Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Queridos senhores do Raid Casa e Plantas

É verdade que o vosso produto mata bastante bem o mosquedo. Mas... deixem-me que vos fale das mega-moscas. As mega-moscas são uma variante das moscas tradicionais, que vocês tão bem conhecem, mas que não falecem por muito que lhes despejemos o spray em cima. Não só não falecem como continuam a sobrevoar-nos a cabeça, a nós, perigosos homicidas, zombando desrespeitosamente da nossa cara. As mega-moscas são kamikazes inconscientes, capazes de tudo para nos ensandecer. São das melhores suicidas que existem no planeta, simplesmente porque... não morrem.
E pronto. Agora que já têm conhecimento das mega-moscas, toca a trabalhar num Raid eficaz contra elas, sim? Eu fico aqui a torcer por vocês. Tenho a certeza de que serão capazes. Se pudesse ser depressinha é que era mesmo... agradável. Muito grata.

Exterminadora implacável

Ok. Passei-me. A paciência tem limites e o meu foi claramente atingido e superado. Estava a escrever o meu texto e as gajas a zumbirem os meus ouvidos. A embrulharem-se-me nos cabelos. A pousarem-me na cara, nas mãos, nas pernas. Há dias que ando nisto. CHEGA! Levantei o meu real cu da cadeira, fui comprar duas latas king size de insecticida, voltei para casa com cara de exterminador implacável, e eis-me a despejar spray como se não houvesse amanhã pela casa toda. Agora tenho o Raid aqui mesmo ao meu lado e, se alguma calha a sobrevoar-me a mona, zás: acerto-lhe em cheio. Escusado será dizer que o ambiente aqui em casa está irrespirável. Se não postar mais nada nas próximas 24 horas é porque faleci, juntamente com as moscas. Mas já não aguentava mais. Não gosto de matar seja o que for. Mas há limites e estas gajas ultrapassaram os delas.

Ilações falaciosas

Ricardo, não estranhes se a senhora da farmácia te olhar de lado. Não te surpreendas se o senhor do banco não for simpático. Não te espantes se a menina do café rosnar um bom dia mal amanhado. Hoje andei pelo bairro com o meu olho negro e tenho a certeza que toda a gente ficou a imaginar que tu, afinal, não eras o que parecias ser.
Uma coisa é certa: nunca mais vou olhar para uma mulher com um olho negro e imaginar imediatamente que ela apanhou do marido. Pode ter apanhado. Como sabemos, a violência doméstica é uma triste realidade. Mas também pode ter caído enquanto tentava armar-se em Rosa Mota.

Cum caraças

id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636157710446932162" />
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636157707681585426" />
Finalmente, o dia estava a correr-me bem. Já tinha marcado o Olivier, tinha ido correr com o meu homem (que tinha ficado para trás, mas tudo bem), estava a 500 metros de fazer 10 km num tempo record. Sentia uma felicidade invadir-me. Decidi acelerar para fazer um tempo mesmo bom. Nisto, tropecei. Ia mesmo depressa, ok não sou nenhuma queniana mas ia bem depressinha dentro do género, e por isso fiz uma grande ginástica para me equilibrar. Andei aos papéis um bocado, os bracinhos às voltas no ar, as pernas em malabarismos. Ainda pensei que conseguisse não cair. Mas caí. Estatelei-me com toda a força. E a testa enfiada na calçada portuguesa e o nariz no chão e eu toda deitadinha na rua. Levantei-me a custo, doía-me muito a cabeça, levei a mão à testa e senti um galo do tamanho de uma berlinde que rapidamente passou para o tamanho de uma bola de golfe (acreditem que era mesmo gigante - na imagem não dá para ver o tamanho real da coisa). Liguei ao Ricardo que veio a correr amparar-me até casa (felizmente estava mesmo no quarteirão ao lado).
Conclusão? Gelo, gelo, gelo. Dores, muitas dores. A enfermeira da linha Saúde 24 sugeriu que fosse ao hospital, por precaução. Mas eu esperei por outros sintomas, vómitos, visão turva, sonolência ou confusão, sangue a sair do nariz ou dos ouvidos (confesso que quando ela disse isto estremeci). Não aconteceu nada. Não fui ao hospital. Mas também não fui ao Olivier. O meu homem fez um jantarinho a la Olivier cá em casa. E assim se passou a noite.
E hoje estou assim: o galo desceu para o olho e parece que levei um pêssego.
De maneira que é isto: uma gaja mete-se com a mania que é a Rosa Mota e depois embate com a cornadura na dura realidade. Cum caraças, pá. Cum caraças.