Ora então eles chegaram, todos, primeiro o Martim - abraçoooooo - depois o Manel - abraçoooooo - depois a Madalena - abraçooooo, e foi bom pegar-lhes e mexer-lhes e beijar-lhs os narizes e as bochechas e as barriguinhas boas. Eles só iam ficar hoje (porque a minha mãe tem um jantar) mas amanhã voltavam para a casa de praia da avó. Só que a minha mãe apanhou uma constipação de fugir, com uma tosse cavernosa, de maneira que amanhã eles ficam cá, para que ela se recupere. Que isto de estar doente sozinha com três criancinhas tem muito que se lhe diga. Amanhã à noite iamos aos fados mas fica para outro dia. Amanhã eles são o nosso fado. Um belo fado corrido, com graça e alegria. Um fado à desgarrada, ora canta um ora canta outro ora outro ainda, a ver quem é que alegra mais a casa.
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633631197748033842" /> Este é o Spartacus (Andy Whitfield) de que falei, no post anterior, e algumas leitoras atentas já me informaram que ele está a lutar contra um linfoma. Mas que grande caca, hein? É ou não é um borracho de cair para o lado?
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633625112005357954" /> id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633625107568800386" /> Não é nada, nada o meu género de série (ou de filme) mas estou a gostar muito. Às vezes tenho de fechar os olhos porque as espadas perfuram corpos com um realismo demasiado... real para a minha sensibilidade. Há sangue espichado a toda a hora e a todo o momento. Mas está muito bem filmado e é envolvente e apetece-me ver mais. Tenho pena que a Melitta (Marisa Ramirez) tenha morrido no domingo (Fox, 22 horas) porque a acho uma das mulheres mais bonitas do mundo e sempre que ela aparecia eu ficava a balbuciar «que linda, que linda, mas que mulher linda» até ela desaparecer de cena. O próprio do Spartacus (Andy Whitfield) ainda não apareceu mas também é lindo de morrer. Aliás, morrer é algo que se faz muito nesta série. Isso e outra coisa que também termina em «er» mas que é bastante mais agradável. Aqueles romanos eram mesmo uns grandes malucos.
Não estás aqui mas tenho esta foto, faz de conta que é de hoje. Hoje vou estar com os meus meninos todos. A minha mãe tem um jantar e nós vamos matar saudades. Ontem jantámos tão bem só os dois... hummmm.
Eu tive quatro. Dois muito presentes. Dois muito ausentes. Dos presentes sinto saudades até hoje. O meu avô Joaquim partiu era eu ainda criança, teria 10 anos creio, a minha avó Isá morreu quando eu estava na adolescência parva e, durante meses, eu continuava a ouvir a chave dela a rodar na fechadura de casa, como todos os dias, só que depois ia à porta e não era ninguém. Era só a minha imaginação, o som de sempre gravado no meu cérebro, a saudade a visitar-me todas as manhãs, às nove, nove e picos. Aproveitem os vossos avós, que vos dão colo e amor e protecção e bolachinhas. Digam-lhes que os amam. Dêem-lhes um abraço. Eu hoje já abracei os meus, com força, em pensamento. Como sabem, não acredito em nada, nem em vidas passadas, nem em vidas futuras, nem em céu nem em inferno. Mas às vezes faço de conta que sim, imagino que eles recebem o meu abraço forte e apertado, e é bom esse fingimento. Por isso, enquanto não têm de fingir ou imaginar ou simplesmente acreditar (porque têm fé) que eles recebem o vosso abraço, enquanto podem sentir-lhes os ossos e a carne e o calor do corpo... enquanto podem, abracem. E digam: obrigada, avós!