Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Ah!

E não houve vacina. É uma opcional e ficou para Dezembro. Conclusão: Mada toda feliz, a seduzir o doutor. Pestanejou, sorriu, cantou enquanto ele a auscultava. Até decidiu cantar a «Joana come a papa» em versão própria para cativar médicos: «Come a papa, doutor, come a papa!»
O médico, que não é dado a grandes derretimentos, derreteu-se. E disse:
- Esta miúda, com esta cor de chocolate, com estes olhos cheios de pestanas e este jeito inato para a sedução vai ser uma verdadeira bomba daqui a alguns anos. Coitado do pai! Já o imagino em grandes aflições.

Pois. Eu também imagino. Já eu, para ser sincera, vou fazer de tudo para que ela se divirta muito. Com responsabilidade, é certo, mas com muuuuuuita rambóia! Namorar à farta!
(ui as senhoras educadas e compostas todas a fanicarem neste preciso instante... ó para elas a cairem para o lado, ó!)

A falsa gordinha

A minha Mada parece rechonchuda. As pessoas gabam-lhe as bochechas e dizem que é roliça e que deve comer muito bem (o que é verdade, às vezes). Mas hoje, quando o pediatra a pesou, ela ficou-se no percentil 25. Que fofa. Parece gordixa mas vai-se a ver e é magrita. É a chamada falsa gorda.

(bom para ela)

Pediatra

Daqui a pouco vou ao pediatra com a mais nova. Consulta de rotina. Liguei ao Ricardo: temos alguma coisa para perguntar ao médico? E ele: Eeeeeeeeeeerrrrrr.... E eu: pois. Não, pois não? Que chatice, ir ao médico sem ter nada para esclarecer.
Depois pus-me a pensar que ela vai levar vacinas. E como me custa que magoem a minha bicha. Julgava que à terceira era na boa mas custa-me sempre que alguém pique os meus filhos quando são bebés (e ainda têm escassez de entendimento) e que eles me olhem com aquele ar de decepção, de quem diz: «Mas que nojo de mãe és tu que não me defendes desta megera? Como é que deixas que ela me faça mal à tua frente?»

Glup

Estou a escrever uma reportagem tão difícil, tão difícil. É talvez o tema mais duro que já abordei. Cada letra sai com dor. Já estive vai não vai para me largar a chorar. Acho que devia ser publicada com uma bolinha vermelha no canto superior direito da revista. É sem dúvida capaz de ferir sensibilidades. A minha está a ser ferida a cada frase que escrevo. Caraças.