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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

E pronto

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Eis-me em versão Camões. Como diz o meu homem: vá, anda, põe-te a escrever o livro, que isso é um sinal. Ahahah, que engraçadinho.
Pois que o senhor oftalmologista, tão querido, um verdadeiro Deus, viu-me o olho, de cima a baixo, e às tantas virou-me a pálpebra e... descobriu a fonte dos meus males: uma pequena concha agarrada à pálpebra! Então, sempre que eu pestanejava, a maldita arranhava a minha córnea. Conclusão: córnea toda riscadinha, feita zebra. Mas, mal ele tirou a concha, e baixou a pálpebra, perguntou: melhor? E eu: «Ahhh, ahhhh, ahhhh! Doutor! Muito obrigada! Muito obrigadinha!» E, naquele momento, se eu tivesse uma galinha, um pequeno perú, uma cesta de frutas, umas chouriças ou mesmo jóias ou outros bens... eu teria entregue ao doutor tudo e mais alguma coisa para o recompensar daquele alívio.
Agora tenho o olho tapado até amanhã e a partir de amanhã tenho de deitar gotas no olho de duas em duas horas, para curar a desgraçada da córnea. Ah, e tive de deixar o carro no parque (fui de carro porque decidi ir ao hospital depois de uma entrevista na Baixa). O doutor explicou que não ia conseguir conduzir e que, se fosse apanhada pela polícia, estava metida num belo sarilho. Quando me levantei da cadeira, feita pirata encartada, percebi que ele tinha razão. Ver só metade do mundo é muito complicado. Desorienta a sério. De modo que vim a pé para casa e há bocado foi lá o meu homem buscá-lo.
E pronto. Obrigada a todos os que falaram em lesões da córnea. Deixaram-me à beira do desmaio mas foi por vossa causa que pus mais depressa os pés a caminho do hospital. Se não fossem vocês era menina para ter aguentado mais uma noite e só ia amanhã. Sabe-se lá como é que estaria a minha córnea daqui a 12 horas. Beijinhos e abraços.

Hospital, cá estou eu

Pois que não aguento mais. Esta sensação de que tenho toda a praia de S.Joao dentro do olho esquerdo está a enlouquecer-me. Eu tenho-me por valente (hipocondríaca mas valente) mas coisas com olhos e com veias põem-me fora de mim. Depois li alguns comentários que sugeriam rasgos na córnea e comecei a flipar. Conclusão? Eis-me na sala de espera da Cuf Descobertas, à beira de me atirar para o chão a chorar, de incómodo e de nervos, que só de imaginar gente a tocar-me no olho com objectos (ainda que fabricados para o efeito) põe-me doida varrida. Neste momento sinto-me neurótica e descompensada. Era menina para bater com os pés e largar num pranto a chamar pela minha mãe. Mas vou fazer de conta que está tudo legal, que ter este raspa-raspa no olho é uma coisa banal e pensar que há coisas tão piores que isto não chega a ser nada, nadinha (que é o meu segredo para estar quase sempre feliz).
Então adeusinho, sim? Se ouvirem dizer que certa fulaninha panicou na Cuf ja sabem: fui eu.
Ah, dizer que já houve um belo momento ridículo aqui no hospital. Quando chamaram para a triagem, aqui a palhaça trimãe lá foi direitinha à triagem... das crianças. :) A enfermeira olhou para mim sorrindo, como que a dizer: tu não achas que já estas crescidinha para estares aqui, filhinha? Eu, que sou boa a ler mentes, sorri-lhe também e dei meia volta. Ter 3 filhos pequenos dá nisto.

Areia no olho

Ontem fomos à praia e foi perfeito. Três horinhas apenas, numa praia para onde nunca fomos (S.João) mas para onde vamos passar a ir. Sossegada, com um belo bar de praia, espaço lounge porreiro, e sobretudo bastante mais vazia que a do Borda d'Água. Pequena Madalena achou a areia muito gostosa e comeu várias pazadas (não estou a exagerar - mas o pediatra Mário Cordeiro diz que não faz mal comer areia por isso deixei-a regalar-se, o problema deve ser agora na saída, coitadinha, mas já se sabe, quando comemos o que não devemos acabamos sempre a pagar por isso, seja de que forma for).
Bom, mas serve o intróito para dizer que, ontem à noite, quando tirava as lentes, entrou uma porcaria de um grão de areia para dentro do meu olho. Passei a noite aflita, e hoje tenho aquela impressão de ter a praia no interior do globo ocular. Não é bom. É terrível. Se ficar com o olho sempre aberto, sem piscar, quase não sinto. Mas basta pestanejar um bocadinho para sentir o grão ou grãos, e arranha, e é horríveeeeel! Já despejei quase um frasco inteiro de gotas para os olhos e nada. Quer-me parecer que vou ter um dia muito agradável.