Fomos a dois espectáculos na Broadway e adorei os dois.
Primeiro fomos ver «Priscilla - Queen of Desert». Fe-no-me-nal. Com Will Swenson, o espantoso Tony Sheldon, e Nick Adams. Ri-me, cantei, dancei. E até me comovi, com o miúdo que é um amor (Gaten Matarazzo). No lindíssimo The Palace Theatre.
Depois, fomos ver o Hugh Jackman. Tão lindo, pá. Tão lindooooo... E enérgico. E divertido. Um animal de palco. Ali esteve, duas horas, a cantar e a dançar. No final, acenderam-se as luzes e ele explicou que estava a angariar fundos para uma associação de luta contra a Sida. E, assim de repente, pôs-se a leiloar a camisola interior que tinha no corpo. Achei graça à ideia mas não podia imaginar o que ia acontecer a seguir. A base de licitação começou nos 1000 dólares. Logo a seguir, um senhor ofereceu 10 mil dólares. E, mais acima, outro deu 11 mil. Nós olhávamo-nos como se estivéssemos a ver extraterrestres. Foi então que o primeiro interessado voltou à carga. E ofereceu... 20 mil dólares. Não podíamos acreditar nos nossos ouvidos. Mas, ainda não tinha acabado, o nosso espanto. Jackman trouxe a palco outra camisola interior, que teria trocado no intervalo. E perguntou ao segundo interessado, que havia ficado suplantado pelo primeiro, se estaria na disposição de dar o mesmo valor (20 mil) pela nova camisola. Ao que o homem respondeu: «My answer to you is yes» (a minha resposta é sim). Ou seja, assim de repente, o actor angariou 40 mil dólares, em camisolas interiores. Uau! Aquilo é que é ter dinheiro. Gente que vai ao teatro e pumbas, toma lá 20 mil por roupa interior (usada).
Além deste leilão, Hugh Jackman ainda vendeu posters dele, assinados, que valiam 2500 dólares. Vi pelo menos um homem dirigir-se para a sua limusina, no final, com um poster na mão. Saímos boquiabertos e a sentir que há uma outra dimensão, com a qual não conseguimos nem sequer sonhar.