id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634334132384409042" />Até chegarem ao destino o meu coração vai bater mais devagar, vai estar quase parado, e os pulmões também, quase sem conseguirem cumprir as suas funções mínimas. Estou assim, desde que vi o carro da minha mãe partir, com os meus três tesouros atrás. Quatro amores da minha vida, naquela coisa que anda pela estrada fora, lado a lado com malucos vários, e agora vou mudar de assunto que já me estou a enervar.
O Martim chorou muito, que não queria ir, quatro lágrimas de cada vez a deslizarem pelas bochechas. Expliquei que não tenho com quem os deixar, que se vão divertir à brava na piscina, com a avó, que amanhã já tenho duas entrevistas lá perto e que vou almoçar com eles, e que sábado já estamos todos juntos outra vez. De nada serviu. O meu cavalo bravo, sacudido e aparentemente desprendido, é afinal de contas o mais emotivo, o que mais sofre com as separações, o que sente tudo com mais intensidade. Um curioso paradoxo, que só lhe dá mais encanto.
Claro que a choradeira não facilitou a despedida. E agora estou aqui a olhar para o texto que tenho de acabar sem conseguir acrescentar mais palavras. Fica para quando receber um telefonema a dizer que estão todos bem, do outro lado do rio.