"Chorei e foi de tristeza"
Hoje o Martim, acabado de vir da escola, disse:
- Hoje chorei na escola, mãe.
- Foi?
- Sim. E foi de tristeza.
- Então? O que aconteceu?
- Os meus amigos quase todos estavam a chamar "gay" ao M. E eu pensei: "ele deve chegar a casa tão triste, tão triste…" e comecei a chorar.
- Mas…
- Eu sei que "gay" não é palavrão, nem é ofensa, mãe. Mas o Miguel não é gay! Ele gosta de meninas, como eu. E, por isso, aquilo magoa. Eles fazem de propósito para o magoar. E eu fico triste.
- Então e não podes contar à professora, para ela poder fazer alguma coisa?
- Poder posso… mas hoje falei com o J. e combinámos que vamos dar porrada em quem voltar a chamar isso ao M.
- Se calhar era melhor juntares mais amigos, explicares que o que eles estão a fazer é horrível, perguntares se gostavam que lhes fizessem o mesmo, chamá-los à razão. Se não conseguires, devias falar com a professora. A porrada não é uma boa opção.
- Ok… Mas é tão triste, não é?
- É. Muito triste mesmo.
(o meu querido cavalo bravo… parece o mais desligado do mundo e, afinal, não passa de um coração doce, sempre defensor dos oprimidos…)
- Hoje chorei na escola, mãe.
- Foi?
- Sim. E foi de tristeza.
- Então? O que aconteceu?
- Os meus amigos quase todos estavam a chamar "gay" ao M. E eu pensei: "ele deve chegar a casa tão triste, tão triste…" e comecei a chorar.
- Mas…
- Eu sei que "gay" não é palavrão, nem é ofensa, mãe. Mas o Miguel não é gay! Ele gosta de meninas, como eu. E, por isso, aquilo magoa. Eles fazem de propósito para o magoar. E eu fico triste.
- Então e não podes contar à professora, para ela poder fazer alguma coisa?
- Poder posso… mas hoje falei com o J. e combinámos que vamos dar porrada em quem voltar a chamar isso ao M.
- Se calhar era melhor juntares mais amigos, explicares que o que eles estão a fazer é horrível, perguntares se gostavam que lhes fizessem o mesmo, chamá-los à razão. Se não conseguires, devias falar com a professora. A porrada não é uma boa opção.
- Ok… Mas é tão triste, não é?
- É. Muito triste mesmo.
(o meu querido cavalo bravo… parece o mais desligado do mundo e, afinal, não passa de um coração doce, sempre defensor dos oprimidos…)