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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Consequências de um jantar de turma

Era só um jantar de turma mas acabou comigo de joelhos e mãos no chão, não por estar em alguma interacção carnal doidona, mas simplesmente porque despenquei dos meus sapatos de salto vertiginoso. E não estava nada com os copos, ia até bastante sóbria porque levei o meu carro e a última coisa que queria era enfaixar-me numa parede ou coisa que o valesse. Ia a caminhar depressa, é certo, porque o resto dos colegas foram para uma discoteca e eu estava sozinha numa zona escura e pouco movimentada. E ainda bem que era pouco movimentada porque seria muito triste ter público a ver-me, toda formosa mas pouco segura, a desmoronar dos meus próprios sapatos, ficando com a saia mais ou menos na cintura e o rabo para o ar.
Muito rapidamente, levantei-me e recompus-me, mirando por cima do ombro para me certificar que ninguém tinha visto a minha triste figura. No entanto, as dores que tinha na mão eram excruciantes. Duas lágrimas escorreram pela minha cara e foi mesmo difícil conduzir até casa.
Passaram dois meses. O jantar foi no dia 24 de Setembro e a minha incapacidade de fazer força com a mão continua. Fui consultar um ortopedista e ele mandou-me fazer raio x e ecografia. Fui hoje buscar os resultados. Felizmente não tenho nenhum osso, por mais ínfimo que seja, partido ou rachado. Mas a ecografia às partes moles do meu punho diz que existem "acentuadas alterações inflamatórias quer do tendão extensor quer dos flexores do punho, com uma densificação difusa no plano profundo do retináculo dos flexores, por um processo de tenossinovite acentuada".
Percebo pouco de ortopedês mas consigo compreender que a fiz bonita. Era só um jantar de turma. Agora é uma tenossinovite acentuada. Seja lá isso o que for.

Hugh Jackman



Já falta pouco, Hugo. Já falta pouco para estarmos assim apenas a uns metros de distância. Aiiiiiiiiiiiiiiiii... (se eu compreendo as fantasias do meu homem com a Irina, há que compreender os meus pensamentos pecaminosos com o Hugo, não é? Parece-me justo).

Dador salvador

Depois da entrevista que fiz no Hospital Santa Maria entrei na Unidade Móvel e fui dar sangue. Foi meia-hora de descanso, não doeu nada, ri-me até às lágrimas com os enfermeiros e, no final, ainda bebi sumo de maçã e comi duas bolachinhas de manteiga. Saí a sentir-me mesmo bem. De facto, dar é receber. E hoje dei mas recebi uma satisfação incomparavelmente maior do que a minha dádiva.

P.S: Ah, é verdade: para os que me perguntam sobre a questão da minha dádiva de medula àquela pessoa supostamente compatível... não tenho notícias. Infelizmente parece que ainda não foi desta que pude salvar alguém... Mas pode ser que a senhora não tenha chegado a precisar e esteja a caminhar para uma recuperação  plena. Pode ser... Antes assim.

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