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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Querida Bimby

Hoje foi a primeira vez que me desiludiste. Mentira. Foi a segunda. A primeira foi quando transformaste aquele molho béchamel numa bosta incomestível, e eu que sempre te enalteci por tudo mas principalmente pelo béchamel. Mas pronto, dessa vez culpei-me, seguramente tinha sido eu a falhar uma medida qualquer, tinha sido eu a enganar-me, jamais a Bimby, era o que faltava.
Hoje, porém, fizeste-a jeitosa. Tudo começou quando me pus a deitar o óleo para o bolo de iogurte. E deitei, deitei, deitei e de repente eras só óleo e a balança só marcava 50 gr (e eu já devia ter deitado quase a garrafa toda). Depois, seguiu-se o açúcar. Deitei, deitei, deitei e tu, feita parva, a garantir-me que só ia em 75 gramas. Quando acabou o pacote percebi. Mas, benevolente, ainda continuei. Só quando acabei de bater aquela mixórdia durante 5 minutos e observei o triste resultado (leia-se uma argamassa de açúcar, óleo e ovos) é que desisti. Mandei tudo fora. E chamei-te nomes feios.
Se calhar estás a precisar de férias. Ou tens a balança doente. Já me deste tantas alegrias, não vai ser por causa de um (triste) incidente que vamos cortar relações. Mas hoje não quero mais conversas contigo. Deste cabo do bolo de iogurte que os meninos iam levar amanhã, para comer nos próximos dias na casa da avó. E isso, Bimby, não se faz. Bad girl. Bad girl.

Manhã animada

Começámos pelo parque do Alvito. Escorrega, baloiço, balancé, labirinto, cabaninhas, tubos, escadas, «Não tenhas medo Mada que o mano segura», e por aí fora. Depois, quando já estava a ficar calor e eles já estavam a ficar fartos, Funcenter. Uma maravilha: vazio. Tinha mais cinco pessoas além de nós. Andaram nisto e naquilo e, às tantas, um angolano super bem-vestido (sei que era angolano porque me disse, mais tarde) e o seu amigo disseram-me: «Queremos pagar todas as viagens dos seus três filhos, pode ser?» Desconfiada, olhei-os de lado. Um deles, o mais chique, apressou-se a explicar: «Vou-me embora para Angola e tenho um crédito que nunca mais acaba. A minha filha nem que fique aqui o dia inteiro vai conseguir gastá-lo. E eu quero ir embora. Por isso, deixe-me lá oferecer as entradas aos seus meninos». Perante isto, o que dizer? Que sim, né? Lá foram, todos, nos carrosséis que quiseram. Até gastar o saldo do benfeitor rico, que maravilha! Há encontros felizes e hoje calhou-nos a sorte a nós.