Filho preferido? WTF?
Lamento mas não concordo. O tema é polémico, claro, ainda não li o artigo todo mas não consigo concordar com esta tese. Não prefiro nenhum dos meus filhos e acho que a maior parte dos pais não tem um filho preferido. Há momentos em que um está mais próximo de um dos pais, há a fase enternecedora em que são bebés e descobrem o mundo, há a fase em que são cúmplices porque começam a pensar e a argumentar com inteligência, há as alturas em que entram na odiosa idade do armário, parvinhos parvinhos. São fases e é só. Também creio que haverá filhos com feitios mais compatíveis com os pais, mais dados aos abraços, mais ternos e que, por isso, se tornam mais próximos. Mas daí a falar de preferência... julgo que vai uma grande distância. Quando olho para os meus três filhos, sou incapaz de imaginar um preferido. O Manel é o primeiro amor. É responsável, curioso, esperto, chato e lindo. O Martim é o desafiador, o reguila, o cavalo bravo que, depois, não passa de um sentimentalão, que sofre com saudades e com medo da morte. A Madalena é a princesa, feminina, engraçada, autoritária e a guinchadora de serviço. E a minha vida já não era nada sem este trio que, não sendo de Odemira, é de Lisboa e do meu coração. Preferido? No way! E vocês, o que acham disto?