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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Inverosimilhanças

Começou por ser a testa: um galo do tamanho de uma bola de golfe. Depois desceu o negro para a pálpebra. A seguir, continuou a descer, para os cantos do olho. Hoje tenho roxo em cima, roxo em baixo, roxo nos lados. Uma quase circunferência roxa à volta do olho. A sério, quando me vejo ao espelho nem eu consigo acreditar que não levei um murro no focinho. Um amigo meu acaba de me sugerir que diga que foi uma desavença no trânsito, ou coisa assim. «É mais credível do que dizeres que foi uma queda. Olhando para esse olho, ninguém acredita!»
É incrível como a verdade pode ser tão inverosímil.

Finalmente! Valeu a pena esperar

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Esta querida bebé acabou de nascer. Foi um parto difícil, a ferros e ventosas, e quase tinha de se partir para uma cesariana. Felizmente não foi preciso. Fui dois dias seguidos à maternidade, ver se a encontrava no berçário, mas não. Ainda nada. Foi hoje. Nasceu e está em todos os berçários do país, lado a lado com irmãs mais velhas, nacionais e estrangeiras. É um bebé muito mais bonito do que alguma vez pude imaginar e nós, os pais, tios, primos, padrinhos, avós... estamos todos muito orgulhosos dela. Bem-vinda, pequenota. Se continuares a crescer assim tão gira és miúda para fazer parar o trânsito daqui a uns tempos.

(a The Printed Blog é mensal, custa 1,95€, e é toda feita por bloggers. Os textos são inéditos)

Uma pequena descoberta

Fui hoje fazer nova ronda de análises ao centro de histocompatibilidade do sul. Já tinha feito um batalhão delas, porque havia indícios de compatibilidade com alguém. Hoje fui deixar lá mais uns tubinhos de sangue, para que se façam análises ainda mais específicas, a ver se vou mesmo ser eu a sortuda que vai ajudar a devolver o sorriso a quem esteja doente e sem vontade nenhuma de sorrir.
Eu sei que há uma política (perfeitamente compreensível e acertada) de total privacidade: nem o dador pode saber quem é o receptor, nem o receptor pode saber quem é o dador. Mas eu quis saber se poderia saber alguma coisa, por pequena que fosse. Queria saber se a «minha pessoa» (no caso de se confirmar que somos mesmo compatíveis) era homem ou mulher, criança ou adulto, portuguesa ou estrangeira. Só por curiosidade. Só para poder torcer com mais força, imaginando uma pessoa mais próxima da sua realidade. A enfermeira disse que sim, que havia coisas que se podiam saber, e chamou a colega.
Então, fiquei a saber que a «minha pessoa» é mulher e tem 58 anos. Pelos vistos há agora uma nova política que impede também que se saiba se é portuguesa ou de qualquer outra parte do mundo. Na altura não percebi a lógica mas agora, depois de pensar um bocadinho (é preciso não esquecer que tenho só meio neurónio), acho que talvez tenha que ver com razões xenófobas que pudessem sobrepor-se. Não sei. Parece-me demasiado irreal mas a realidade é que há por aí gente muito esquisita. A mim é-me rigorosamente igual, como é evidente. E agora, que consigo imaginar uma senhora com idade para ser minha mãe, torço de forma mais direccionada. Pode ser que assim as energias fluam com outra esperteza (se eu acreditasse em energias...). Pode ser...