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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O Estado é pobrezinho, coitadinho do Estado, auxiliem o Estado

Ontem ouvi o ministro da saúde muito indignado com o facto de a Roche ter decidido suspender o fornecimento de medicamentos aos hospitais. Disse mesmo qualquer coisa como «não podemos continuar a viver sob as ameaças dos credores».
Ora bem... se o senhor ministro tiver uma casa e decidir arrendá-la, o que fará se o inquilino deixar de pagar? Vai encolher os ombros e dizer - como disse - que o país está numa situação de emergência e que é a vidinha? E se o inquilino ficar a dever-lhe 135 milhões de euros, como é o caso da dívida do Serviço Nacional de Saúde à farmacêutica Roche?
Lamento. Mas se é verdade que as farmacêuticas ganham muito dinheiro, também é verdade que não são a Santa Casa da Misericórdia. Que eu saiba, se alguém, alguma empresa, alguma instituição não pagar o que deve... tem de ser penalizada. Porque é que o Estado tem de ser diferente? Ora essa! A falta de responsabilização e a constante impunidade do Estado são absolutamente aviltantes. E se todos os credores pusessem os pés à parede talvez a coisa piasse mais fino. Ontem também ouvi que as empresas de transportes de crianças estão completamente a dar o berro porque as dívidas ascendem aos 60 milhões. E quem é o devedor, quem é? O Estado! Quer dizer, se qualquer um de nós dever ao Estado leva nos cornos pela medida grande. Mas se for o Estado a dever já é tudo muito normal, é a situação de emergência que vivemos, é a vida. Ora cocó, sim?

Hummmmm??? Freud explica?

Eu ando no Bootcamp. A rastejar na lama e a ser devidamente posta na ordem por fuzileiros aos gritos. Agora acabo de ver uma fotografia da minha irmã, no facebook, toda vestida de verde, calças de camuflado como os soldados e com uma arma na mão. Diz que agora anda no Paintball mas mais parece que anda nos comandos. E eu pergunto: duas irmãs metidas nisto da tropa quererá dizer o quê? Que temos uma guerra interior e estamos a tentar vencê-la?
Hummmmm... vou reflectir sobre isto. Ou então não.

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