Ontem foi noite de andar a acompanhar um bando de miúdos mascarados de monstros, mortos-vivos e similares, enquanto tocavam às campainhas gritando: «Doçura ou travessura?» Começaram por ser oito putos, os meus dois incluídos, às tantas eram 11.
Foram cinco prédios, ao todo. Eu nunca aparecia aos moradores. Ficava na escada, só à coca a ver se não havia nenhum azar. Mas acompanhei-os em todas as subidas e em todas as descidas, e atravessei a estrada com eles, e foi uma animação. Não fui ao Bootcamp mas bem que me cansei. Posso dizer que eram 22.30 e já eu dormia profundamente (a coisa deu-se entre as 19h e as 21h).
Já sei que isto é uma coisa importada, uma americanice que nada tem que ver com a nossa cultura e tradição. Sim, nós por cá temos o Pão por Deus, que era uma forma dos pobrezinhos comerem alguma coisa em dia Santo. Mas nós, felizmente, não temos falta de pão nem de comida. E os doces são um miminho que lhes sabe muito bem e que, com a colheita fantástica que tiveram, darão para o ano inteiro (até ao próximo Halloween). Por isso, a mim não me rala nada a importação da brincadeira: foi uma noite bem divertida. E hoje foi bom vê-los a partilhar, irmãmente, tudo o que receberam.