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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Na próxima encarnação quero ter jeito para a costura

Quando compro roupa para a minha prole, nunca posso contar só com o dinheiro que gasto na compra propriamente dita. A menos que sejam t-shirts, camisas, camisolas ou sweat shirts. Partes de cima, portanto. Porque se forem calças, saias ou vestidos, o mais certo (tão certo como 2 e 2 serem 4) é ter ainda de gastar uma pipa na costureira, a fazer baínhas.
Foi o caso. Acabei de deixar na costureira 6 pares de calças dos rapazes e 4 vestidos da Madalena. Tudo para encurtar, caso contrário eles tropeçam nas calças e ela parece uma freira púdica com os vestidos abaixo do joelho (quando eu gosto é dos vestidinhos bem curtos). No total são 60 euros só em arranjos. Canário para isto, pá! Sempre os putos me podiam ter nascido mais compridos. Ou eu podia ter dotes para a costura! Mas não. Não vale a pena. Uma baínha feita por mim havia de parecer o gráfico da actividade sísmica nos Açores na noite que passou. Porras da vida.

Dia da Mãe - jóias lindas

Há muito tempo que admiro o trabalho da joalheira Maria João Bahia. Acho espantoso o percurso dela. Já a entrevistei porque a considero uma vencedora. E não é fácil vencer no mundo da joalharia, em Portugal. A Maria João está quase a fazer 30 anos de carreira. Começou numa oficina no Porto, depois veio para uma oficina em Lisboa onde aprendeu toda a parte de concepção de uma jóia. Nessa altura, uma mulher joalheira era uma raridade. Na verdade, ainda hoje não é assim tão comum: «As próprias pessoas que trabalham nas oficinas são homens. É raro haver mulheres». A seguir, começou a trabalhar sozinha, numa oficina na Rua da Madalena, e finalmente estabeleceu-se, há quase uma década, na Avenida da Liberdade.
A loja dela é linda, linda, linda. Pode haver quem se intimide pela porta fechada e pelo ar chique do espaço, mas vale mesmo a pena entrar e conhecer mais de perto as peças.
Fui convidada a lá ir, de novo, a propósito do Dia da Mãe, espreitar a colecção do Dia da Mãe e a colecção Para Além dos Oceanos. E tenho a dizer-vos que estou apaixonada por mooooontes de coisas. Se pudesse, vinha tudo. Assim, veio qualquer coisa (mas não posso revelar porque é para uma mãe que eu cá sei...). Deixo aqui uma selecção dos meus favoritos. Pode ser que um certo marido veja e se inspire para outra mãe que eu cá sei. Ou pode ser que vocês se inspirem para oferecer às vossas mães.





AMOOOO!

 




 




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Dia da Mãe: não esquecer!

Os Hotéis Real criaram vouchers de refeições que cada mãe das Aldeias SOS ajudou a criar, bem como vouchers de massagens.
Os vouchers podem ser comprados de 22 de Abril a 12 de Maio e podem ser usados até ao final do ano. Cada menu custa 25 euros, cada massagem 20 euros. E, por cada refeição ou massagem, 5€ revertem a favor das Aldeias de Crianças SOS.
E que tal um almoço com a mamãe num dos Hotéis Real, para ajudar as Aldeias SOS? Ou, melhor ainda, uma massagem relaxante primeiro seguida de um almoço delicioso? Hum?



Para nós é um presente original, diferente, que podemos oferecer às nossas mães.
Para estas mães SOS e para estes filhos... é uma grande ajuda.
Mais informações em www.realhotelsgroup.com
Para saberem mais sobre esta fantástica instituição, podem ir aqui: http://www.aldeias-sos.org

Muita testosterona dentro de um veículo

Nestas mini-férias, eles portaram-se maioritariamente bem. Mas, verdade seja dita, também me encheram a paciência. Ter dois rapazes no mesmo carro, ou pelo menos estes dois rapazes no mesmo carro, é sinónimo de lutas, gritos, gargalhadas e, invariavelmente, termina tudo a chorar, ó mãe ele bateu-me, buáaaaaa, ele deu-me um murro, ele é que começou, vais apanhar estúpido, e eu aos gritos como uma macaca histérica: PAREM COM ISSOOOOOOOOO QUE JÁ NÃO VOS POSSO OUVIIIIIIIIIIIIIIR!. Foi o caso. Todas as viagens pela ilha acabaram comigo a berrar, a pedir um minuto de silêncio pela vossa saúde, raios partam os putos, tanto chinfrim que fazem, não dá para descansar um minuto, porra de vida esta.

Estas férias serviram para me tirar da cabeça algumas ideias peregrinas sobre viagens longas de carro com a família toda atrás. Fónix! Se 3 dias na Madeira quase me enlouqueceram, imaginem mais tempo fechados numa caixa com rodas. Credo.

Cada tiro, cada melro. Cada cavadela, cada minhoca

Recapitulemos:
- Em Setembro de 2012, o Manel partiu-se todo uma semana antes de irmos para Los Angeles e Las Vegas. Não fomos, claro. A viagem foi realizada seis meses depois (mas tivemos de pagar uma pipa de massa de multa pelo cancelamento anterior).
- Em Fevereiro, íamos para a neve. Mas o Manel e a Madalena encheram-se de febres e cenas terminadas em «ite». Não fomos, óbvio. Transferimos a viagem para a Madeira, onde fomos agora, apesar das multas pelo cancelamento anterior.
- E agora, a mais recente gracinha. Tinha oferecido ao meu querido gajo, no seu aniversário, uma viagem a Itália. Íamos no dia 16 de Maio, voltávamos a 22. A viagem apanhava, assim, o nosso 13º aniversário de casamento, a 20 de Maio. Era um dois-em-um: presente de 40º aniversário do homem e presente de aniversário do casório. Uma lindeza. Pois bem. Já não é. O meu sogro está há meses à espera de uma cirurgia. Há uma semana, ficou marcado o dia. Nem mais nem menos que... 16 de Maio. Não é bonito? Precisamente o dia da nossa partida! Obrigada, destino. Obrigadinha.

(Mas não penses, ó destino filhadamãe, que desistimos! Podes até teimar em atrasar-nos a vida. Mas a gente insiste, adia, mas vai! Arre!)

Decoração infantil para crianças vivas

Às vezes vejo revistas que exibem quartos de criança lindos de morrer. Mas depois olho para aquilo e penso: isto são quartos de criança? A sério? Mas crianças vivas, com pulso, e acordadas, mesmo? É que, no meu mundo, as crianças têm brinquedos e eles não cabem todos naqueles quartinhos tão equilibrados e lindos, com 4 gavetinhas brancas e duas prateleiras com moldurinhas lindas. Estão dentro de muitos gavetões (nem sempre lindos e delicados) e também encostados às paredes e até um pouco a monte, o papel lindo já está rasgado em baixo, a parede bonita está pintada a caneta de feltro, e há lápis e papeis e tralha diversa por aqui e por ali. Claro que nas revistas é suposto que esteja tudo lindo, limpo e arrumado. Mas o que eu acho é que estes quartinhos que nos mostram e nos deixam a babar não têm correspondência prática com crianças vivas, com pulso e acordadas. Ou então sou eu que tenho crianças esquisitas. Também pode ser isso.



Amor

Acordo. Preparo-me para ir acordar os miúdos. Vou ao quarto dela. Não a vejo. Não está. Onde se terá metido? Vou ao quarto deles. E é lá que a encontro, aninhada na cama do Martim, seu amor tão grande. Não sei quando terá ido para o quarto do irmão. No início da noite, a meio, ou mais pela manhã. Sei que dorme, profundamente, a seu lado. Há muitas coisas que me fazem feliz (sou uma fácil, na verdade). Mas este amor de irmãos está, sem dúvida, no topo da lista.

Coisas que me encanitam #6

Isto não é encanitanço, é mesmo ódio. Eu sei, a palavra é forte, mas creio não existir outra que melhor descreva o que sinto por esta subclasse de gente. Por isso, cá vai: Odeio, com todas as forças do meu ser, pessoas que dizem mal das outras, nas costas. Aquelas pessoas com quem a gente se senta, casualmente, num café, e dois minutos depois já estão a esfaquear alguém, ainda que esse alguém lhes seja próximo ou até... «amigo». Gente que passa os dias a tecer maledicência, fervendo num ódio em lume brando que não escolhe género, classe ou raça. Um ódio a tudo o que mexe. Gente para quem está tudo mal. O tempo está quente, está frio, está nublado; o país é uma merda; a amiga é uma falsa; os políticos deviam era morrer; o emprego é um inferno; o desemprego é ainda pior; a sogra é uma chata; a mãe é pior ainda; os filhos são impossíveis; o bolo está seco; os professores dos filhos são péssimos; olha aquele que mal vestido; credo, que gorda que esta está.... Gente que não se ouve, de certeza absoluta, porque se parasse para se escutar compreenderia como tem de estar absolutamente ruim da mona para achar realmente que ninguém presta para nada. Gente que espera que um dos companheiros de conversa levante o rabo da cadeira e vire costas para prontamente o arrasar com uma ou duas tiradas mortíferas.
Odeio, com todas as forças do meu ser, pessoas assim. Felizmente, conheço poucas. E fujo delas a sete pés.

Mada faz amigos (mas não é lá muito meiga com eles)

Madazinha fez dois amigos no avião, quando estávamos a regressar a Lisboa.
Eis a conversa com o primeiro:
- Como te chamas?
- Tomás.
- Ah. Tomás quê?
- Tomás Silva.
- E mais?
- Mais nada.
- Mais nada??? Que nome tão pequeno!
(petulante do catano)

Com o outro, que apareceu lá à beira do lugar da pequena Mada:
- Olá!
- Olá! Como te chamas?
- Eduardo.
- Ah. Eu sou a Madalena. Sabes que eu sou muito esperta?
- És?
- Sou.
- Olha, e eu sou eléctrico! Sou mesmo eléctrico.
- Ah, sim? E de que clube é que és?
- Sou do Porto. E tu?
- Eu sou de todos!
- De todos? Não podes ser de todos.
- Posso, posso!
- Não, não podes!
- Posso!
- Não podes.
- Posso!
- Não podes.
- Olha, porque é que não te vais sentar na tua cadeirinha?

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