Os senhores da Playstation, fofinhos que só eles, enviaram cá para casa o jogo dos Invizimals. O Ricardo, quando viu o jogo em cima da mesa perguntou:
- Mandaram-te?
Depois de ter dito que sim, o homem, pragmático, disse:
- Óptimo! Podes guardar e já temos presente de Natal para o Martim!
Eu: - Eeeeer.... não! Não fomos nós que comprámos... e o Martim já pediu outra coisa.
Ele: - Então, mas ele vai adorar na mesma! E não comprámos mas mandaram para ti...
Eu: - Sim, mas o miúdo não pediu o jogo para o Natal!
Ele: - Mas eu consigo que ele peça! Vais ver. Basta dizer: "Uau! Saiu o novo jogo dos Invizimals! Tu gostas tanto dos Invizimals! Acho que o jogo e espectacular! Xiiii, quem me dera ter aquele jogo! Olha, grande presente de Natal que podes pedir!" E pronto! Ele vai logo querer um para si. E vai adorar porque já ouvi dizer o jogo é mesmo giro.
Passou esse dia. Eu, nada convencida, deixei o jogo em cima da mesa. O Martim chegou da casa e ficou doido com o jogo.
Hoje, à hora do almoço, com o Ricardo:
Ele: - Ja vi que deixaste o jogo em cima da mesa e que o Martim o viu.
Eu: - Sim.
Ele: - Ele pediu-me para o deixar jogar mas eu disse que não podia ser. Que era um presente de Natal.
Eu: - Mas não é.
Ele: - É, é. O presente de Natal dele! Não vês? Agora é ainda melhor! Já viu o jogo, já o desejou, já pediu para jogar, já ficou com pena de não ter jogado... Perfeito! Vai recebê-lo no Natal.
Eu: - ....
É esta a diferença entre ser ou não ser comercial. Eu definitivamente não sou. E macacos me mordam se não ponho o puto a jogar os Invizimals já este fim-de-semana! Aaaaaaaargh!!!!