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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Asalaam-e-ishqum

Eu ia um bocadito tensa. O cinema era num sítio assim a dar para o manhoso, cheio de gente, é certo, mas não tinha a certeza se haveria mulheres a assistir. Quando chegámos, passámos por um detector de metais (há um em todos os monumentos e todas as lojas e em todo o lado, para falar a verdade), e ainda fomos revistados por cima. Foi a primeira vez que fui revistada para poder ir ao cinema.
O filme é de chorar a rir o tempo quase todo. É em hindi, sem legendas em inglês (ainda tivemos uma secreta esperança), e por isso não houve um único diálogo que tivéssemos percebido. Fomos deduzindo tudo, mais coisa menos coisa. Mas era de rir, com os heróis da história a aviarem os maus todos de uma vez, a voarem qual Shaolim, com os corpos todos brilhantes de óleo e as camisas abertas (uuuuh). Os indianos são um bocado mais interactivos do que nós, no cinema, e batem palmas e comentam em voz alta, mas mesmo assim são mais contidos do que imaginámos.
A actriz principal, Priyanka Chopra, é a mulher mais bonita do mundo (elegi-a hoje). O melhor do filme foi ter o Ricardo ao lado a fazer tradução simultânea baseando-se no som das palavras. Assim, quando a cena estava num dramalhão de fazer chorar as pedras da calçada, imaginem que alguém dizia qualquer coisa como atzuganfé (estou a inventar) que ele traduzia para "vai buscar-me um café". Quase sufoquei a rir. Adorei as partes em que há música (a música é óptima - comprámos o CD) e coreografia com moooontes de bailarinos. Uma coisa é certa: é uma produção em grande. No final, quase tive de me beliscar: "estamos no cinema na Índia!"

Deixo-vos com a minha música preferida do filme. Se me virem por Lisboa a cantar Asalaam-e-ishqum já sabem que ando a ouvir o CD em modo repeat.