Olivier, estou a contar contigo para mudares o meu humor. E contigo, também, bicho-marido, escusas de embeiçar. Mas estou em crer que isto hoje só lá vai com aquele belo menu de degustação, um bom vinho, e mesmo assim vamos ver.
Gosto de as comprar, gosto de ver os bonecos, gosto mesmo. Então quando estou com a telha, como é o caso de hoje, gosto ainda mais. Comprei a VIP. E fiquei, muito rapidamente, a saber que o primeiro filho de Kate e William já tem data para nascer (parece que terá de ser depois de completado um ano sobre o casamento dos pais, nhonhoquices de realeza), que a Cláudia Jacques (boooa comó milho) anda dividida entre a praia e o trabalho, que o Rui Costa fez as pazes com a mulher (olha que bonito), que a Manuela Moura Guedes tem um corpão para a idade e que está a banhos com o José Eduardo nos Algarves, que o filho da fadista Marisa se chama Martim e que está a ficar gordinho (nasceu prematuro), que o filho da Mónica e do Rubim se chama Kenzo e é muito fofinho, que a família do Humberto Barbosa se reuniu no primeiro aniversário da Benedita, que a actual namorada do malogrado Angélico e a ex-namorada têm evitado encontrar-se nas missas de homenagem ao cantor/actor, que a Marta Leite Castro namora dom o chef Henrique Sá Pessoa, que a Letizia vai fazer uma plástica, que os filhos da Angelina Jolie (e a própria) são todos lindos de morrer, que a moradia de Mourinho em Tróia está pronta (também não me importava nada de ter lá uma moradia pronta), que o João Baião já levou algumas bofetadas mas que nunca se fecha aos outros, e que o advogado da Sónia Brazão diz que se calhar alguém entrou na casa da actriz, depois da explosão, e acendeu os quatro bicos do fogão, só para a incriminar. E pronto. Assim vai o mundo rosa. Eu, pelo contrário, continuo mais cinzenta. E este tempo, hein? E as moscas? Será que os VIPS não têm moscas em casa? Arrrghh!
Vai estar à venda a primeira edição da The Printed Blog (versão portuguesa). Trata-se de uma revista escrita apenas por bloguers e na qual me incluo, com muito gosto. A publicação foi trazida para Portugal pela Jacaré na Lua, da responsabilidade de Luís Gomes, que foi quem amavelmente me convidou para estar presente no projecto. A directora da revista é a Joana Azevedo, Marta Lança é a coordenadora editorial, Ana Santiago a editora, e a direcção de arte está a cargo da Mafalda Samwell Diniz. Eis alguns dos bloguers envolvidos no projecto, tirando eu própria: Edson Athayde, Patrícia Reis, José Vegar, Ana Mesquita, Irene Pimentel, Rita Barata Silvério, Manuel Falcão, Nuno Miguel Guedes, Júlio Machado Vaz, entre muitos outros. Que seja um bom parto. E que tenha uma boa vida, é o que desejo.
Sou pessoa pouco dada a neuras. Geralmente não tenho tempo para isso. Mas hoje calhou coincidir uma altura difícil do mês com uma chuva despropositada para Agosto, mais o raio das moscas que não me largam a casa e me sobrevoam incessantemente a cabeça, mais o facto de duas das publicações para as quais colaboro não me terem ainda pago, mais o facto de estar com saudades dos meus filhos. Por isso, hoje é um daqueles raros dias em que estou com cara de comboio a vapor.
Porque é de pequenino que se aprende a reciclar e a cuidar do nosso planeta, a Sociedade Ponto Verde resolveu enviar estes miminhos para os «meus» meninos.
Não me lembro, nunca na minha vidinha, de ver um 1º de Agosto assim. Sempre que a chuva me bate nos vidros da sala, olho lá para fora e solto um longo suspiro. Mas o que é istooooo? Sou capaz de apostar que o São Pedro está feito com a Troika. Os sacanas do FMI até o sol nos levaram, raisospartam!
E depois da avó materna, ontem foi a vez de deixarmos os meninos na quinta dos avós paternos. Fomos todos lá levá-los, avó materna incluída, jantámos lá e depois, na hora do adeus, o meu Martim desfez-se em lágrimas, como se o fôssemos deixar no pior sítio do mundo, coitadinho. Dizer que ali tem árvores de fruto, piscina, baloiços, espaço e mais espaço, e uns avós que mimam até dizer chega. Mas o meu rapazinho sofre como um condenado sempre que se separa de nós, nada a fazer. Claro que a irmã, ao ver aquele espalhafato (chegou ao ponto de se agarrar às minhas pernas sem me deixar andar, berrando alto) começou a choramingar também. Como quem diz: se este está neste estado isto não deve ser coisa boa e o melhor é pôr-me a chorar também. Saímos dali com o coração feito aos bocados. Mas daí a nada já a avó estava a ligar a dizer que estava tudo bem, estavam a jogar às cartas. Ainda assim, dormi mal. E hoje, ao olhar pela janela e constatar que já é Novembro, tive vontade de me enfiar na cama e de não sair de lá.
