Cocó na Fralda

Esta semana falamos de «Vencer a deficiência mental». A Joana tem 33 anos e é um doce. Conheço-a desde que me conheço. E sei que foi também ela que fez de mim a pessoa que sou hoje. Para ouvir aqui: RTP - NÓS, VENCEDORES

id="BLOGGER_PHOTO_ID_5651837961211440018" />
Pois que então comprei a Caras (já com uns diazinhos de atraso) e fiquei a saber imensa coisa. Que as dificuldades tornaram a Diana Gomes da Silva mais forte. Que a Cindy Crawford esteve em Veneza bela, elegante e muito apaixonada. Que Ricardo Carriço não é capaz de ficar quieto. Que Olga Diegues e João Ramalho sairam à noite pela primeira vez depois do nascimento da filha. Que Sandra Cóias e Pedro Bianchi Prata estão juntos há um ano e se divertiram imenso na festa da Caras. Que a Bibá Pitta não tem de que se queixar. Que a Kate Winslet tem umas mamas maiores do que eu imaginava (ou então era do vestido). Que Anabela Teixeira usava o cabelo comprido há 16 anos mas que se sente bem com ele curto. Que Ana Cristina Oliveira está a pensar deixar a representação para se dedicar em exclusivo à História de Arte. Que a Merche Romero está feliz no papel de mãe. Que o Duarte Félix da Costa é romântico. Que a Diana de Cadaval está feliz com a gravidez. Que a Alexandra Fernandes confirma a separação do namorado. Que Adans Peres levou bastante tempo a esquecer a Stéphanie. Que para Nuno Teixeira tudo se consegue com vontade e respeito. Que o Carlos Falcão e a Márcia Ramos (quem quer que sejam) casaram no Douro. E que a Laura Gonçalves, vencedora em 2009 do cabelo Pantene, acha que a inteligência e a beleza podem estar perfeitamente interligadas.

Hoje acordámos todos às 7h. Mada incluída, que depois de ter pedido à minha mãe para ficar com os miúdos até às 20.45 (porque eu fui para o Bootcamp e o Ricardo para o basquete) não tive coragem de lhe pedir que hoje madrugasse. Toquei no Manel para o acordar e parecia que tinha tocado no turbo. O rapaz deu um salto da cama e antes que eu desse por isso já estava a descer o beliche a alta velocidade. O Martim foi levado em ombros até à taça de cereais.
Quando chegámos ao colégio, senti um nó na garganta e só não chorei porque tive vergonha. Eu também estudei ali, lembro-me de mim naquele recreio, a saltar ao elástico e a cantar. E agora lá estava o meu rapaz, tão crescido, no 5º ano. Sou uma lamechas, eu sei. Mas aquele encontro entre a miúda que eu fui e o miúdo que o meu filho é provocou em mim uma comoção difícil de conter. Ficámos a dizer-lhe adeus, tal como os outros pais, e às tantas vi uma senhora de nariz muito vermelho e olhos brilhantes e soube que não estava sozinha no turbilhão interno.
Mais logo quero ouvir tudo, saber tudo, ver o entusiasmo nos olhos dele, esconder de novo a emoção nos meus. E abraçá-lo e dizer-lhe que tenho muito orgulho nesta nova etapa, sem lhe confessar que também me dói vê-lo crescer tão depressa.