Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Cintos diferentes

Os novos cortes do governo fazem-me temer muito pelo que aí vem. Cheira-me que faço mais do que bem em aproveitar enquanto posso porque pode tudo acabar mais depressa do que imagino. Depois da apreensão valeu-me a inocência da Mada que, ao ver os concorrentes do Peso Pesado disse, enternecida: - Ohhhh, os godinhos são tão fofos! Que fofinhos... A Mada gosta muito dos godinhos!

150 euros com asas

Ver 120 euros a voar para a conta da polícia fecundou-me, hoje, a alma toda. É verdade que ia ao telemóvel, a aproveitar a proximidade de um semáforo encarnado para resolver coisas, mas 120 euros doeu fundo.
Ver a cara de satisfação arrogante do agente, enquanto me dizia que o documento que me deu o vendedor do carro para eu poder circular não servia de nada e que, por isso, tinha de apresentar os documentos dentro de 8 dias e pagar... mais 30 euros... fecundou-me ainda mais.
Hoje trabalhei muito, como trabalho sempre. E chorei de raiva, admito, por ter visto tanta massa sumir-se assim da minha conta. O único bom momento foi quando fui atrás do agente a fazer caretas, com a cumplicidade de um grupo de ciganos que ali vive, na Rua das Murtas, e que me ajudou nas caras feias e que, por um nano-segundo me fez sorrir no meio da raiva.

Catch me if you can

Hoje:
11h - Entrevista a idosa que estava muito sozinha e arranjou companhia na associação Coração Amarelo
13h - Entrevista a um dependente do jogo, em recuperação há 10 anos
13.30 - Almoço com o meu mais-que-tudo
14.30 - Recolha do Manel no colégio
15h - Entrevista a um empreendedor do interior do país, que ajudou a desenvolver a sua aldeia bem como a região envolvente
15.30 - Entrevista a uma mulher, dependente do jogo em recuperação
16.30 - Recolha do Martim no colégio
18h - Entrevista a mais uma dependente do jogo, em recuperação
19.45 - Ida com Manel a uma consulta de dermatologia

Animado, mais este dia. À noite tenho de deixar vários programas de rádio prontos. Mas não importa. Estou quase a ir sambar!

Coração Amarelo

Já conhecia esta associação há muito tempo - entrevistei uma das suas fundadoras há dois anos e meio. Mas hoje fui entrevistar uma velhinha, amorosa, que beneficia da associação Coração Amarelo (dá companhia a quem está só). A senhora adorava ler mas cegou de um olho (e o outro está quase sem ver) e então tem uma voluntária que lhe vai lá ler livros. E eu pensei: ora, aqui está o voluntariado perfeito, não só para mim como para levar o meu Manel. Inscrevo-me e depois levo-o e revezamo-nos a ler livros a quem já não o possa fazer. Falei com a coordenadora e... está tudo em marcha! A minha inscrição já seguiu. Agora é esperar pela entrevista. E, depois, quando os outros souberem ler, podem acompanhar-me também. Todos ganham: o idoso recebe ali uma injecção de vida a pulsar, eu faço voluntariado semanalmente (que já há muito queria fazer), e os miúdos não só lêem como aprendem a dar-se aos outros. Perfect.

Ontem

Acordei às 7h, fiz o pequeno-almoço dos miúdos, vesti-os, fiz a merenda para comerem a meio da manhã. Eles saíram com o pai, vesti a Mada enquanto ela dormia, tomei banho e vesti-me, peguei nela e pousei-a na cadeira do carro, a dormir. Seguimos para Aveiro. A minha irmã estava à minha espera - combinou acompanhar-me na ida ao Porto - mas não sabia que eu ia levar a Madalena. Ia tendo uma coisinha quando viu a sua sobrinha ensonada a sorrir-lhe por detrás da chucha. Depois, continuámos viagem até ao Porto. O GPS foi muito meu amigo e fui ter à rua onde ia entrevistar três pessoas direitinha e sem espinhas. As minhas meninas ficaram à minha espera e eu fui a casa da dona Hermínia, onde fiz três entrevistas, seguidas que foi uma beleza. Depois, desci, encontrei sobrinha e tia a passear, e fomos para o Cufra, onde almoçámos. A seguir, fui a um sítio fazer mais um trabalho, e depois voltei a Aveiro onde ainda me demorei um pedacinho. Às sete estava a chegar a casa quando recebo um telefonema a dizer que uma amiga tinha tido um acidente brutal de carro. Felizmente, o G. foi muito inteligente a dar a notícia, porque eu ia a conduzir e podia ter-me descontrolado. Mas ele começou pelo fim, a dizer que ela estava em casa, que estava tudo bem mas que tinha tido um acidente grande. As pernas tremeram até lhe ligar e ouvi-la, que uma coisa é dizerem-me que ela está bem, outra é eu ouvir com os meus ouvidos. Foi um grande susto, mas o airbag fez o seu papel e eu estou-lhe muito grata.
A seguir, o Ricardo chegou com a bicicleta nova do Manel e fomos todos dar uma volta. Acabámos por jantar os cinco no H3 e voltámos em grande pedalada. Sentia-me à beira de adormecer em cima do guiador. Adormeci, em casa, ainda não eram 23h. Ontem foi assim. Hoje é um bocadinho mais intenso. Espero que sem acidentes.