma boa alternativa a outros alimentosricos em proteína, como a carne, o que só pode ser boa notícia, num país comtantos casos de doenças cardiovasculares.
Por fim, juntou-se aos dois amigos um terceiro amigo deinfância, Rui Apolinário. Formado em Ciências Farmacêuticas mas apaixonado pornúmeros, dedicou-se à contabilidade, à gestão de organização e logística deprocessamento da empresa. Os três amigos procuraram financiamento junto deBusiness Angels mas não tiveram sorte: «Um dos problemas que eles levantavamera a recolha das borras e os custos inerentes. Mas nós queríamos mesmo sersustentáveis e produzir a partir do desperdício – esse era um conceito de baseque não queríamos mudar. Fomos teimosos e preferimos não ter financiamento e continuarmos fiéis aos nossos princípios.»

Recorreram a poupanças próprias e levaram a ideia para afrente. Hoje, o Eco Gumelo está à venda em 35 lojas gourmet e mercearias finas denorte a sul do país e já está a começar a expansão além fronteiras. E há maisideias a nascer. Tudo a partir de borras de café, fungos comestíveis e umaamizade que virou empresa (http://pt.gumelo.com).

BOA

A BOA - Bombarda Oficina de Artes, de que já aqui falei, mudou de instalações. Já não está na Rua Miguel Bombarda (Porto), mas na rua ao lado.
O espaço agora é completamente diferente. É amplo e tem um espaço exterior. Continua dedicado às oficinas criativas de bebés e crianças e continua com as aulas de pintura, azulejaria, cerâmica, fusão de vidro, etc.

De novo, há agora o seguinte:
- Um espaço de Co-Work (os artistas independentes de várias áreas da criatividade, como pintura, design, ilustração, artes plásticas, ouriversaria etc) ganham um lugar que lhes tira o peso de uma renda mensal, com custos como água, luz e gaz, e onde podem simultaneamente partilhar conhecimentos e ideias (porque é um espaço comum). Os co-workers têm acesso a internet, café, microondas, frigorífico.

- Um espaço Montra (os criadores, marcas que não têm local próprio para expor, podem, através de um pequeno aluguer mensal, expor os seus produtos na nossa montra)

- Oficinas alternativas como: desenho e ilustração do Mundo Fantástico. Fugindo ao desenho convencional, procurar nas formas, nas coisas, na natureza, na imaginação, criar o fantástico e ir muito além do que o comum.

- Oficinas alternativas de Grafitti. Há um muro, no espaço exterior, que não está pintado. Foi deixado intacto, para que se possa explorar essa área.

Vale a pena conhecer. É gente que vive intensamente e de forma vibrante o meio artístico. 

Contactos:
  • 962 959 378
  • 938 053 929
  • 914 093 518
Morada: Rua Adolfo Casais Monteiro nº 59 (Porto)
Bairro Miguel Bombarda 
Site: http://bombarda-oficinas-de-artes.blogspot.com