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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

...

Ter um homem extraordinário é receber um mega presente, debaixo da almofada, às zero horas do dia do seu aniversário.
Se não me tivesse esmerado para lhe tornar o dia dos 40 anos fabulástico acho que me ia sentir um verdadeiro lixo e olhar para este seu gesto com outros olhos (e alguma vontade de o esganar). Assim foi só muito surpreendente e bom. E quando alguém nos consegue surpreender (e deixar felizes) ao fim de 13 anos de casamento (e 15 de vida em comum) é porque é mesmo a nossa pessoa.

Receita

Ora então, deixo-vos a receita do maravilhoso bolo de chocolate que fiz para os 40 anos do senhor. Encontrei na net, no site www.bimboca.com.

Bolo húmido de chocolate (Bimby)

Ingredientes
60g de cacau
100 g de manteiga
120 g de óleo de girassol
250 g de água
350 g de açúcar
225 g farinha com fermento
2 ovos
120 g de leite
1/2 colher de chá de bicarbonato de soda
1 colher de chá de extracto de baunilha
5 g de fermento para bolos

Para a cobertura
30 g de cacau
50 g de manteiga
30 g de natas
200 g de açúcar em pó
100 g de chocolate preto para culinária

Preparação
Coloque no copo da Bimby o cacau, a manteiga, o óleo e a água. Programe 8 minutos, temperatura 90º e velocidade 1, 1/2.
Quando terminar adicione já sem temperatura o açúcar e a farinha na velocidade 3, durante 2 minutos.
Numa taça, bata os ovos, junte o leite, o bicarbonato de soda, envolva tudo e junte ao preparado anterior durante 1 minuto na velocidade 3.
Deite a massa numa forma com cerca de 26 cm untada com manteiga e o fundo forrado com papel manteiga e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de 50 minutos ou até o palito sair limpo (não esqueça de espetar no meio).
Retire e deixe arrefecer 10 minutos antes de desenformar.

Preparação da cobertura
No copo bem limpo e seco coloque todos os ingredientes para a cobertura. Programe na temperatura 50ºC até o chocolate derreter e leve a velocidade 5 até ficar tudo homogéneo. Retire e espalhe sobre o bolo.

NOTA: Na cobertura tive de juntar mais natas do que as que a receita sugeria porque ficou-me uma pasta tão grossa que não dava para barrar. Com mais um pouco de natas (a olho) ficou que foi uma beleza.

Óscares

Não fiquei a ver. Depois da noitada da véspera o sono dominou-me. Afinal de contas, já não tenho 20 anos e o tempo de recuperação é cada vez maior.
Acordei pois feliz por saber que ganhou o Argo, um filme brutal. E que o melhor filme estrangeiro foi o Amor. Pronto. Está bem bom assim.

A Festa

É oficial: a festa dos 40 anos do meu homem foi a festa mais gira a que já fui. De longe! O restaurante (Alfandega) só para nós - obrigada pela dica, Ângela (sentimos a tua falta...) - praticamente todos os nossos amigos, um filme engraçado que preparei para surpreender o aniversariante, e depois o grande momento da noite: a banda 2U (banda portuguesa de tributo aos U2), contratada pelo Ricardo para animar a noite, foi uma surpresa total. Sou franca: quando ele estava a organizar a festa e disse que estava a pensar contratar uma banda, torci o nariz. O restaurante já tinha DJ, achei que não se justificava, que se calhar o concerto ia deixar as pessoas muito paradas e moles e que podia bem ser a debandada geral. Não me podia ter enganado mais. Que banda fa-bu-lo-sa! O vocalista, além de cantar maravilhosamente, é um entertainer de mão cheia e pôs toda a gente a dançar, a cantar e aos pulos. Os músicos também eram incríveis e acho que não houve ninguém que não tivesse ficado rendido.
Depois, entrou em cena o DJ do Alfândega. Outro show! Foi todo um recuar no tempo, música mesmo boa, dançámos que nem doidos e até saiu um Harlem Shake maluco que nos pôs todos a rir até às lágrimas (e acho que está filmado - M-E-D-O!)
A festa acabou perto das 5h e ainda houve uma pequena grupeta, onde nos incluímos, que seguiu para o Plateau. Mas a verdade é que o Plateau, perto da festa no Alfândega, não estava com piadinha nenhuma.


 



O bolo!

 
E não é que correu bem? À PRIMEIRA!!! (embrulha, senhor da mercearia!)
O primeiro susto foi quando me parecia que o 4 (que foi o primeiro a fazer) não estava a crescer. Ai, tu queres ver que vai ficar uma bolacha? Depois, acalmei. Afinal crescia. Depois, novo susto quando tirei o bolo do forno e ele, que estava enorme e insuflado, amochou a alta velocidade, como se lhe tivesse tirado o pipo. O terceiro susto foi quando o desenformei. O medo que eu tive que ficasse metade agarrado à forma. Mas não! Ficou perfeito.
A primeira foto é do bolo ainda sem cobertura. A segunda já tem a cobertura de chocolate e os morangos para decorar. Temos jeitosa?

Uma das surpresas do dia

 

 
Já tínhamos contratado os originais serviços da Brainsurprise para um amigo mas ainda não tínhamos feito nenhuma encomenda cá para casa. Foi hoje. Um dos três sócios chegou às 9h, ligou-me como combinado, eu saí da cama à pressa, vesti-me, abri-lhe a porta da garagem e deixei-o a trabalhar. Vim para casa, tornei a vestir o pijama como se nada fosse, pus-me a fazer o bolo e às 11h ele ligou a dizer que já tinha acabado. Ficou tãooooooo giro. Nos post-its pode ler-se «Parabéns». Centenas de  vezes parabéns. Na rua, foi uma espécie de serviço público. Por todo o lado onde passávamos as cabeças voltavam-se, as pessoas sorriam, davam os parabéns, diziam adeus. Como se a simples visão de um carro colorido levasse alegria às ruas. Os putos deliraram. E o surpreendido, que era quem mais importava no meio disto tudo, também. O que ele não sabe é que... ainda o dia vai a meio!?

40 anos

Eu sou das palavras. Mas há datas tão grandes que as minhas palavras ficam demasiado pequenas lá dentro. Insignificantes. Vou, então, buscar outras palavras, maiores, dos que conseguem acompanhar qualquer data, por enorme que seja.
Parabéns, minha pessoa.

No te quiero sino porque te quiero
y de quererte a no quererte llego
y de esperarte cuando no te espero
pasa mi corazón del frío al fuego.

Te quiero sólo porque a ti te quiero,
te odio sin fin, y odiándote te ruego,
y la medida de mi amor viajero
...
es no verte y amarte como un ciego.

Tal vez consumirá la luz de enero,
su rayo cruel, mi corazón entero,
robándome la llave del sosiego.

En esta historia sólo yo me muero
y moriré de amor porque te quiero,
porque te quiero, amor, a sangre y fuego.

Pablo Neruda

O bolo

Eu já estou um bocado ansiosa por ir fazer o bolo dos 40 anos do meu homem.
Eu, que nem sequer sou assim uma tão grande doceira.
Eu que terei a responsabilidade de fazer um bolo em condições, para uma festança de arromba.
Ainda por cima, não vou fazer o bolo que faço melhor, quase de olhos fechados. Vou arriscar outro, pela primeira vez, o que torna a coisa ainda mais arriscada.
Neste estado de alguma tensão, fui à mercearia comprar os ingredientes já hoje para, amanhã, fazer o bolo logo bem cedo. Assim, se por acaso a coisa desse para o torto, ainda tinha tempo para fazer outro.
É então que, na caixa, o senhor da mercearia olha os ingredientes e, ufano, atira:
- Com que então um bolinho, hein?
Eu, ensopada até aos ossos graças a uma chuvada que me apanhou desprevenida, não estive para grandes revelações e esbocei apenas um sorriso amarelo.
No final, o senhor disse:
- Então que corra bem, o bolo. Mas se não ficar bom à primeira não tem problema. Nós temos aqui muitos ingredientes para uma segunda tentativa.

Oi??? «Se não ficar bom à primeira?» Foi impressão minha ou houve por ali um desejo confesso de me ver por lá a comprar a segunda ronda de ovos, fermento e chocolate para culinária?
A menina não gostou. Uma coisa é certa. Se o bolo ficar uma desgraça, vou a outro lado comprar o que for preciso. Ide lá agoirar para outra freguesia, sim?
Humpf!