Este fim-de-semana fomos comprar colchões. Fomos à Ikea porque, para mim, é onde há melhor relação qualidade-preço. Sou fã e não tenho qualquer problema em dizê-lo. O colchão de pequena Mada já é de lá e estamos todos muito contentes - digo todos porque, se ela não se manifesta assim grandemente, já eu ou o pai apreciamos bastante a dormida por lá, quando ela decide invadir-nos a cama (e um de nós foge para a dela, numa verdadeira dança não das cadeiras mas das camas).
Comprámos o nosso colchão antigo numa daquelas lojas de colchões de marca. Não era daqueles que faz massagens, ou que sobe e desce, mas lembro-me que foi caríssimo - tudo em nome de uma boa e retemperadora noite de sono. Mas depois de ir à Ikea fiquei convencidíssima de que ali há colchões para todos os gostos e carteiras. Ja alguma vez compraram lá um colchão? É que é certo e sabido que, se se puserem a fazer perguntas, levam uma verdadeira lição sobre o assunto. Aquilo é malta que não brinca em serviço. Sabem TUDO sobre o tema. Nós fomos atendidos pela Vanessa (fiz questão de fixar o nome para que os senhores Ikeas, se me lerem, ficarem a saber que têm ali uma funcionária como deve de ser!) que basicamente nos explicou todo um universo sobre
colchões. Que isso de um colchão duro como pedra fazer bem às costas é um mito urbano, que o peso do corpo tem de ficar bem distribuído, que as mulheres devem ficar com a anca mesmo enterrada no colchão senão correm o risco de acordar com os braços e pernas dormentes, que para os homens o colchão deve ser mais firme, que quando são casais é preciso encontrar o equilíbrio, que há colchões de espuma com espuma de memória e outros de molas ensacadas com espuma de alta resiliência (decorei - juro!), que as pessoas acham que os colchões de espuma não prestam mas que é um engano porque são materiais de alta qualidade, que se molda ao corpo, que para as crianças devem ser sempre colchões de molas (os de espuma e latex são beras para as humidades e as crianças transpiram, além de que pode sempre haver um chichi que escape a um resguardo).
A Vanessa tinha toda a paciência do mundo - e gosto! - em explicar tudo e mais um par de botas e andou connosco de trás para a frente para explicar com detalhe todas as características dos colchões. E explicou também a razão do preço, ali, ser mais baixo do que nas marcas especializadas. A questão é que a Ikea trabalha com quantidades astronómicas, o que baixa o preço da produção/distribuição (a economia de escala não é só um termo, existe).
Foi difícil escolher (há tantooooooos) mas lá trouxemos os
colchões de que precisávamos. Ainda não dormimos neles porque vêm em vácuo e é preciso deixá-los a ganharem o seu tamanho normal. Mas depois logo vos digo se fizemos um sono retemperador ou se tenho de chamar a querida Vanessa e dizer-lhe que, apesar de saber tudo sobre o assunto, não percebe nada sobre o meu sono de beleza. A ver vamos.