Sou tão fã. Faço entrevistas a pessoas que estão longe, por Skype, às vezes até de pijama (só se vê a cabecinha). Nada substitui a entrevista presencial, nada substitui o olhar, o sentir, o cheirar. Mas isso é válido para as reportagens, que carecem de detalhes, que vivem dessa descrição. Quando são artigos de 3 colunas, o Skype cumpre muito bem esse papel, porque não faltam o olhar e os gestos, e poupa-se (dinheiro e tempo) em viagens pelo país. Repito: nada substitui a presença física, mas o Skype salva-me, nos dias que correm e que são ditados pela palavra "poupança", por parte dos meios. Mesmo quando tenho 3 crianças em casa e uma delas, acabada de acordar, aparece na entrevista e diz adeus aos entrevistados, do lado de lá do ecrã, ou quando o mais velho despeja os cereais com a chinfrineira respectiva. A minha vida acontece, à volta, enquanto entrevisto pessoas, e isso é novo e é estranho, mas salva-me, ainda assim.