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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A festa

Acordei às 7h, demos presentes e beijos e parabéns. Aninhámos-nos uns nos outros, como se fôssemos bichos de conta. Ontem já tinha feito um bolo para ele levar para a escola mas achei que não chegava para todos e pus-me a fazer outro. Fui a Benfica, à loja Isto Faz-se, comprar uma base grande para levar os bolos, e velas. Voltei. Continuei a fazer o bolo. Fui buscar o Manel à escola. Fui buscar o Martim à escola, e também a Madalena que saltou para os braços do irmão e deu-lhe um desenho muito bonito, com anjinhos e "um coração do amor". Fomos todos para a pizzaria Valentino, na Expo, e o pai chegou ao mesmo tempo. Almoçámos e rimos e eles encheram-se de pizza (e nós de bife grelhado com couves). O Manel voltou para a escola. Levei os outros dois até casa, barrei um dos bolos com Nutella, o outro ficou simples, para quem não gosta de chocolate. Pus gomas num, noutro Pintarolas. Meti tudo no carro, chovia e ficámos ensopados, levei-os à escola, miúdos e bolos, adeus até logo.
Vim para casa, fiz mais um bolo. Arroz doce. Temperei os 4 lombos recheados, meti-os em assadeiras com cebola, vinho branco do bom, lume alto, depois lume baixo. Eu e a D. Emília trouxemos a mesa do terraço para a sala, levámos a da cozinha também, juntámos ambas à da sala, e ficámos com lugares sentados para 21, que é o número de pessoas que vêm jantar hoje connosco. Estou a ouvir Djavan, ou melhor estava, que entretanto chegou o aniversariante e a irmã mais nova e agora estou a ouvir músicas infantis que me lixo. Vou pôr a mesa, comprida como eu gosto. E comprar coisas que ainda faltam - já fui tantas vezes à mercearia hoje, como se estivesse a fazer piscinas. Podia dedicar-me a eventos, gosto cada vez mais de festas e dos preparativos e da alegria que trazem antes, durante e depois. O Martim está feliz, tão feliz, e isso para mim é tudo.



9 anos

Chorei tanto, quando nasceste, meu querido Martim.
Naquele intervalo que levaste a chorar, anunciando-te ao mundo, fiquei como que em suspenso. A vida parou uns segundos. E depois, quando te ouvi, chorei de uma alegria desmedida - afinal era mesmo verdade que o amor pelos filhos se multiplica e é possível amar tanto o segundo como o primeiro (e por aí fora). Até àquele momento eu não o sabia. Nasceste e começaste logo a ensinar-me lições importantes, já viste? E isso comoveu-me. Comove-me até hoje, essa lembrança, essa lição.
Parabéns pelos teus 9 anos, querido Martim.