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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Peso na consciência

Eu sei, eu sei... sou ridícula. Riam-se, ahahaah, que patética que é a cocó. Eu sei que têm razão. Mas, o que querem, eu e o meu carro estamos juntos desde 2004. Ainda o meu filho Martim não tinha nascido, quanto mais a Madalena! Já passámos por muitas coisas juntos. E hoje, quando me aproximava dele para mais uma viagem, engoli em seco. Dentro de dias vamo-nos separar. E, de repente, tive pena dele, coitadinho. Apeteceu-me dar-lhe um abraço. Já sei que os carros não têm cérebro, não têm sentimentos, já sei que ele está-se nas tintas para o facto de ser assim trocado, de forma tão vil, escusam de repetir que eu posso ser ridícula mas não sou burra. Mas nada a fazer, dá-se-me um nó na goela. Eu acho que isto tem a ver com o meu medo de envelhecer. Tipo, isto com os carros é a metáfora para o que acontece com as pessoas, um carro fica velho e é trocado por um novo, uma pessoa fica velha e é trocada por uma pessoa nova, ai que medo, ai que dor, ai que crueldade. Não sei. O que sei é que hoje apeteceu-me abraçar o meu velho boguinhas, e só não o fiz porque tive medo que alguém me enfiasse um colete de forças pela cabeça abaixo.

Tiro eu ou tira você?

De há uns tempos a esta parte mandam-nos ser nós a retirar o nosso cartão das máquinas de pagamento por multibanco. Antes eram os funcionários das lojas e restaurantes que faziam isso, agora - não sei porquê (alguém sabe?) - dizem-nos para sermos nós. Tudo bem, nada contra, é uma mudança como outra qualquer . O pior é que não é sempre. É às vezes. De maneira que uma criatura nunca sabe se está num estabelecimento onde é suposto que remova o seu cartão, no fim da operação (lá estou eu a rimar), ou se, pelo contrário, o funcionário fará isso por si. E, assim, já me aconteceu ir toda feita para tirar o meu cartão e receber em troca um olhar fulminante de quem diz quem-faz-isso-sou-eu-larga-já-a-máquina-quem-é-que-tu-pensas-que-és, como também já me sucedeu ficar à espera que me devolvam o dito e nada, o funcionário alegremente a olhar para o ar como quem exclama tira-o-tu-que-foi-para-isso-que-Deus-te-deu-mãozinhas.
Estas indecisões confundem-me. É isso e nas caixas dos supermercados. Umas vezes temos de ser nós a pôr tudo nos sacos - eu até gosto de organizar tudo à minha maneira - outras são os diligentes operadores da caixa que ensacam tudo à velocidade da luz. É conforme. Nunca se sabe. É uma incógnita. São assim os dias de hoje: oscila-se entre o faça você mesmo ou o deixe lá que eu faço.

Este domingo

Saibam quais são os projectos para esta rentrée de:
Luísa Sobral
Margarida Rebelo Pinto
Paulo Futre
David Santos (Noiserv)
Fernando Póvoas
Mafalda Arnauth
Nilton
Conceição Lino
Rogério Samora
Na Notícias Magazine, que sai com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.


Porque o cancro da mama é real


Vejam este trabalho. O fotógrafo é David Jay. As mulheres são bravas sobreviventes do cancro da mama e posam com as suas feridas de guerra. Um grito de alerta. Por favor, não se esqueçam de fazer o auto-exame da mama. Isso, minhas caras, pode ser a diferença entre a vida e a morte. E, a partir dos 35 (creio), uma mamografia por ano, só para ver se não há por lá células armadas em parvas.

E quando o computador é mais lento do que eu?

E as páginas não abrem e ele diz que o site não responde e eu ali à espera e vou tirar um café e volto e o gajo continua a pensar e o tempo a passar e eu com tanto para fazer e o sacaninha a soprar que parece que vai levantar voo e não há meio de abrir o que eu quero que abra filho da mãe que é lento e depois abre uma e eu a seguir quero abrir outra e lá ele fica outra vez todo paradinho parece que é parvo e eu cheia de pressa e levanto-me e vou à janela para evitar atirar com ele de encontro a uma parede e depois volto e o infeliz ainda a pensar como se houvesse tempo para isso, pá.

Aaaaaaaaaaaah, ainda bem que é sexta-feira ou isto hoje ia dar para o torto.

Ai que nervooooooooooooos

Há chefias que pensam que ainda vivem no tempo da escravatura. Só lhes falta ter no local de trabalho um tronco, para açoitar os que não trabalham 14 horas por dia mas só 12. Não é nada comigo mas até sinto o sangue a ferver-me nas veias! Aiiiiiii, segurem-me, segurem-me!

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