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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

E agora...

Vou correr. Afinal, hoje, ao contrário de todos os dias, vou jantar. Outras coisas que não apenas sopa. E o resto da semana, assim sem crianças, imagino que seja farto em jantarinhos românticos. De maneira que ou corro ou incho. Prefiro correr. Lá vou euuuuu...

Como sempre, prefiro deter-me num lado bonito da notícia tenebrosa

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«É com um ar pesado que Marcel Gleffe conta ao jornal Dier Spiegel a história que viveu há poucas horas. O alemão de 32 anos salvou mais de 20 jovens do massacre na ilha de Utoeya com o seu pequeno barco vermelho. «O que nós fizemos são coisas que acontecem», diz depois de uma noite quase em branco.
O alemão está de férias no parque de campismo em Utvika que fica na costa mais perto da ilha onde Anders Behring Breivik assassinou 86 pessoas. Do pequeno porto, onde estão alguns barcos de recreio para uso dos campistas, é possível ver a costa da ilha.
Na passada sexta-feira, Marcel estava a sentar-se para beber café no alpendre da sua auto-caravana quando ouviu os primeiros tiros. «Pensamos que podia ser fogo-de-artifício», conta. Juntamente com os pais correram para o porto e rapidamente perceberam que algo de muito errado ocorria na ilha.
A chegar à costa estava uma jovem que conseguiu nadar os 600 metros de lago que separam a ilha do continente. Gelada pediu ajuda e para chamar a polícia.
Marcel conta que não pensou. Saltou para o seu pequeno barco vermelho, que alugou para a semana, e fui em busca dos jovens. Muitos gritavam para não se aproximar da ilha, mas ele continuou. Quando chegava à ilha conseguiu ver o atirador e mesmo assim não desistiu.
Retirou os jovens que conseguiu da água e transportou-os para o parque de campismo. Perdeu a conta ao número de vezes que fez a viagem, mas calcula que pelo menos 20 jovens salvou.
Os outros campistas seguiram-lhe o exemplo. Ao todo, os campistas salvaram mais de 150 jovens em fuga das balas.
Marcel Gleffe confessa que «ontem o dia correu bem. Mas hoje sinto-me horrível, simplesmente horrível». Mas acrescenta que não podia ter feito mais nada se não ajudar. «O que nós fizemos são coisas que acontecem».» Notícia publicada no iol.

Oslo

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Sabem, eu ainda nem tenho palavras para dizer o que quer que seja sobre esta besta sub-humana que matou mais de 90 pessoas em Oslo, assim como quem mata formigas (eu nem formigas, nem moscas, nem aquele-bicho-cujo-nome-não-vou-pronunciar consigo matar). Não consigo formular um pensamento, um raciocício, não tenho sequer um adjectivo. Sei que lhe desejo mal, muito mal. E que o odeio profundamente. E que abomino o terrorismo, seja qual for o motivo que lhe sirva de desculpa. O resto escapa-se-me das palavras. Do entendimento.

Noite agitada

Ao telefone:
- Então, mãe, como foi a noite?
- Boa! (ironia) Primeiro foi o Martim que chorou com saudades do pai e da mãe. Depois foi o Manel que veio para a minha cama, com medo. A meio da noite tinha os dois rapazes a dormir comigo. Só a princesinha é que dormiu, sossegadinha, toda a noite na cama dela.

Sim, senhor. Pobre avó!
Já nós... dormimos que nem uns anjos. Sem a Madalena a acordar a meio da noite, nem o Martim a saltar-nos em cima de madrugada. E hoje, se tudo correr bem, vamos jantar fora. Mas espero que os meus bicharocos descansem, sem saudades nem medos, e que deixem a avó descansar. Senão este gosto de liberdade vai ter um travo azedo que não nos vai permitir usufruir como deve ser.

Embevecimentos paternais

Este fim-de-semana, que passámos na casa de praia da minha mãe, descansámos muito. Eu dormi a sesta no sábado e no domingo, actividade maravilhosa que não fazia há tanto tempo que nem sei. No domingo, o Ricardo não conseguiu passar pelas brasas e, quando acordei, fui dar com ele na sala, enternecido, a ver um filme. Sentei-me, mirei o sorrisinho derretido dele, e perguntei:
- Que filme é?
- É a história de um casal com 12 filhos - e a expressão embevecida permanecia.
- Doze filhos??? - guinchei.
- Simmm... - respondeu ele, sem desviar os olhos do ecrã.

Medo. Muuuuuito medo.

Na avó

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Agora que as idas à praia com a escola terminaram para os rapazes, a avó materna decidiu ficar com todos (os três) na sua casa de fim-de-semana para que nós possamos trabalhar enquanto as férias não chegam. A avó é uma querida e uma corajosa, também. Espero que se portem todos bem. Nós, por cá, vamos trabalhar bastante e, vá, aproveitar também um bocadinho esta semana sem filhos. Mas com umas saudades monstras.

A genética

Aos que gostavam de ter a cor da minha filha, dizer que não, não tem nada a ver com horas e horas de exposição solar (ela foi à praia umas quatro vezes este ano e à piscina umas seis ou sete). Todos os meus filhos são praticamente pretos porque o pai é praticamente preto. Basta-lhes, a todos, meia dúzia de raios e... pumbas, ficam com ar de quem estorricou ao sol todo um Verão nas horas más. Mesmo com protector solar 50, que é o que usam. A minha Madalena não é excepção. De tal modo são escuros, marido e filhos, que frequentemente nos perguntam se há sangue indiano na família (e até já confundiram o Ricardo com um dos donos de uma conhecida marca de roupa). Por isso... não vale a pena encherem-se de cancros de pele para tentarem atingir esta cor de chocolate. Há coisas que só a genética oferece.