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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Estudar, estudar, estudar

No fim de semana o Manel estudou muito. Matemática (búuuuu). Polígonos, arestas, vértices, medo. A páginas tantas, encucou que não sabia nada e teve um pequeno ataque de pânico, com direito a choro, falta de ar e tudo. Estudou mais e melhorou. Hoje foi o teste. Fui buscá-lo a seguir ao almoço e diz que correu bem (mas ele é um optimista, vamos ver). Agora está a estudar Inglês, e eu com ele.
I, you, he, she, it, we, you, they
January, February, March, April...
Monday, Tuesday, Wednesday...
Spring, Summer, Winter, Autumn/ Fall
Pffffffffffff.... Isto ao mesmo tempo que faço programas de rádio e marco entrevistas e reportagens. Uma animação! Ainda bem que tenho dual band.

O Voo da Borboleta


Li-o este fim-de-semana. Para dizer a verdade, li-o em três horas, no sábado. E, no final, pensei: «Todas as pessoas deviam ler este livro.» Mais: este livro devia ser obrigatório, nas escolas, nos liceus. Para que todos, a começar pelos jovens, tivessem noção da sorte que têm por viverem com saúde. Todo o resto... é extra.
A Maria João tem 19 anos e uma doença rara. Mas muito mais rara do que a doença é ela, a Maria João. Uma guerreira rara, de uma coragem rara, de uma perseverança rara, de uma força rara. A Maria João vive com dores excruciantes todos os dias da sua vida. A Medicina definiu a dor que ela tem (dor no trigémeo) como a dor mais insuportável que é possível ter. E, no entanto, ela combate, todos os dias. Ela apanha da vida e levanta-se, ela torna a apanhar e volta a erguer-se. Todos os dias.
A doença dela tirou-lhe a audição, e ela gostava tanto de música. A doença paralisou-lhe a face, impedindo-a de sorrir. Ainda assim, este livro não é um lamento. É um grito de «Vamos a isso!». O que é preciso fazer agora? Ressonâncias? Análises? Operações (a que ela chama voos)? Vamos a isso! Bora lá!

Há uma passagem do livro que me tocou particularmente, que é esta: «Dava tudo, mesmo tudo, para voltar a sorrir, porque durante o tempo em que pude sorrir, não sorri o suficiente».
Por isso, vocês que podem sorrir... sorriam bastante. Vocês que podem ouvir, ponham a música aos berros e cantem e dancem. Vocês que vivem sem dores... aproveitem!
Eu vou lembrar-me desta guerreira para sempre. E podem crer que vou aproveitar cada minuto da minha vida o melhor que posso e sei.
Obrigada, Maria João.
(obrigada Sofia, por me teres aconselhado este belo livro)