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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

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Receber de presente, de uma só vez e de surpresa, a assinatura da Monocle e da Vanity Fair é coisinha para uma criatura começar a passar mal. É assim que estou. Douda e aos pulinhos. 

Recebi um press release que dizia assim:

Cápsulas de Pequeno & Poderoso facilitam a vida em casa
Num só gesto, as novas cápsulas de Pequeno & Poderoso são imbatíveis* no combate às nódoas mais difíceis

Skip acaba de lançar as inovadoras Cápsulas de Pequeno & Poderoso, existentes nas variedades Active Clean e Aloé Vera, e nos formatos 18 e 30 doses, com a confirmação de resultados imbatíveis* na lavagem e no combate às nódoas mais difíceis.
De uma forma simples e, num só gesto, estas cápsulas, pré doseadas para uma utilização mais prática, são colocadas diretamente no tambor da máquina, antes da roupa, dissolvendo-se completamente durante a lavagem.
Com mais poder de remoção por gota do que o Skip Líquido Regular, estas novas cápsulas penetram nas nódoas mais difíceis, garantindo um resultado brilhante. 

*Teste externo versus outros detergentes em cápsulas para nódoas de óleo de motor, graxa, sangue, gelado de chocolate, ketchup, chá e puré de cenoura.


Não sei se alguma vez já aqui confidenciei que sou criatura altamente influenciável pela publicidade, mas sou. Além do press release recebi as próprias das cápsulas. E pensei: ora vamos lá ver o que é que vocês valem. Nada melhor para pôr o produto à prova que o regresso de férias, onde nódoas jeitosas ficaram entranhadas durante 3 semaninhas. Pois bem, tenho a dizer que estou rendida. O press release não mentiu. Não me vou pôr aqui com grandes considerações, porque depois dizem que o Skip me comprou uma moradia na Aroeira mais um barco de 70 pés. Só digo isto: experimentem, e depois digam lá se não era verdade.
Mais info sobre este novo produto Skip AQUI.

It's alive!!!!!

E eis que o meu salvador chegou, desaparafusou o bicho, removeu a bateria, deu-lhe uma limpeza breve, voltou a introduzir a bateria, tornou a aparafusar a tampa e... voilá! Como que por magia, o meu computador adorado renasceu das cinzas! Quem diria que voltar à vida era tão simples? Agora vou deixá-lo descansar, que ainda está combalido. Amanhã, se tudo correr bem, tem um dia duro pela frente.

Paz à sua alma

Nada. Nem um sinal de vida. Tão novo... tão talentoso, tão trabalhador...
Abro-lhe a tampa, toco-lhe no botão que antes o despertava... e nada. Passo-lhe os dedos pelas teclas, cheiro-o, até já encostei levemente os lábios ao Enter, ao Espace, ao Alt, ao Ctrl... e nada. O meu companheiro de prosas faleceu e não há nada que eu possa fazer. Amanhã o Ricardo vai levá-lo ao médico mas temo que seja tarde demais. A morte, mesmo das coisas, é sempre uma tristeza.

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Ontem vim ter com os miúdos à quinta dos meus sogros. Fiz-lhes a surpresa e fiquei cá a
dormir. Eles, que andavam a manifestar muitas saudadinhas, ficaram num excitex.
Trouxe o computador, de manhã fiz um texto, e agora ia aproveitar a sesta da Mada para escrever mais dois. Liguei o bicho e... nada. Uma vez e mais outra e... nada. Estou oficialmente em pânico: já tinha feito backups de várias coisas mas de muitas outras não. Se ele tiver falecido estou completamente lixada com vários "Fs". Agora meti-o um bocadinho ao sol, porque a Madalena andava aqui as brincar com aquelas coisas de fazer bolinhas de sabão e cheira-me que pode bem ter sido um entornanço a apagar o meu fiel companheiro. Se não resultar vou-me largar a chorar. Pode ser que ele se apiede de mim.

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