Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Enfim, cá vai então

O local onde aconteceu o quase-rapto foi no Campo Grande. Não tenho a certeza que seja boa ideia dizê-lo porque não quero lançar o alarmismo naquela zona, e também porque, na verdade, creio que quem atacou ali pode perfeitamente atacar noutro local. As pessoas deslocam-se, certo? O que acho importante é alertar-vos para que este tipo de situação existe, em Lisboa. Não apenas no Campo Grande, mas possivelmente em qualquer lugar. É importante estar atento.

Ainda a questão do vídeo

Não concordo com quem diz que o vídeo do espancamento da jovem não devia ser mostrado. Se todos nós não víssemos, se a sociedade não fosse alertada para este tipo de coisas, viveríamos mais felizes mas muito mais ignorantes sobre aquilo que estamos a criar, sobre aquilo que realmente se passa. Vale mais não saber? Não ver? Fazer como a avestruz?
A divulgação permite a discussão. Permite a reflexão. Permite o debate. Permite a consciencialização. Permite, inclusivé, que os envolvidos sejam punidos.
Enfim, poderá ser defeito profissional, mas ser avestruz não faz, definitivamente, o meu género.

Medo

Recebi um email que contava a seguinte história, verdadeira:
Um avô foi deixar os netos na catequese (não importa onde, dizer apenas que é em Lisboa e num sítio bom de Lisboa).
Parou o carro e enquanto o fechava, deixou os netos dirigirem-se à paróquia já que estava muito perto. Quando olhou à volta não viu o neto de 7 anos. Olhou num raio mais alargado e descobriu que um jovem o levava ao colo e já ia dois prédios adiante; correu e gritou ao jovem que largasse a criança que entretanto esperneava; o jovem acabou largando a criança e fugiu.

Já foi feita queixa à polícia.
E eu dou por mim a pensar: teremos de andar com as nossas crianças à trela? Não podemos estar seguros, nem numa questão de metros, nem desviar o olhar por um segundo?
É oficial: estou em pânico.
Não quero alarmar. Mas por favor tenham cuidado.

Que bom...

Tocam à porta.
Quem é?
Uma carta registada para assinar.
Ah.
Medo.
É de quem?
Polícia Municipal.
Ui. Pior ainda.
Assinei, contrafeita.
Abri, arreliada.
Pronto.
Uma multa, de dia 7 de Janeiro. Diz que na Avenida Marechal Gomes da Costa circulava a 76 km/h, sendo que o máximo é 50 km/h.
120 euros.
Que bonito.
120 euros a fugirem pela janela fora.
E aquela estrada é uma recta, limpinha, sem passadeiras nem nada. Aliás, tem uma divisória de betão entre uma faixa de rodagem e a outra.
Mas é assim.
Por 20 km/h 120 euros. Está caro o quilómetro por hora.
Fui ver o que me levou a ter tanta pressa, no dia 7 de Janeiro. E é verdade. Estava mesmo aflita. Almocei com o meu querido Pedro Rolo Duarte (a culpa é tua, portanto) e depois já ia atrasada para uma entrevista que tinha, às 15.45.
Canário.
Já tenho o dia lixado.
Bom, antes isto que uma perna partida.
Mas 120 euros?...
Aiiiii.

Discussão saudável

Foi bonito ver a quantidade de participações nos posts sobre educação e, sobretudo, o nível de cada participação, sem insultos e gritaria, sem descontrolos e ódio latente. Espero sinceramente que quando os meus miúdos forem para a escola pública encontrem alguns professores como os que comentaram aqui, gente que veste a camisola e que defende, com unhas e dentes (mas com civismo), a sua escola e a sua educação.
Também me assusta aquilo que li sobre alguns colégios e sobre a alteração das notas para melhor - facto que já sabia existir mas que é sempre assustador relembrar. Na verdade, nunca reparei que acontecesse no colégio onde andei. Sempre fui bastante mediana, tive algumas negativas em testes ao longo do meu percurso, e tive colegas com bastantes más notas. Ou seja: não éramos todos lindos e maravilhosos. Havia os bons, os médios e os maus. Como na vida, e como devia ser, sem falsear resultados.
Enfim. Dizer-vos que gostei da discussão e que sempre que falo disto aqui no blogue acabo quase mais sossegada com a perspectiva do ensino público (se bem que o que me assusta não é a qualidade dos professores, que sei que em muitos casos dão aulas nos dois tipos de ensino, é mais o absentismo das escolas públicas o que me aterroriza - conheci um rapaz que praticamente não teve Língua Portuguesa um ano inteiro e os pais acabaram a metê-lo num colégio porque a quantidade de professores que faltava era enorme e não havia qualquer professor para substituir, ficando os alunos sem saber patavina de várias matérias).
Pronto. Obrigada pela discussão (só mandei um comentário para o lixo, por ser ofensivo, o que é espantoso dada a polémica do assunto em questão). Assim é que devia ser sempre.