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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Bronquiolite: um mundo que ninguém precisava de conhecer

Hoje o meu querido sobrinho faz 6 meses. E o seu "presente" foi uma bronquiolite, coitadinho. A noite passada no hospital, a fazer nebulizações, com febre, aflito, e eu que sei tão bem o que custa ter um bebé doente, que tive o meu Martim tão mal logo aos 2 meses, internado uma semana inteira, com os níveis de oxigénio tão em baixo, e a partir daí foi até aos 3 anos (o primeiro ano fui à Estefânia praticamente todos os dias). Por isso, mana do meu coração, desejo que o príncipe fique bom depressa. Pobrezinho… foi à creche 3 dias e deu nisto. Não é à toa que tantos chamam infectário ao infantário.

Há dias em que uma mãe fica contente (e muitos outros em que não fica, que esta mãe não é das que só vê qualidades)

Perguntei ao Martim se ele sempre tinha falado com a professora.
- Falei. Esperei que ninguém estava a ver, fui ter com ela e disse-lhe: "Anda toda a gente a chamar nomes ao M. Pode ajudar-me?"
- E ela?
- Perguntou: "Que nomes?" E eu disse. E então ela respondeu: "Ok, Martim, eu vou ajudar."
- Boa! Ainda bem, fico muito contente.
- Eu disse-lhe que eu, o J. e o M. estávamos juntos nisto de defender o M. Mas com a ajuda dela vai ser melhor.
- Pois vai. Foste maravilhoso e eu estou muito orgulhosa de ti.

Gostar do que se faz

Ontem deixei os miúdos na guitarra e fui com a Madalena ao Colombo. Pela primeira vez aluguei um daqueles carrinhos enormes onde eles vão ao volante e a gente, ao menos, tem-os ali entretidos sem se queixar das pernas. Fomos tirar fotografias para as matrículas na escola e comprar o presente do amigo, que faz anos hoje. E tenho de dizer isto: fomos atendidas, na Imaginarium do Colombo, pela melhor funcionária que já alguma vez nos atendeu. Ela deixou a Madalena passar o leitor do código de barras no produto, sentou-se no chão com ela a fazer o embrulho, disse-lhe ao ouvido o valor do presente para eu pagar (como se fosse a Mada a trabalhar ali), e ainda lhe deu um crachá, no final. Senhores da Imaginarium, tratem bem a Marta Pereira (andei numa luta com o olhar para conseguir ver o nome que ela trazia num cartão, ao peito). Tratem-na bem porque têm ali uma pessoa como deve ser.


Mayday, mayday

Ainda ontem tinha estado a ler a circular do colégio, e verifiquei que o dia para ir mascarado era sexta-feira. Tudo na paz do senhor, Martim e Madalena, que por coincidência têm hoje ginástica, foram vestidos com os respectivos fatos-de-treino, o pai levou-os, a mãe ficou a tomar o pequeno-almoço. Daí a 20 minutos, o telefone. Era o Ricardo:
- Mega urgência, mega urgência!
- Ai, credo! O que foi? Um acidente? 
- Não! Todos os miúdos da infantil estão mascarados! 
- Ai… merda.
- Podes cá vir mascará-la?
- Posso, posso. Vou já.

De maneira que peguei nas tralhas, maquilhagem e roupa escolhida e tal, vesti umas calças de ganga e enfiei uma camisola pela cabeça abaixo e voei para a escola onde, de facto, estava tudo num forrobodó. Cruzei-me com 340 princesas, 250 fadas, algumas Minnies, vários super-homens, mais uns quantos índios, cowboys, polícias, ursinhos. Pedi para chamarem a Madalena - ainda apenas uma miúda de fato-de-treino, atordoada no meio de tanta gente conhecida mas estranha - levei-a para o refeitório e, em 10 minutos, converti-a numa pequena indiana (trouxe o fato da Índia, pois claro). Queria fazer-lhe o bindi (pontinho na testa) em encarnado mas ela preferiu em preto (constato agora, ao ver a foto, que ficou um bocado grande demais, mas foi a pressa). E assim ficou mascarada, com um pequeno delay e as desculpas da mãe que, pelos vistos, leu a circular do Martim a achar que era igual para todos.