Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Pensar e sentir

Na maior parte dos meus dias adoro a minha tropa fandanga. Adoro estar rodeada dos meus filhos, gosto que sejam muitos (e, na verdade, também não são assim tantos), gosto quando chegamos e se nota claramente que chegámos (será porventura um qualquer complexo de inferioridade, aposto).
Na maior parte do tempo, adoro ter a casa cheia, ter tanto com que me ocupar que não me sobre tempo para as minudências pequeninas (ou as maiorzinhas) da minha existência. Gosto da azáfama que abafa o resto e que me impede de me enredar demasiado em mim própria.
Mas depois há as excepções. E às vezes sabe-me bem estar comigo. Ontem ter-me-ia sabido lindamente ter um tempo de reflexão, um momento de sossego, um instante só. Ontem, que foi o tal dia especial, um dia de paz pousada no peito, ter-me-ia sabido bem esse silêncio. Não foi possível. Só à noite, quando todos dormiam e eu digeria o meu Nederburg de 2006, é que pude olhar para a minha vida de trás para a frente e de frente para trás e, enfim, dedicar-me a pensar e a sentir. Às vezes sabe bem pensar e sentir. Sobretudo quando não faz doer.

Uma pessoa ausenta-se um bocadinho para tratar de assuntos familiares e quando regressa está tudo num pandemónio

Ontem foi um dia especial, intenso e, por isso, estive completamente arredada do mundo. Hoje acordei ressacada do dia de ontem mas, infelizmente, não pude ficar a reflectir sobre os encontros e desencontros da vida e às 9h já tinha ido levar os miúdos à escola e estava a caminho da primeira reportagem do dia. Depois, fui buscar o Manel à escola, almocei num instante, e fui fazer o segundo trabalho do dia.
Foi só há minutos que me sentei a ler coisas e que dei com uma nova polémica nas redes sociais. Não sabia de nada. Pelo que percebi, a Pipoca falou mal da roupa de uma portuguesa que tinha ido aos Óscares, depois percebeu que a pessoa em questão tinha uma doença grave e que tinha ido à cerimónia pela mão da Make a Wish Foundation. Compreendendo que seria cruel atirar pedras a quem já tem percorrido um longo caminho cheio delas, pediu desculpa e removeu o post. Estou a ir bem? Foi isto, não foi?
Pronto. Sucede que, de seguida, choveram comentários a desfazer na Pipoca, que era uma insensível, uma besta quadrada, uma isto e uma aquilo porque a miúda estava doente e ela, sem dó nem piedade, tinha dito mal da sua roupa. Voltemos um pouco atrás: se bem percebi, quando a Pipoca escreveu a cascar na roupa da rapariga, não sonhava quem ela era, se tinha mãe, pai, irmãos, se estava sã que nem um pêro ou se tinha uma doença complicada. Disse mal da roupa, como faz tantas vezes, porque tem um blogue que é dela e critica a traparia, que é coisa que faz habitualmente com muita graça. Mas, mal soube da história, apressou-se a corrigir a mão e a PEDIR DESCULPA
Posto isto... não sei bem o que dizer.
Se calhar o melhor é não dizer mais nada e deixar-vos com ESTE texto, que diz tudo muito bem.

Há dias...

... que mudam tudo. Há dias que representam anos. Quase uma década inteira. Há dias em que damos passos de gigante, ainda que, antes de começarmos a caminhar sintamos uma quase irreprimível vontade de fugir a sete pés. Há dias em que sentimos o coração tão acelerado dentro do peito que parece que ele vai explodir, desfazendo-se em mil pedaços. Mas, no final, ele acaba por bater mais sereno e compassado do que em anos. Há dias em que o encontro entre olhares é como um novo nascimento. Há dias em que tudo o que ficou para trás parece tão desprovido de sentido, tão esvaziado de razão, que só apetece perguntar: «Por que não antes? Por quê só agora?» Mas depois, nesses dias tão emotivos, é preciso voltar a meter os pés na terra e concluir que há dias que só podem mesmo ocorrer quando ocorrem. Não antes. Porque tudo tem um tempo. O tempo da mágoa. O tempo da raiva. O tempo da intolerância. O tempo da tristeza. O tempo do conformismo. O tempo da (aparente) indiferença. O tempo do apaziguamento. Como no luto, é preciso compreender que há etapas a respeitar. Há tempos a cumprir. E o tempo, não resolvendo tudo, ajuda muito. E por isso, sim, se é verdade que há dias que parecem tão simples e naturais que podiam ter vindo mais cedo, não é menos certo que só podiam mesmo ter chegado quando chegam.
Há dias que mudam tudo.
Hoje, quer-me parecer, foi o dia.

O olhar de um grande amor

Esta história aconteceu em 2010. Mas é agora que corre o facebook, em Portugal, como se tivesse acabado de se dar. Ainda assim, requentada e tudo, é tão bonita que vale a pena partilhar com quem ainda não conhece (e não tropeçou nela no Facebook).

Nos anos 70, Marina Abramovic (uma performer sérvia) viveu uma intensa história de amor com Ulay (também artista, mas alemão), que durou 13 anos. Durante 5 anos, o casal viveu numa carrinha, realizando todo tipo de performances. Quando sentiram que a relação já não fazia sentido, decidiram percorrer a Grande Muralha da China. Cada um começou a caminhar de um lado e encontraram-se a meio para darem um último abraço. Juraram nunca mais se ver.
Vinte e três anos depois, em 2010, quando Marina já era uma artista consagrada, o MoMa de Nova Iorque fez uma retrospectiva à sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que sentasse a sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse. E foi assim:

Tratar a Matemática por tu

A Matemática continua a ser, para muitos, um bicho de sete cabeças. Para mim sempre foi, e de que maneira! Acho mesmo que quem trata a Matemática por tu tem de ser mais inteligente do que quem a trata por «Exma senhora», ou por «grandessíssima p*t@», ou do que quem nem sequer fala com ela.
Nas provas nacionais e internacionais de Matemática, os alunos portugueses do Ensino Básico têm revelado resultados abaixo do que seria desejável.
Para melhorar esta situação e aproximar a Matemática dos alunos, a Escola de Psicologia da Universidade do Minho, em colaboração com investigadores do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, uniram-se para construir o projecto Hypatiamat e, assim, contribuir para melhorar o sucesso escolar a Matemática. Estes estudiosos trabalharam durante dois anos num conjunto de aplicações hipermédia para trabalhar conteúdos de Matemática (5º-9ºano).
Podem ver a apresentação deste belo projecto AQUI.
E aqui fica a morada que pode bem mudar a vida dos vossos filhos e, quem sabe, até mesmo a vossa:
http://www.hypatiamat.com

O Manel não tem sido brilhante a Matemática mas tem-se safo razoavelmente. Quem sabe se com isto não vira barra? Cá em casa vamos mesmo experimentar.
 

Festival Zen

Está mesmo a chegar a 7ª edição do Festival Zen (www.festivalzen.com). É já nos dias 2 e 3 de Março (este fim-de-semana, portanto), na Fábrica de Braço de Prata em Lisboa. O programa contempla aulas de diferentes estilos de yoga, tai chi, pilates, meditação, danças orientais, massagens, concertos, bioenergética, meditações activas de Osho, biodanza, workshop de Origami, exposições de fotografia e de mandalas, palestras de nutrição, coaching e feng shui, entre outros.
Eu não sou muito dada à cena zen, confesso. Não é que despreze qualquer uma das áreas, nada disso, até tenho alguma curiosidade (e até já experimentei várias práticas para uma reportagem gigante que fiz no saudoso DNA) mas sinto que sou demasiado inquieta para uma entrega mais séria. Ainda assim, tenciono ir lá espreitar.


AHHHHHHH! OS SENHORES DO FESTIVAL ZEN NÃO VÃO GOSTAR NADA QUE EU DIGA ISTO MAS.... NÃO ESQUECER QUE NO DIA 2, ÀS 16H, HÁ UMA MANIFESTAÇÃO A QUE NÃO PODEM FALTAR. POR MUITO ZEN QUE SEJAM!

Pág. 1/12