Tia preta
Cheguei agora do IPO. Encontrei-a mal. Não fala mas tenho quase a certeza que me reconheceu. Olhou-me com aqueles olhos bondosos, agora vagos, mas acenou levemente com a cabeça. E fitou os meus. Não soube o que lhe dizer, só que gosto muito dela. Saí com o coração apertado, triste. A arbitrariedade da doença dói-me fundo. A injustiça do sofrimento revolta-me. À tia, serenidade, paz e ausência de dor, é o que desejo.